quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Restrospectiva 2011: juventude luta no mundo e ANEL acumula forças para os desafios que virão!

Restrospectiva 2011: juventude luta no mundo e ANEL acumula forças para os desafios que virão!
Retrospectiva 2011 ANEL

Estamos chegando ao fim de mais um ano, e este é sempre um momento propício para pensarmos nas realizações e experiências do ano que vivemos e o que o futuro nos espera. 2011 marcou grandes acontecimentos, em todo o mundo e também no nosso país. A ANEL quer registrar, através desta declaração, os principais acontecimentos que marcaram a entidade e lembrar as campanhas políticas que realizou ao longo do ano, no sentido de apontar para o movimento estudantil brasileiro os principais e grandes desafios que teremos em 2012.

2011: o ano que derrubou um mito e que a juventude despertou para a luta
Se ainda havia aqueles que diziam ser impossível transformar radicalmente a realidade e fazer uma revolução, os jovens árabes em 2011 provaram o contrário. Logo no espreguiçar do ano a juventude tunisiana, seguida pela egípcia, mostraram o caminho da mudança. Derrubaram ditaduras ferozes, de mais de 30 anos, com a força dos massivos protestos, das ocupações de praça e das greves de trabalhadores. Depois, veio o “efeito cascata”. O ano foi marcado por grandes rebeliões, sempre com o protagonismo da juventude, seja na revolução árabe, na guerra social por conta da crise econômica na Europa, com os indignados da Grécia, Espanha, Portugal, Inglaterra e até nos EUA, ou nos protestos estudantis do Chile e Colômbia.
A campanha nacional “Todo apoio à Revolução Árabe! Viva a luta da juventude em todo o mundo!” foi uma importante marca da ANEL ao longo ano, de solidariedade a todos os protestos. No dia da queda de Mubarak, 11 de fevereiro, a entidade realizava seu I Seminário sobre Educação Pública na UFRJ, e organizou um ato simbólico que caminhou até o Consulado do Egito, comemorando a vitória e defendendo a continuidade da revolução. Em abril, mandamos uma representante da Executiva Nacional da ANEL até o Cairo, capital do Egito, para participar de uma Conferência e entrar em contato vivo com a primavera árabe. Esse também foi um tema de destaque em seu I Congresso Nacional, que contou com a presença de um palestino, um espanhol e uma ampla delegação estudantil internacional. Dois meses depois, mais uma vez, a ANEL enviou novamente uma representante para o Chile, que fez contato com as principais entidades de lá e prestou todo o apoio dos estudantes livres brasileiros ao forte processo, trazendo na bagagem as incríveis experiências da irreverência e combatividade da luta estudantil chilena.

No Brasil, primeiro ano de governo Dilma e a retomada das lutas
Começamos o ano já com um presente de boas-vindas dos deputados e da então recém-eleita presidente do país. Aumentaram seus salários em grandes quantias, 62% para os deputados e 132% para a presidente. Enquanto isso, o salário mínimo recebeu um reajuste de míseros 5%. Depois veio o corte de 50 bilhões de reais das áreas sociais, que atingiu em cheio a educação com R$3,1 bilhões cortados. Aí começaram os escândalos de corrupção, que pra surpresa de todos os brasileiros, se desenvolveu no ano todo derrubando 7 ministros e escancarando os esquemas por trás dos panos que desviam descaradamente o dinheiro público. Estivemos lutando contra os cortes de verba e todos os casos de corrupção, além do aumento abusivo do salário dos parlamentares.
Este foi o ano também da votação do Código Florestal, que para favorecer grandes empresas e latifundiários, avança na flexibilização das leis a respeito do desmatamento da natureza e para a realização das grandes obras. Uma polêmica forte atravessou o país, causando muito rebuliço nas redes sociais, sobre a construção da Usina hidrelétrica de Belo Monte. Os movimentos sociais, e também a ANEL, denunciaram o quanto a obra trará graves conseqüências. Além de ser subsidiada por verbas públicas, há uma série de irregularidades e irá desalojar diversas comunidades, especialmente na região do rio Xingu.

Se houveram duros ataques, também houve uma forte resposta e resistência dos trabalhadores. Os operários da construção civil deram exemplo, seja nas obras do PAC de SUAPE, nas de belo monte, ou em grandes campanhas salariais que mobilizaram milhares de peões em Fortaleza e Belém do Pará. Ou ainda a histórica greve dos trabalhadores dos Correios contra a privatização da empresa e por reajuste salarial. Ou ainda dos bancários, e em alguns estados, judiciários e petroleiros. Em todas, a traição das burocracias sindicais foram um empecilho para nacionalizar e fortalecer a exigência ao governo. Em todas, a dureza da negociação por parte do governo Dilma, que com a desculpa de se preparar para os efeitos da crise econômica, não cedeu à pressão dos trabalhadores que diziam: “se o Brasil cresceu, o trabalhador quer o seu!”. E em todas, a presença e o apoio da CSP Conlutas, que avançou na afirmação de uma alternativa para a organização e articulação nacional entre o movimento sindical, popular, de combate às opressões e estudantil.

O ano que ganhou a presença incontestável da ANEL no movimento estudantil
Sem dúvida, o ano de 2011 ficará marcado na história da ANEL. A nova entidade do movimento estudantil brasileiro realizou seu primeiro congresso, que marcou sua consolidação na realidade do país. Foi construído por um amplo espectro de ativistas das principais universidades e de diversas entidades estudantis, que desenvolveram o processo de divulgação do Congresso, debate nas entidades e na base, eleição dos delegados, arrecadação financeira e organização da caravana para chegar até a UFRRJ, no dia 23 de junho. Foram 1700 participantes e mais de 1100 delegados, representando centenas de milhares de estudantes na base das universidades e escolas.
A entidade completou 2 anos em 14 de junho, e seu primeiro congresso foi expressão das principais lutas e campanhas realizadas, assim como traçou os desafios para o movimento estudantil brasileiro. Com um ambiente que transbordava um forte sentimento de coletividade, respeito às diferenças, profundo debate político e preparação das lutas estudantis, o Congresso foi um sucesso e representou um marco tanto pra quem esteve presente, quanto para a entidade.

Na luta todo dia, contra o machismo, o racismo e a homofobia
Uma marca da entidade, que ficou expressa também na construção do Congresso, foi a luta contra as opressões. A ANEL, na intervenção cotidiana em cada local de estudo, sempre tratou com centralidade o combate a todas as formas de preconceito e opressão. Em suas Assembléias e nas Plenárias e grupos de discussão do Congresso, esteve presente o debate sobre as suas expressões, e a necessidade do movimento estudantil combativo organizar movimentos, secretarias e GTs nas entidades de combate às opressões.
Durante a construção do Congresso, uma das principais campanhas esteve relacionada com a reivindicação da criminalização da homofobia, combinado com a denúncia ao veto feito pelo governo Dilma ao kit anti-homofobia para as escolas públicas. Foi aprovado no Congresso a continuidade da campanha, além da confecção de uma cartilha LGBT que será lançada no IX ENUDS, nos dias 1º a 5 de fevereiro de 2012 em Salvador-BA.

Estudantes, professores e trabalhadores exigem: 10% do PIB para a educação pública já!
Sem dúvida, um dos maiores ganhos que o movimento social combativo do nosso país teve esse ano foi a defesa da educação pública. O tema atravessou todo o ano, e a bandeira pelo investimento de 10% do PIB para a educação pública voltou com força total enquanto o Dilma propôs a nova versão do PNE, que aprofundava os ataques desferidos desde a Reforma Universitária. A maioria das entidades aprovou em seus Congressos e fóruns. Foram realizadas dezenas de greves de profissionais da educação, que além da luta pelo piso nacional salarial reivindicavam essa bandeira, assim como a forte greve dos servidores federais. As lutas deram vida à campanha.
Junto com os trabalhadores, o movimento estudantil também tomou a cena e voltou a protagonizar importantes protestos. Em Teresina-PI, assim como em outras capitais, a luta contra o aumento da passagem de ônibus foi muito forte e lá, ainda deu resultado e a Prefeitura recuou. Em universidades como UFPR, UEM, UFF, UFSC, IFFs das Bahia, USP (no final do ano) e diversas outras (mais de 20!), houveram fortes processos de luta, com assembléias massivas, atos, ocupações de reitoria, algumas greves, e muitas conquistaram importantes vitórias em relação à assistência estudantil, contratação de professores e melhorias estruturais. Em todas, sem exceção, a defesa do investimento de mais verbas pra educação, dos 10% do PIB para a educação pública já.
Por outro lado, ficaram marcadas também duas diferentes campanhas em torno a essa bandeira. Se na aprovação do PNE em 2001, durante o governo FHC, havia uma ampla e sólida unidade da esquerda em torno à reivindicação, em 2011 as entidades cooptadas ao governo, como a UNE, CUT e CNTE, abandonaram a defesa que faziam. A bandeira dos 10% do PIB esbarrou a barreira da formalidade, e em nenhum momento estiveram dispostos a se enfrentar com o governo Dilma para lutar por ela. Apóiam o atual PNE que está para ser votado na câmara dia 8 de fevereiro e sequer questionam que os 10% do PIB devem ser destinados apenas a educação pública, e que não podemos esperar até 2020 para ampliar os recursos da educação. Estão, atualmente, negociando com o relator do PNE a votação de 8% do PIB, uma manobra que incluiria gastos indiretos e que deixa claro uma lamentável capitulação. Fizeram, portanto, uma campanha midiática, longe da base e mais distante ainda dos processos de luta.
O Plebiscito Nacional, realizado entre os dias 6 de novembro a 6 de dezembro, foi a mais importante iniciativa da campanha. Com a coleta de cerca de 400 mil votos, esta foi a principal e mais categórica resposta aos ataques do governo contidos no PNE e a exigência de 10% do PIB para a educação pública já. O plebiscito possibilitou uma importante articulação entre as entidades em cada estado, através da formação dos comitês, e um amplo debate com os trabalhadores e a juventude brasileira, seja na porta das fábricas, nos canteiros de obra, em diversas categorias de trabalho, universidades, escolas, creches, além de bairros e praças populares. Iniciaremos 2012 com um importante acúmulo de ter transformado um sentimento massivo de que “a educação no nosso país vai mal” para a conclusão de que “é preciso que o governo federal destine mais recursos já para a educação pública”. O que acumulamos com o plebiscito, em termos de articulação dos movimentos sociais e debate político, sem dúvida será um apoio importante para os futuros enfrentamentos que, inevitavelmente, virão em 2012.

Com a energia renovada, os estudantes livres se preparam para mais um ano de lutas!
Quem participou do I Congresso da ANEL, de suas assembléias nacionais e estaduais, campanhas e atividades, sabe o quanto este ano significou um avanço importante da entidade. Demos um passo fundamental na construção de uma alternativa de luta para os estudantes brasileiros se organizarem, se aliarem aos trabalhadores e às batalhas internacionais. A ANEL, de acordo com as resoluções aprovadas em seu Congresso, terá o desafio de ano que vem, avançar ainda mais em sua organicidade nacional, estruturação financeira, funcionamento dos seus fóruns e organismos. Seguirá a campanha por 10% do PIB para a educação pública já, além do combate às opressões, dos temas da conjuntura nacional e internacional, e toda uma nova geração de calouros para apresentar nossas campanhas e funcionamento, e convidar para construir a entidade conosco.
O que construímos esse ano nos dá a força de enfrentar os desafios futuros. A crise econômica mundial, atingindo com cada vez mais força a Europa e os EUA, e se alastrando para a China, sem dúvida irá atingir com força o Brasil, que já está no caminho da desaceleração do crescimento econômico. O governo Dilma, que segue com um apoio majoritário da classe trabalhadora, terá novos e mais duros enfrentamentos, que significarão novas experiências e a conscientização de que devem contar com as suas forças para lutar por melhores condições de trabalho e de vida. Os estudantes, enfrentarão o aprofundamento das contradições da atual política educacional do governo Dilma, da aplicação do novo PNE e do processo de expansão sem verbas suficiente, e sem dúvida novas lutas virão. Aqueles que estiveram ombro-a-ombro participando de cada processo de 2011, se espelhando na juventude que ocupa as praças e ruas de todo mundo reencontrando seu lugar na história, saberá qual será o caminho a traçar em 2012. Que o ano novo venha, e com ele, a força da juventude livre!

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

CARTA ABERTA DOS ESTUDANTES DE DIREITO DA UFMA

*Disponível em: http://movosliriosnaonascemdalei.blogspot.com/2011/12/carta-aberta-dos-estudantes-de-direito.html

Os estudantes do Curso de Direito da UFMA, através de seu órgão máximo de deliberação, a Assembléia Geral dos Estudantes vem, por meio desta carta expor a realidade do curso de Direito da UFMA e da própria universidade, nos seguintes termos.

O Curso de Direito da UFMA, hoje dividido nos turnos matutino e noturno, tem 94 anos de existência e está listado entre os melhores cursos do Brasil. Tem nota máxima no ENADE e também o selo “OAB Recomenda”, que faz com que a própria Ordem dos Advogados do Brasil indique interessados para cursar Direito na UFMA.

Porém, tais dados escondem uma triste, assustadora e abjeta realidade: discriminação, racismo, elitismo, autoritarismo, irregularidades, imoralidade, anti – democracia, que pairam sobre os corredores e salas de aula do curso e são sistematicamente silenciadas diante de ameaças, represálias e perseguições aos estudantes que contestam a ordem (im) posta.

Em agosto de 2011, alguns alunos do curso denunciaram ao Núcleo de Estudos Afro – Brasileiros (Neab) da universidade um caso de suposto preconceito sociorracial, que teria sido praticado por um professor da instituição. Os alunos afirmam que houve segregação dos estudantes negros e mais carentes em relação aos estudantes com maior poder aquisitivo e brancos. Tal situação reflete apenas as práticas que vem sendo reproduzidas dentro do curso de Direito da UFMA, até hoje silenciadas pelo medo de retaliações.

Nas Assembléias de Estudantes, Assembléias Departamentais, nos corredores e mesmo nas salas de aula, casos parecidos são relatados. Fatos estes demonstram que a política de cotas, implementada na UFMA desde 2009, ainda não foi recepcionada pelo curso. Isso se expressa no comportamento e comentários de professores dentro e fora de salas de aula ao questionarem e, algumas vezes, minimizarem a capacidade daqueles que ingressam na universidade por esse sistema. Além disso, explicita a postura elitista do curso, como se cursar Direito na UFMA devesse ser privilégio apenas das camadas mais abastadas da sociedade.

Essa postura também é verificada na exigência de alguns professores para que os estudantes estejam trajados de uma forma específica em sala de aula ou na realização de provas, constrangendo os alunos que não podem ou não se submetem à forma “mais adequada e à altura do grande curso de Direito.” A exigência de vestimentas dessa natureza só serve para discriminar e segregar estudantes que, talvez, sequer tenham possibilidades de garantir as condições mínimas, e a quem deve ser assegurado o direito de ir e vir, especialmente dentro de sala de aula.

Outro fato que chama a atenção para o nível de segregação que acontece no curso é que alguns professores têm “facultado” aos estudantes participarem dos congressos e eventos organizados pelo próprio curso – para os quais são cobrados preços exorbitantes – no entanto, essa faculdade se demonstra apenas ilusória, pois aqueles que não participam desses eventos não raro saem grandemente prejudicados.

É preciso lembrar que muitos dos discentes são cotistas, mais velhos, pais de família e que com muito custo tem arcado com os gastos (não poucos) do curso, não sendo sequer razoável que esses sejam prejudicados enquanto quem pode pagar por um congresso sequer faz prova ou já tem notas garantidas. Esse é apenas mais um dos claros exemplos de práticas notadamente racistas e discriminatórias por parte dos docentes dentro e fora de sala de aula. Dessa forma, sob o manto da discricionariedade que a liberdade de cátedra parece assegurar, muitos docentes impõem suas práticas aos discentes à custa de duras repressões, levando à luz comportamentos que não condizem com o próprio Estado Democrático de Direito.

Diante desse cenário, os poucos discentes que fazem frente ao que determinam os professores ou mesmo se indispõe com esses, são retaliados, seja com ameaças de reprovações discricionárias, indeferimento de cadeiras, exclusão arbitrária de inscrições em disciplinas ou mesmo nas bancas de monografia e supervisão de estágios. Ou seja, o curso de Direito da UFMA muitas vezes sepulta os princípios basilares da boa administração pública: impessoalidade, publicidade, moralidade e eficiência.

Tudo isso é reforçado pelo Departamento e Coordenação do curso, uma vez que quase todos esses procedimentos lhes dizem respeito diretamente. Exemplo disso é o indeferimento arbitrário de disciplinas fundamentais para a conclusão do curso, sem mais motivações; a ineficiência em organizar as cadeiras pendentes, oferecendo – as em períodos de férias ou horários alternativos; a ineficiência de processos de recorreção de prova e responsabilização dos professores pela perda ou não lançamento de notas, e o mais grave: o cerceamento ao direito dos estudantes em participarem dos espaços de deliberação do curso, a exemplo da Assembléia Departamental, ou porque estas não são divulgadas ou porque a participação e a voz só podem ser concedidas pela Chefe de Departamento, segundo suas próprias palavras, o que vai de encontro as próprias normas da Universidade que garante a participação e a voz aos estudantes nesses espaços.

Assim, viemos por meio desta dizer que não estamos dispostos a continuar calados diante das irregularidades do curso de Direito da UFMA que vêm sendo maquiadas com os dados apresentados no início ou com os grandes e pomposos congressos de nosso curso!

Para isso convocamos os estudantes a participarem dos espaços de deliberação, a construírem as Assembléias de Estudantes de Direito a fim de que possamos concretizar nossas denúncias e cobrar das entidades responsáveis, administrativa e judicialmente, como muitas vezes aprendemos no nosso curso. Para dessa forma fazermos jus aos professores e alunos que fazem do curso de Direito da UFMA referência nacional, referência essa que precisa ir muito mais além dos dados governamentais e institucionais, de maneira a romper o silêncio, a discriminação, a segregação, a ineficiência!



Assembléia Geral dos Estudantes de Direito da UFMA

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Sábado dia 10/12: Tod@s à feijoada de Serviço Social

    Nessa sábado se você quiser se divertir e contribuir com a formatura de companheiras e companheiros lutadores do Serviço Social, o seu endereço certo é a feijoada "Vem...que eu dou assistência!"

Participem!!

Fortalecer a luta por uma saúde pública, gratuita e de qualidade

     Por Nelson Júnior,
     estudante de Farmácia da UFMA
     e da Executiva Estadual da Anel


   Nesse sábado dia 10/12, a partir das 08h, na Praça do Pescador (Avenida Litorânea) acontecerá mais um ato em Defesa da Saúde Pública no Estado do Maranhão.
   O Primeiro ato mostrou de maneira bem simbólica a situação de descaso dos Governos Municipal e Estadual com a Saúde no nosso estado. Levou centenas de estudantes e profissionais de saúde às ruas do centro de São Luís e teve adesão da população que deu depoimentos emocionantes sobre o que passam a todo instante em filas dos serviços públicos de saúde no estado.
   Nesse final de semana o Movimento Pela Saúde volta às ruas e tem uma nova tarefa: exigir dos culpados a reparação das mortes de milhões de maranhenses. Colocar cruzes e mostrar quais são as causas delas é apenas o começo do desafio de denunciar os escandalosos casos de corrupção do governo Dilma, da família Sarney, João Castelo e demais aliados.
   Hoje segue válido para os países da América Latina, políticas que visam destinar cada vez menos investimentos para saúde e educação. Ou seja, a causa de muitas "cruzes" ou muitos jovens fora das escolas e universidades é pensada e idealizada de maneira sistemática e aplicada por os agentes desses organismos internacionais (Banco Mundial e FMI).
   O problema da fome, da educação, da falta de moradia, da miséria, da saúde e da falta de medicamentos a doenças tropicais já poderiam sido resolvidos. Mas os governos, bancos, planos de saúde e a indústria farmacêutica percebeu que poderia tirar lucro de serviço básicos e garantidos em lei. Manter esses indicadores sociais é muito melhor para a lógica do lucro do que resolver os problemas das pessoas.
   Estudantes da área de saúde, profissionais e a sociedade em geral deve fortalecer uma luta que deve ser expressa em todos os cantos do país, e que precisa crescer!
   Na Europa, os trabalhadores estão indo às ruas para protestar contra os planos de austeridade dos governos que retiram os direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores europeus. Aqui no Brasil nossos direitos essenciais são subtraídos de maneira bem sutil, um exemplo recente foi a aprovação do Projeto de Lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. 
   A criação dessa empresa retira a autonomia dos HU's, desvincula-os das universidades, precariza as condições de trabalho dos mais de 26 mil trabalhadores em todo o país e abre espaço para que a inciativa privada tome pra si de uma vez por todas o espaço público e não deixe que a produção científica e os projetos de extensão para as comunidades que tanto precisam possam avançar.
   O Movimento Pela Saúde do Maranhão pode contar com todo o apoio da Assembléia Nacional de Estudantes - Livre (Anel). Uma entidade livre, democrática, independente e de luta que se fortalece a cada dia e que está lado a lado com os trabalhadores do mundo na construção de outro modelo de sociedade pautando sempre uma saúde que garanta o acesso a todos de maneira integral, universal e gratuita.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Plenária da Anel Maranhão







CONVOCATÓRIA


Convocamos a todos e todas para a Plenária da Anel 


Maranhão com a seguinte proposta de pauta:


- Informes;

- Atividades (balanço do CEUFMA, Plebiscito dos 10% do PIB, 





etc);


- Outros





Data: 06/12/11 - terça-feira (amanhã)


Local: Corredor de Geografia (Antigo Corredor de 


Filosofia)/CCH - UFMA


Horário: 17:30 h



sábado, 3 de dezembro de 2011

MANIFESTO AO CEUFMA ESTATUTÁRIO

   O CEUFMA Estatutário, encaminhamento fruto da plenária final do XVII CEUFMA, tinha como objetivo a discussão do Estatuto do DCE e suas possíveis reformulações.
   Como o próprio nome do evento deixa evidenciado, teoricamente este deveria ser um congresso de estudantes da UFMA, que é o espaço e instância máxima de deliberação do movimento estudantil na universidade. Porém, entre a teoria e a prática há um profundo fosso de distância.
   A organização do evento limitou-se a um grupo de cartas marcadas escolhidos em CEB e, mesmo depois da plenária inicial com a eleição de novos integrantes para a Comissão, esses não tiveram acesso a documentação ou atividades de organização do evento, sendo apenas tolerados enquanto COCEUFMA.
   Por outro lado, o Congresso não foi de maneira alguma divulgado em nenhum dos campi da UFMA pelo Diretório Central dos Estudantes, nem tampouco pela dita Comissão Organizadora. No que diz respeito a participação dos delegados e ouvintes dos demais campi, não foram garantidas as condições para que houvesse participação qualificada de todos os estudantes.
   Somado a esse cenário, o que vimos nas propostas aprovadas, nas discussões e em todas as deliberações foi a representação máxima do reacionarismo, do retrocesso de direitos, da despolitização e da fuga do compromisso com a sociedade, com seu povo e com seu tempo.
   Por isso, não legitimamos este espaço e convocamos todos os estudantes dessa universidade a se unir na luta por uma educação pública verdadeira, por um ensino a serviço dos trabalhadores e dos oprimidos, por um DCE livre, democrático, transparente, independente e de luta!!

ANEL
MOVIMENTO OS LIRIOS NÃO NASCEM DA LEI
VAMOS A LUTA
CONTRAPONTO
NAJUP NEGRO COSME
MOVIMENTO HIP HOP QUILOMBO URBANO
CA DE ENFERMAGEM DO CAMPUS BACANGA
CA DE SERVIÇO SOCIAL DO CAMPUS BACANGA
CA DE PEDAGOGIA DO CAMPUS DO BACANGA
DELEGADOS DO CAMPI DE CHAPADINHA: THIAGO JANSEN, CAMILA VIEIRA, ALICIA APARECIDA, CARMEM ELEN, LUCIANE GOMES DA SILVA,CLAUDENILSON DUTRA
CA DE AGRONOMIA-CHAPADINHA
CA DE BIOLOGIA-CHAPADINHA
DELEGADOS CAMPUS SÃO BERNARDO:JONATHA WENDEL,ILDA CABRAL
DELEGADOS DO CAMPUS DE BACABAL:ENIO FERREIRA,ALINE COSTA
INALDO RODRIGUES
DELEGADOS DE PINHEIRO: MARIANA MELO,
ANDERSON ARRAES SILVA – CA DE DIREITO- IMPERATRIZ
TAIRO LISBOA DELEGADO DO CURSO DE FILOSOFIA - SÃO LUIS