segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

MEIA PASSAGEM: eu quero meu direito por inteiro!


Desde a ultima quarta-feira, dia 26 de janeiro, os terminais de venda de crédito para estudantes em São Luis não estão funcionando.  O motivo da vez - e de sempre - é o sistema “fora do ar” que impossibilita a recarga das carteiras.
Muitos estudantes compareceram aos postos de venda em todos os dias da semana após esta quarta-feira e se depararam com as placas que anunciavam o não funcionamento. Dessa forma foram obrigados a pagar a passagem inteira, a maioria com muito custo, durante os últimos 5 dias que se passaram.
Não é raro esse tipo de situação ocorrer. A muito presenciamos essas idas e vindas no que diz respeito às (supostas?) falhas no sistema de recarga de crédito estudantil. Também sabemos dos eternos conflitos entre a prefeitura de São Luis e os donos das empresas de transporte e a possível ligação entre essa relação e o cerceamento do direito de meia passagem aos estudantes.
É muito simples: se não conseguimos comprar o crédito, temos que pagar a passagem inteira e dessa forma o nosso direito  a meia passagem é negado. Na maioria das cidades do Brasil apenas a apresentação da carteira de estudante garante o pagamento de metade da tarifa. Em São Luis a pergunta que nos fazemos é: quem mais se beneficia com a manutenção de um sistema que usualmente está “fora do ar”?
É absurdo que a freqüência escolar e o desenvolvimento das atividades dos estudantes sejam comprometidos por conta da irresponsabilidade das autoridades que tem a competência de regular a efetividade da meia passagem. É absurdo que estudantes tenham a obrigação de pagar a tarifa de transporte inteira por conta de um erro exterior a eles. A meia passagem é um direito e o queremos por inteiro!
Diferente de conhecidas entidades estudantis, que não alteiam sua voz contra essa situação insustentável de violação de direitos por terem rabo preso com os governos e prefeituras, nós da ANEL não nos calamos frente ao descaso ao qual estamos submetidos!
Essa é uma luta de todos os estudantes e trabalhadores que precisam e se apóiam no direito á meia passagem para garantir sua educação e a educação de seus filhos. E para além da meia passagem é urgente que ampliemos a luta por passe-livre que já é uma realidade em cidades brasileiras como Cuiabá e Rio de Janeiro!
Uma luta por respeito e compromisso!


quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Nota da ANEL em defesa da Ocupação Pinheirinho!

disponível em: www.anelonline.org

Nota da ANEL em defesa da Ocupação Pinheirinho!
Não à reintegração de posse! Em defesa da Ocupação Pinheirinho!

Nas últimas semanas, o pânico tomou conta dos mais de 9 mil moradores da Ocupação Pinheirinho, em sua maioria mulheres, crianças e idosos. Desde 2004, a ocupação existe por conta do grande déficit habitacional que existe em São José dos Campos. Por falta de políticas públicas que garantam a moradia dessas famílias, ocuparam uma área até então abandonada da falida Selecta Naji Nahas.
Há poucas semanas, a juíza Márcia Faria Mathey Loureiro retomou o processo, há anos estagnado, de reintegração de posse do local, o que obrigaria desalojar mais de 2 mil famílias moradores da Ocupação. Desde então, os moradores estão em estado de alerta. No dia 5/01, uma mega operação militar foi realizada, com a justificativa que buscavam apreender drogas e foragidos da justiça, com uma clara ameaça à população.
A Ocupação Pinheirinho é parte da CSP Conlutas, central sindical e popular. É um exemplo de unidade entre o sindicato de metalúrgicos de São José dos Campos, filiado à central, e o movimento popular. Seus moradores sempre estão na luta, prestando todo o apoio e solidariedade às batalhas dos trabalhadores e da juventude. Estiveram presentes no I Congresso da ANEL, apoiando os estudantes.
A ação de reintegração de posse tem o apoio da Prefeitura, governo do Estado e federal. Representa um duríssimo ataque à população e a toda a resistência e luta que acumularam ao longo de 9 anos da Ocupação. Nesse momento, precisamos aglutinar o máximo de apoio e solidariedade aos companheiros do Pinheirinho. Não podemos deixar que se concretize a reintegração de posse, e para isso, será necessário unir esforços entre movimento sindical, popular e estudantil. A ANEL estará comprometida com a defesa da Ocupação Pinheirinho, e convoca todas as entidades estudantis a aprovarem a assinatura na Moção que segue abaixo.


MODELO DE MOÇÃO:

NÃO À REINTEGRAÇÃO! EM DEFESA DO PINHEIRINHO!
CHEGA DE INTIMIDAÇÃO E REPRESSÃO!

Na madrugada do dia (05/01) os moradores da Comunidade do Pinheirinho em São Jose dos Campos foram surpreendidos, por voltas da 05h30min da manhã. Uma mega operação policial foi implementada deixando a todos perplexos. Com a justificativa de que buscavam apreender drogas, armamentos e possíveis foragidos da justiça, a polícia impõe o pânico na comunidade.
Os moradores já vivem um clima de pânico desde que a Juíza Márcia Faria Mathey Loureiro determinou a reintegração de posse à massa falida da Selecta do megaespeculador Imobiliário, Naji Nahas. É no mínimo estranha a decisão da juíza já que a legalização da comunidade e a transformação do local em um bairro estavam encaminhadas e bem avançadas junto aos órgãos competentes, afinal cerca de duas mil famílias moram ali já há oito anos.
Apesar da justificativa oficial de busca e apreensão, o verdadeiro objetivo por trás desta mega operação policial realizada no Pinheirinho, é a intimidação da comunidade e a busca de justificativas para legitimar uma ação covarde de desocupação daquele terreno.
Repudiamos a decisão da juíza Márcia Faria Mathey Loureiro bem como esta atitude intimidatória dos órgãos de segurança pública. Solidarizamo-nos com a comunidade do Pinheirinho e exigimos do Governo Alckmin, responsável pela segurança pública no estado, que não autorize qualquer ação que vise a desocupação daquele terreno, hoje ocupado por trabalhadores e trabalhadoras que lutam para ter moradia. Assim irá evitar o que pode vir a ser uma verdadeira tragédia.

Endereços para envio:

Governador de SP: galckmin@sp.gov.br
Prefeito de SJC: gabinete@sjc.sp.gov.br
Secretaria Geral da Presidência da República: sg@planalto.gov.br
Com cópia para: secretaria@cspconlutas.org.br

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Vencedor da Rifa do Pen Drive da Anel

Leony Mota (esquerda) recebe prêmiação

       O Vencedor da rifa de um pen drive realizado pela Anel Maranhão foi companheiro Leony Mota, estudante do Curso de Administração da UEMA. O prêmio foi entregue pelo companheiro Nelson, da Executiva Estadual da Anel.
          Agradecemos a todas e todos que participaram do sorteio.
      Teremos mais campanhas financeiras ao longo deste ano para garantir a independência da nossa entidade.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

A luta pela mudança nos horários de aulas*

*disponível em: http://cassufma.blogspot.com/2012/01/luta-pela-mudanca-nos-horarios-de-aulas.html

Existem estudantes e professores que tem acompanhado algumas movimentações que estão se dando no curso de Serviço Social. Queremos deixar mais claro o que está acontecendo e qual nosso posicionamento em relação aos conflitos.
O Centro Acadêmico de Serviço Social a partir de seus representantes foi ao colegiado discutir a possibilidade de que a disciplina Pesquisa III fosse ministrada em outro horário ou condensada em apenas um dia, pois boa parte da estudantada precisa trabalhar/estagiar e essa aula de manhã impossibilitaria a participação. Após isso nos afirmaram que dialogariam com a professora responsável e emitiriam uma resposta a nós.
Começou 2012 e para muitos estudantes, no ato da divulgação dos horários para matrículas, foi um início de ano com surpresas desagradáveis. O 6 período se viu com aulas pela manhã e tarde nos quatro dias da semana (além de pesquisa III está sócio-jurídico), com uma carga estafante e se perguntando “como pode”?
Muitos estudantes ficaram pasmos e somos tranqüilos em dizer que consideramos o horário abusivo por diversos motivos.
A primeira argumentação da qual dispomos, e mais importante, é que por mais que o curso de Serviço Social seja “diurno” (de acordo com a UFMA) não podemos fechar os olhos para a realidade sócio-econômica e perfil de quem compõe o curso e muito menos cercear o direito de jovens trabalhadoras o cursarem. Alegar que o curso é diurno e que você sabia disso quando fez vestibular, sabendo (e fazendo vista grossa) que a maioria de nossos jovens precisa se sustentar ou ajudar em casa, é no mínimo uma contradição de discurso muito grande.
Sabemos que o curso é diurno sim, de acordo com resolução CONSEPE, mas também sabemos que uma organização de horários em que os estudantes sejam melhor contemplados de acordo com sua realidade evita essa contradição pedagógica que está colocada. Também sabemos que nossas professoras são de dedicação exclusiva e que tem na ponta da língua o projeto ético-político e código de ética da profissão. E uma vez que sabemos que o COMPROMISSO de nossas professoras é com seus alunos (muito mais do que com a instituição), queremos dizer que não compreendemos o por que da inflexibilidade com relação aos horários. Além de tornar pública a nossa indignação e decepção.
Aprendemos em diversas vivências a partir do curso de Serviço Social a compreender os fenômenos que nos são colados para além da aparência e diante disso queremos fazer uma reflexão sobre “OS FATORIAIS” tão marginalizados pelo sentimento academicista de muitos. Vos pergunto: se muitos estudantes fatoriais o são por não poder fazer disciplinas pela manhã por conta de seu trabalho, estágio, grupo de estudos e etc, a culpa é deles? Como poderíamos solucionar isso? Quais medidas poderiam ser tomadas para garantirmos que todos possam cursar as disciplinas e terminar o curso em tempo hábil?
Queremos bater mais nessa tecla. Se o estudante precisa trabalhar terá que escolher entre o sustento (que financia suas Xerox, passagens, restaurante universitário e etc) ou o curso? Acreditamos que a partir do bom senso e diálogo entre docentes e discentes chegaremos a conclusão que não.
Outro argumento do qual dispomos diz respeito à formação profissional em Serviço Social. Está claro que um horário como o que está proposto para o 6 período prejudicará de forma irremediável a apreensão das aulas. Nós que já vivenciamos horários em que haviam aulas pela manhã e tarde sabemos o quão improdutivos eles se tornam. Nossas professoras já cansaram de ver em nossas faces o cansaço e isso não é novidade para ninguém. Além disso não sobraria tempo algum pra ler os textos propostos pelas 8 disciplinas, com um horário como o proposto pela Coordenação do curso.
Muito nos preocupa o reflexo que a manutenção de um horário como este causará na formação e na prática profissional lá na frente. Por qual tipo de formação estamos primando? E apesar de muitos não irem para estágio ou (por benção ou milagre) conseguirem dar conta das 8 disciplinas de manhã e tarde sem ter que priorizar umas em detrimento de outras, entendemos que o sentimento de coletividade se faz presente em nossas reivindicações. Defendemos um horário mais humano, para não dizer um horário socialmente referenciado condizente com o que ouvimos tanto em sala de aula.
Nossa proposta foi elaborada pelo conjunto de estudantes de Seso e esperamos que seja acolhida fraternalmente pelo DESES e pela Coordenação. As reclamações quanto aos horários pela manhã não se dão de hoje, mas desde quando os mesmos começaram a ser implementados. Reivindicamos a mudança do horário, mas principalmente que sejam tomadas medidas profundas para a solução d estes problemas, sérios.
Esta luta é por respeito e não é apenas de um período, é de tod@s nós.
Há braços na luta.