sábado, 16 de março de 2013

R.U nas férias: um direito conquistado!


Ô Natalino, cadê minha refeição?

Por Talita Setubal
Executiva Estadual da ANEL

Já era de se esperar: As férias chegaram e o Restaurante Universitário da Universidade Federal do Maranhão fechou as suas portas. E os estudantes que estarão frequentando aulas no período de férias não poderão contar com as refeições do RU. É assim que se dá a assistência estudantil de qualidade? Por que se quebram as pernas do estudante que tem o seu direito subtraído simplesmente porque não é interessante para a universidade manter o restaurante funcionando nas férias?  E quem não tem dinheiro para bancar suas refeições com preços mais altos? Estas são perguntas que ainda não obtivemos respostas, e parece ser inclusive um questionamento infundado aos olhos dos nossos gestores.
 O Restaurante Universitário faz parte da Assistência Estudantil, fornecendo a alimentação para toda a comunidade acadêmica com baixo custo, para que todxs, especialmente os universitários possam pagar, mantendo-se deste modo, em condições dignas de permanência dentro da universidade, já que a alimentação é algo fundamental para a continuação dos estudos que não cessam com o período das férias.
Contudo, parece que apelo dos mais de 1.600 estudantes que registraram seus nomes no abaixo-assinado entregue à reitoria, que pedia o funcionamento do RU nas férias não foi ouvido. O atendimento à comunidade cessou no dia 12/03, trazendo prejuízos aos que fazem uso deste importante equipamento. Sentimos que falta seriedade quando o assunto é o trato dado à comunidade acadêmica. Temos fome sim, e queremos a cobertura de uma assistência com qualidade. Queremos a nossa alimentação! Queremos ser respeitados!
Fruto de pressões nas redes sociais do DCE, do qual a ANEL constrói junto aos estudantes, convidando a todos a participarem do churrasco protesto dia 14/03, a UFMA comunicou por meio da web que o funcionamento retornaria na quinta, dia 14/03, ou seja, no mesmo dia do ato. Não podemos deixar de frisar que os “pseudorepresentantes” estudantis, que durante cinco anos nunca estiveram na luta pelas causas estudantis, pelo contrário, despolitizaram a universidade, aproveitaram a oportunidade na tentativa de tomar para si as benesses da reivindicação. Sem contar o surgimento de perfis e páginas no facebook, com o intuito de desmoralizar e difamar a gestão “Ninguém pode nos calar”.
Como a prática é o critério da verdade, nós mostramos a que viemos. Mantendo a construção do ato, o Diretório Central dos Estudantes, por meio de falas claras e pontuais, conseguiu mandar o seu recado à reitoria: Assistência Estudantil não é caridade, é direito dos estudantes. O evento contou com a participação de vários estudantes que, compartilhando do mesmo desejo de mudança, demonstraram sua indignação, somando ao  ato.
Nós que somos lutadores da ANEL e que não aceitamos mais um desmando desta SALGADA gestão que não ouve as nossas demandas e que não tem interesse em sentar-se com o DCE, que é o legítimo representante dos estudantes. Não queremos uma assistência estudantil meia boca, pois temos fome também nas férias e queremos de fato o direito que nos é garantido, este mesmo direito que o nosso Reitor parece ignorar.

sexta-feira, 1 de março de 2013

Avaliação do MEC na UFMA, não conta com a presença de entidades estudantis e dos trabalhadores



Por Thamara Layla, da Anel Maranhão e da Secretaria de Igualdade Racial do DCE-UFMA, Cássia Clovié, da Anel Maranhão e da Secretaria do Centro de Ciências e Tecnologias do DCE-UFMA e Yuri Rocha, da Anel Maranhão



No ultimo dia 26 de março fomos surpreendidos com a visita do Conselho Nacional Ensino Superior (Conaes/MEC) à UFMA, que esteve presente para avaliar a instituição, os cursos e o desempenho dos estudantes através do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), criado pela Lei nº 10.861/04. Sendo, de acordo com a Constituição Federal, os DCEs, DAs e CAs as entidades representativas do conjunto de estudantes de uma Instituição de Ensino Superior e de seus cursos, respectivamente, e estando previsto no artigo 2º da lei que rege o SINAES: “ IV – a participação do corpo discente, docente e técnico-administrativo das instituições de educação superior, e da sociedade civil, por meio de suas representações.”, surpreende o fato do DCE não ter sido convidado pela Reitoria da UFMA ou pelo Conaes para contribuir com o processo de avaliação de nossa universidade.
    Somando-se a isto, antes da reunião com o Conaes para a qual foram convidados apenas determinados estudantes escolhidos a dedo pela reitoria, houve uma reunião preparatória convocada pela Comissão Própria de Avaliação (CPA), na qual estes mesmos estudantes foram orientados pela administração superior da UFMA à prestar depoimentos omissos em relação aos problemas da universidade e desvinculados da gestão de Natalino Salgado.
    Estes dois fatos deixam claro que a intenção da Reitoria é projetar uma imagem falsa da realidade da UFMA, calando suas entidades representativas e mascarando as reais dificuldades que os estudantes enfrentam em qualquer universidade federal, sobretudo na UFMA, desde o acesso limitado a assistência estudantil, ausência de água potável em bebedouros, filas para almoçar com espera média de 40 minutos ou mais, até a situação das Licenciaturas dos campi do interior do estado que já tiveram suas grades curriculares alteradas mais de três vezes e nenhuma explicação foi dada aos estudantes e a imposição da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) como modelo de gestão hospitalar desvinculando o HU da universidade, afetando negativamente o ensino, pesquisa e a extensão.
    Diante das indagações dos estudantes sobre situação de seus cursos, o Conaes se limitou a indicar as instancias burocráticas da universidade como caminho pra resolução dos nossos problemas, como a Ouvidoria, o Núcleo de Assistência Estudantil (NAE), os Conselhos de Centro e Colegiados de Curso. Quando na realidade os estudantes bolsistas estão cansados de recorrer ao NAE para ter seus direitos negados, quando o próprio reitor joga o estatuto e o regimento da UFMA no lixo ao impor a EBSERH de forma truculenta, desrespeitando os espaços deliberativos da universidade como por exemplo o Conselho Superior Universitário (CONSUN) e toda comunidade acadêmica, desviando a finalidade de obras públicas, como a que se destinava a atender as demandas de acessibilidade, residência universitária, restaurante universitário dentre outros.
     Nós da ANEL junto com o DCE da UFMA estivemos presentes na reunião garantindo que a realidade da UFMA fosse expressada através de nossas intervenções e que o MEC além de ouvir e indicar a burocracia que encontramos diariamente na universidade como solução, possa avaliar de verdade a universidade, para atender a demanda dos estudantes que adentraram pelo Programa REUNI  e que hoje não encontram a garantia de permanecer até o final de seus estudos. Repudiamos a atitude da Reitoria em selecionar e não convocar as entidades representativas dos estudantes e trabalhadores da UFMA.