segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Nota de apoio e solidariedade ao professor Bartolomeu Mendonça



Por Giselly Conçalves
Executiva Estadual da Anel 

      “Ô professor, pode lutar...que ANEL vai te apoiar!!!”

     Nós da Assembleia Nacional de Estudantes-Livres (ANEL) vimos por meio desta prestar nosso total apoio e solidariedade ao professor e companheiro de luta, Bartolomeu Mendonça, mais uma vítima do autoritarismo sanguinário que percorre os corredores da UFMA.
De acordo com professor Bartolomeu, no comunicado divulgado pela APRUMA (Associação dos professores da UFMA), o golpe orquestrado já era esperado, “Eu previa que a perseguição do grupo da intervenção do Colun continuaria pós-período de intervenção. Esta semana surpreendi-me ao receber uma intimação do IV Juizado Especial Cível de São Luís, que consta o processo nº 0016984-52.2013.810.0001, onde o Sr. Telésforo Reis de Assunção Filho, ex-coordenador do Ensino Médio da Gestão Interventora do Colun, acusa-me de danos morais, afirmando que em reunião eu o teria agredido ‘com expressões que lhe feriu a honra subjetiva’, fazendo total inversão dos fatos, uma vez que fui eu quem passou por perseguições em diversas ocasiões quando da intervenção no Colun”
    O professor Bartolomeu é mais uma vítima do desmonte da autonomia universitária e do silêncio exigido por parte do corpo universitário frente aos mandos e desmandos de uma administração de confunde o público com o privado!

Vamos aos fatos!
     No ano de 2012 vivenciamos uma das maiores greves da educação no/do Brasil, em que 57 das 59 IFES- Instituições Federais de Ensino Superior pararam frente
ao descaso com a carreira docente e educação enquanto direito e como tal,  pública. Na UFMA, a greve se iniciou no dia 21 de maio e contou com 115 dias de muita mobilização, aulas públicas, tensionamentos e NENHUMA negociação.
  O COLUN/UFMA- Colégio Universitário, sendo um CAP’S- colégio de aplicação, portanto, igualmente federal, também aderiu a greve e fora considerado um foco de resistência e um polo de reforço para continuidade da greve na UFMA, uma vez que seus/suas professores – a exemplo do professor Bartolomeu -  aguerridos, não mediam esforços para trazer o debate político para a escola e fortalecer a greve!
   Nós da ANEL-Ma participamos ativamente da greve, demonstrando nossa luta intransigente por uma educação pública, gratuita e de qualidade e fortalecendo um de nossos princípios que é a unidade com a classe trabalhadora, nesse sentido estávamos lado a lado com @s professores e técnicos administrativos e presenciamos o grau do intervencionismo e intransigência do Reitor Natalino Salgado, que tentou intimidar as manifestações no COLUN e antagonizar a luta pondo pais e alun@s contra o movimento grevista e suas reivindicações.
   Em uma conturbada assembleia entre pais e grevistas do COLUN, presenciamos a intervenção magna entre violência, gritos e destituição. O Reitor de forma autoritária destituiu a atual diretoria (aqui é necessário destacar que diferentemente dos argumentos levantados, a diretoria era consciente do fim da gestão e estava no aguardo do edital que convoca as eleições) e instituiu um interventor para finalizar a greve e “comandar” a escola.
    Nesse meio tempo, o professor Bartolomeu que por diversas vezes sofreu assédio moral, teve sua disciplina retirada da grade curricular da escola e ficou sem dar aula, em uma clara tentativa de afasta-lo da vida escolar.
   O clima na escola era de descontentamento total, aquele local mais parecia um parque! Alun@s desmotivadxs e o sentindo de escola/universidade cada vez mais se distanciava do real.
Foram 5 meses de intervenção, quando em  fevereiro as eleições demonstraram que “os bons não silenciaram” e as urnas comprovaram que, apesar dos desmandos tirânicos e de seus capachos, a voz dos belos e bons apontavam para um horizonte diferente, um horizonte com democracia e autonomia!
  Não obstante, os interventores polarizaram o ambiente e tentam criar cenário para ataques e represálias, bem como acontece com o professor Bartolomeu – umas das principais figuras públicas do COLUN durante a greve, e que além de um excelente professor, tem sua vida pública inquestionável!
   Cabe ressaltar que o mesmo professor que o denuncia por danos morais “baseado em acusações infundadas e intimidatórias”, foi recentemente acusado de racismo no interior da escola por alunas da graduação que desenvolviam projetos no COLUN.
Essas práticas espúrias estão se reproduzindo e se naturalizando em tempos de intervenções, falta de diálogo, retaliações e tirania. É preciso que não deixemos naturalizar e que combatamos cotidianamente tais práticas!

Denunciamos mais um caso na UFMA e repudiamos quaisquer ações desonestas e autoritárias!!!

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Anel Maranhão participa de audiência sobre o Estatuto da Juventude e denuncia ataque à Juventude.



Por Micael Carvalho
Executiva Estadual da Anel Maranhão

Na última quinta-feira, dia 29 de agosto, a Anel Maranhão participou na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (ALEMA), de uma audiência pública para debater o Estatuto da Juventude.  Estiveram presentes na mesa representantes da Executiva Estadual da ANEL-MA e da UNE.
A Assembleia Nacional de Estudantes - Livre esteve mais uma vez presente nesses espaços para denunciar os ataques que o estatuto faz à juventude, em especial ao que se refere o direito a cultura. O Estatuto representa um retrocesso aos direitos da juventude, não só pela restrição da meia-entrada, mais porque em seu texto não contém nenhum avanço e nenhuma demanda concreta das necessidades da juventude brasileira. Pelo contrário, só reafirma as medidas governamentais aplicadas nos últimos anos que privatizam e precarizam os serviços públicos como saúde, educação, cultura, mobilidade urbana, dentre outras reivindicações que foram levantadas durante as jornadas de junho pela juventude que não está contemplada no estatuto, como por exemplo, o passe livre.
A UNE defendeu abertamente todo o estatuto e afirmou que ele representa um avanço significativo para a juventude brasileira. Sobre o ataque a meia-entrada teve a coragem de dizer que “a juventude pode baixar um filme pela internet, ou comprar um DVD e assistir em casa”. Dizem ainda que a restrição da meia-entrada à 40% não é restrição, e sim ampliação do acesso à cultura, pois segundo a UNE, hoje 33% dos que frequentam os cinemas, teatros, estádios, etc, são jovens, portanto seria uma ampliação de 7%. Além de termos que ouvir essa declaração absurda, o passe livre foi ignorado pela entidade, dizendo que mobilidade urbana não é passe livre, e que o estatuto da juventude não contempla as demandas das jornadas de junho porque foi sancionado em agosto, posteriormente as manifestações no Brasil.
Ressaltamos que as bandeiras levantadas nas jornadas de junho, não nasceram em junho. A luta pelo passe livre é histórica, as bandeiras de defesa da saúde, transporte e educação já estavam presentes há anos nas mobilizações dos movimentos sociais. A vitoriosa greve do ano de 2012 das IFES (Instituições Federais de Ensino superior) nos mostrou claramente essas reivindicações.
A ANEL está com um manifesto da juventude brasileira contra a restrição da meia entrada, que já está assinada por 29 entidades. E convidamos você a propor à sua entidade estudantil que assine o manifesto de apoio à luta contra a restrição da meia-entrada.

Exigimos a Dilma que revogue a restrição! Cultura não é Mercadoria!