sábado, 28 de março de 2015

R$ 2,80 EU NÃO ACEITO! Contra o Aumento da Passagem em São Luís!

  


           Na última sexta-feira (27/03), a juventude e os trabalhadores de São Luís foram surpreendidos com o anúncio de um aumento estipulado em 16% na passagem dos ônibus. É sempre o mesmo discurso, a prefeitura anuncia o aumento e promete melhorias na "qualidade" dos transportes, todavia, o serviço prestado continua análogo. Não podemos esquecer que há 9 meses a Edivaldo Holanda empurrou para a população um aumento de 30 centavos na passagem, com a promessa de que a frota seria renovada com 250 novos ônibus. Na prática, o que se observou foi apenas a chegada de coletivos sucateados (inclusive os biarticulados) e aproveitados de outras cidades como Curitiba, mudando apenas a pintura. Além disso, foi suspensa a “domingueira”, onde aos domingos, a tarifa ficava mais barata. Tais ações constatam a velha forma de administração da prefeitura, eleita com a promessa de trazer a “nova política”. O mesmo de sempre.
              
            O aumento da tarifa foi só mais um dos ataques aos direitos da classe trabalhadora, cultivados e promovidos pelo governo de Dilma/PT. A taxa de juros subiu, a gasolina e a energia sofreram um reajuste absurdo, o Governo Federal apresentou um pacote com restrições aos direitos previdenciários com cortes bilionários nas áreas sociais. Só na educação foram R$ 7 bi, o que aprofundou ainda mais o processo de precarização das universidades e escolas. As demissões na indústria, em especial no setor automotivo, são o pesadelo de milhares de famílias.


          O transporte coletivo enquanto serviço público é um direito fundamental para o conjunto da população. É através deste serviço que a juventude e os trabalhadores garantem seu acesso ao trabalho, escola, universidade, lazer e etc... . A “qualidade” do transporte é inversamente proporcional ao alto valor que pagamos pela passagem. Está cada dia mais difícil enfrentar esta realidade. Ônibus superlotados, velhos e quebrados, horas e horas à espera do transporte e passagem absurda são alguns elementos que tornam o direito de ir e vir cada vez mais inacessível.
            
            Fora os problemas técnicos, há também uma grande contradição: se é um serviço PÚBLICO, os cidadãos, que pagam altos impostos em tudo o que compram, deveriam ter acesso integral e gratuito. A questão é que o transporte é feito de forma terceirizada, e as empresas não se importam com o poder aquisitivo da maioria dos usuários, cobrando altas taxas para o Governo, que por sua vez, passa a "responsabilidade" para a população. O desinteresse das empresas de transporte não se dá apenas aos "clientes", mas também, a seus trabalhadores. A categoria dos metroviários constantemente entra em greve por melhores salários e condições de trabalho. Segundo o Sindicado dos Metroviários de Brasília, as perdas dos patrões com a catraca livre já somam R$30 mil.

             Infelizmente, os governos e prefeituras vendem nossos direitos para a iniciativa privada. O transporte "público" tem se tornado mais uma mercadoria na mão dos grandes empresários, em detrimento do trabalhador. A juventude e o proletariado precisam, mais do que nunca, unir-se nas ruas contra esta conjuntura nefasta e depreciativa. Faz-se necessário, de imediato, a estatização do serviço, a não-demissão dos trabalhadores, a troca das frotas em prol da qualidade, a redução imediata das tarifas, a implantação do passe livre para a juventude, idosos e trabalhadores desempregados e o reprojetamento do espaço rodoviário urbano. Assim, garante-se o bem-estar da população e a efetivação de mais um dos tantos deveres do Estado.
              
              Neste sentido, nós exigimos da prefeitura de São Luís a revogação imediata deste aumento. A juventude e os trabalhadores não podem pagar pela crise! A ANEL permanecerá na trincheira lado a lado com a classe trabalhadora, movimentos sociais organizados, sociedade civil e entidades sindicais na luta contra o aumento e em defesa do transporte publico estatal e de qualidade. Tomemos como exemplo Teresina, Natal, Porto Alegre e outras cidades onde a juventude organizada a partir das mobilizações de rua chegou até a vitória conseguindo barrar o aumento.


Reflorescemos Junho de 2013 e a certeza de que é possível mudar.

 Vamos juntos construir uma grande frente contra o aumento!!!!


sábado, 21 de março de 2015

26M: Sacudir a UFMA em defesa da Educação Pública!




   Próxima quinta-feira, 26 de março, está sendo convocado o 26M – Dia Nacional de Luta em defesa da educação. Um dia nacional para dizermos NÃO aos cortes na área da Educação e exigir mais verbas para as Universidades e Escolas de todo o Brasil.
   O ano de 2015 iniciou com o corte de cerca de 7 milhões na educação, e cerca de 30% dos orçamentos das universidades foram cortados devido à essa crise em que as instituições de ensino  se encontram. As universidades federais por todo o país já vinham imersas em uma grande crise envolvendo todos os setores da educação superior pública, que vão desde problemas estruturais/físicos, passando pelo problema da falta de professores, bem como das condições de trabalho docente, afetando mais ainda os estudantes, que sofrem por tudo isso pela falta de assistência estudantil.
  A UFMA não está nem um pouco fora dessa situação, basta lançar olhar sobre nossa realidade, nossas estruturas e nossos campi que poderemos perceber isso:
  Inúmeros cursos sofrendo pela falta de professores, de laboratórios e salas de aula, ou mesmo aquelas que com a chuva, tornam-se alagadas, obrigando os alunos e professores ficarem sem aula.
  O Restaurante Universitário é um problema histórico na UFMA. No campus de São Luis a fila gigantesca incomoda e tira a paciência de muitos estudantes que necessitam se alimentar na Universidade, chegando muitas vezes atrasados para a aula, estágio, atividades das Bolsas. Se em São Luis o problema já é grande, imagina nos campi do continente em que sequer existe um R.U. para atender a comunidade acadêmica. No início de 2013, foi lançada uma nota pelo site institucional, sobre a reforma e ampliação do R.U.* “(...)o RU passará por uma nova reforma, já que desta vez, o refeitório será ampliado e será criada uma terceira linha de distribuição, além da climatização de todo o restaurante”. O que vimos infelizmente são promessas e mais promessas, e os estudantes continuam amargando a mercê das políticas de Assistência Estudantil na UFMA.  
  O prédio de Biologia e o Centro de Artes também são problemas que geram revolta e indignação. As obras infinitas na UFMA são cada vez mais visíveis, e o tempo de entrega, multiplicado inúmeras vezes, gerando assim, mais destinação de verbas e gastos de recursos públicos. O prédio de Biologia já está em obras a 5 anos, e até hoje não foi entregue; já o Centro de Artes iniciou duas obras este ano com a delimitação do espaço de construção do prédio.
    Ser estudante, professor(a) ou técnico(a) administrativo com necessidades especiais tornou-se um pesadelo dentro da UFMA, falta um número maior de funcionários tradutor Braille, intérprete de libras e materiais dentro do prazo estabelecido para acompanhar o processo educacional dos alunos. Muitos lugares ainda carecem de uma rampa para os cadeirantes, de piso tátil em alto relevo para os cegos, de escadas com contraste de cores para os que têm baixa visão. A universidade que cresce com inclusão social ainda precisa ser inclusiva.    
      Se transportar para chegar à UFMA é praticamente uma jornada. A parada 3E do terminal de Integração da Praia Grande sempre é lotada e às vezes o(a) estudante precisa pegar o próximo 311 porque não coube dentro da lata de sardinha que se transformou essa linha, sem contar o grande tempo de espera. Nas últimas férias o 305 (linha campus-centro) foi retirada sem nenhum motivo, e os(as) estudantes que dependem dessa linha são obrigados à fazerem um percurso ainda maior para chegar no local desejado. O aumento da passagem veio, mas o aumento da qualidade ficou apenas nos discursos da Prefeitura e do Secretário de Trânsito e Transporte. Pode parecer para muitos que o transporte público não tem muito a ver com as outras discussões, porém sem mobilidade urbana é impossível os estudantes terem acesso à Universidade, e consequentemente terem acesso à educação.            Portanto pra nós, é mais do que claro que devemos nos somar ao movimento estudantil nacional e construir o dia 26 de março como dia nacional de lutas em defesa da educação pública na UFMA. Reiteramos o chamado aos Centros Acadêmicos, Coletivos, Casas de Estudante para construir coletivamente um grande dia de mobilização para denunciar todos esses ataques e exigir que nenhum direito seja retirado.

           -Queremos a ampliação do Restaurante Universitário e a construção nos demais campi;
-Mais concursos para professores efetivos;
-Nenhum corte nas bolsas permanência, de pesquisa e de alimentação;
-Entrega dos Prédios que já passaram do prazo, como o Centro de Artes, de Biologia, dos Campi do Continente;
-Acessibilidade em todos os espaços da UFMA;
-Chega de sufoco! Ampliação da frotas 311 e a volta do 305

TODXS AO 26M na UFMA! Reunião de organização, próxima segunda às 13h na pracinha próximo ao estacionamento do Castelão (entre o prédio da reitoria e o CCSO). Participe!

*http://portais.ufma.br/PortalUfma/paginas/noticias/noticia.jsf?id=41160