terça-feira, 18 de agosto de 2015

CORTES NA EDUCAÇÃO, FECHAMENTO DA UFMA: organizar as lutas em defesa da Universidade pública, gratuita e de qualidade!

Já não é mais novidade que o ano de 2015 de fato está sendo um ano difícil para os trabalhadores e para a juventude. Terminamos o ano passado (2014) com a aprovação das MPs (Medidas Provisórias) 664 e 665 que retira direitos históricos conquistados pelos trabalhadores. O ano iniciou com o maior corte que a educação já sofreu:  a cifra chega a bilhões, foram R$ 9,4 bilhões retirados da pasta da educação. Se não bastasse isso, no dia 31 de julho, foi anunciado novamente pela presidente Dilma (PT) um novo corte, agora com o valor de R$ 8,6 bilhões, sendo os setores mais atingidos o Programa de Aceleração do Crescimento - PAC, saúde e educação, ou seja, mais uma vez as área sociais são as mais afetadas.


           
            O ajuste fiscal, as reformas trabalhistas e previdenciária, as MP’s 664 e 665, a PL das terceirizações e agora o Programa de Proteção ao Emprego – PPE, já demonstram que para proteger o lucro dos ricos e poderosos Dilma fará com que a juventude e os trabalhadores paguem pega crise. Essa também tem sido a receita seguida pelos governos estaduais, e porque não pelas Reitorias?

Nas universidades e escolas o peso do ajuste já é sentido por estudantes e funcionários desde janeiro. O resultado são milhares de trabalhadores terceirizados demitidos (segurança e limpeza), bolsas de assistência estudantil atrasadas, projetos de pesquisa e programas, a exemplo do PIBID, com restrições orçamentárias. Mas não para por aí! Com o aprofundamento do contingenciamento de verbas, funções básicas também estão sendo afetadas. Em muitas universidades públicas as reitorias têm apresentado dificuldades de pagar as contas de água e energia, em outras até mesmo os serviços de limpeza estão comprometidos. A crise do ensino superior se agrava com a crise econômica e política que atravessa o nosso país, as universidades tiveram redução em média de 30% do orçamento previsto. 

O que acontece hoje na UFMA é fruto de tudo isso, porém com uma ressalva sobre o que tem sido prioridade para as últimas gestões da Administração Superior desta instituição. As obras inacabadas, praças inutilizáveis, construções milionárias (vide o pórtico, biblioteca central, prédio de odontologia, os orçamentos para o Centro de Artes), algumas destas citadas que nunca foram concluídas, e vem se alongando por anos.  A assistência estudantil, sempre fica em último plano, e quando entra em discussão é tratada como se fosse assistencialismo. 


 anúncio de que a UFMA poderá não funcionar no segundo semestre já toma grandes proporções, colocando ainda mais a necessidade dos setores combativos desta universidade se organizarem para mobilizar estudantes, técnicos, professores, comunidades em geral na defesa e garantia desse ensino. 

Portanto, o que acontece hoje na instituição é consequência das políticas educacionais do governo, que nunca priorizou a educação, mas também não se pode tirar a figura dos reitores desse alvo, pois são eles quem aplicam fielmente essas medidas dentro das universidades, e boa parte sem a discussão com a comunidade acadêmica.

Sabemos que o segundo semestre será muito mais difícil principalmente para os estudantes que dependem de bolsa permanência, bolsas de pesquisa e extensão, do restaurante universitário para se alimentar (grande maioria), porém, se não nos organizarmos para barrar todos esses ataques, a situação tende a piorar e o desmonte do ensino público continuará em curso, destruindo assim a luta histórica daqueles que defenderam e defendem a educação pública, gratuita e de qualidade. Vamos fortalecer a greve nacional da educação, impulsionar a construção de uma forte greve estudantil que balança a UFMA e todo o Brasil!

Fazemos um chamado para tod@s @s estudantes participarem da plenária unificada da comunidade universitária da UFMA, que acontecerá dia 19/08 (quarta-feira) na área de vivência a partir das 17h30min.