Por Giselly Conçalves
Executiva Estadual da Anel
“Ô professor, pode lutar...que ANEL vai te apoiar!!!”
Executiva Estadual da Anel
“Ô professor, pode lutar...que ANEL vai te apoiar!!!”
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De acordo com professor Bartolomeu, no comunicado divulgado
pela APRUMA (Associação dos professores da UFMA), o golpe orquestrado já era
esperado, “Eu previa que a
perseguição do grupo da intervenção do Colun continuaria pós-período de
intervenção. Esta semana surpreendi-me ao receber uma intimação do IV Juizado
Especial Cível de São Luís, que consta o processo nº 0016984-52.2013.810.0001,
onde o Sr. Telésforo Reis de Assunção Filho, ex-coordenador do Ensino Médio da
Gestão Interventora do Colun, acusa-me de danos morais, afirmando que em
reunião eu o teria agredido ‘com expressões que lhe feriu a honra subjetiva’,
fazendo total inversão dos fatos, uma vez que fui eu quem passou por perseguições
em diversas ocasiões quando da intervenção no Colun”
O
professor Bartolomeu é mais uma vítima do desmonte da autonomia universitária e
do silêncio exigido por parte do corpo universitário frente aos mandos e
desmandos de uma administração de confunde o público com o privado!
Vamos aos fatos!
No ano
de 2012 vivenciamos uma das maiores greves da educação no/do Brasil, em que 57
das 59 IFES- Instituições Federais de Ensino Superior pararam frente
ao descaso com a carreira docente e educação enquanto direito e como tal, pública. Na UFMA, a greve se iniciou no dia 21 de maio e contou com 115 dias de muita mobilização, aulas públicas, tensionamentos e NENHUMA negociação.
ao descaso com a carreira docente e educação enquanto direito e como tal, pública. Na UFMA, a greve se iniciou no dia 21 de maio e contou com 115 dias de muita mobilização, aulas públicas, tensionamentos e NENHUMA negociação.
O
COLUN/UFMA- Colégio Universitário, sendo um CAP’S- colégio de aplicação,
portanto, igualmente federal, também aderiu a greve e fora considerado um foco
de resistência e um polo de reforço para continuidade da greve na UFMA, uma vez
que seus/suas professores – a exemplo do professor Bartolomeu - aguerridos, não mediam esforços para trazer o
debate político para a escola e fortalecer a greve!
Nós da
ANEL-Ma participamos ativamente da greve, demonstrando nossa luta intransigente
por uma educação pública, gratuita e de qualidade e fortalecendo um de nossos
princípios que é a unidade com a classe trabalhadora, nesse sentido estávamos
lado a lado com @s professores e técnicos administrativos e presenciamos o grau
do intervencionismo e intransigência do Reitor Natalino Salgado, que tentou
intimidar as manifestações no COLUN e antagonizar a luta pondo pais e alun@s
contra o movimento grevista e suas reivindicações.
Em uma
conturbada assembleia entre pais e grevistas do COLUN, presenciamos a
intervenção magna entre violência, gritos e destituição. O Reitor de forma
autoritária destituiu a atual diretoria (aqui é necessário destacar que
diferentemente dos argumentos levantados, a diretoria era consciente do fim da
gestão e estava no aguardo do edital que convoca as eleições) e instituiu um
interventor para finalizar a greve e “comandar” a escola.
Nesse
meio tempo, o professor Bartolomeu que por diversas vezes sofreu assédio moral,
teve sua disciplina retirada da grade curricular da escola e ficou sem dar
aula, em uma clara tentativa de afasta-lo da vida escolar.
O clima
na escola era de descontentamento total, aquele local mais parecia um parque!
Alun@s desmotivadxs e o sentindo de escola/universidade cada vez mais se
distanciava do real.
Foram 5
meses de intervenção, quando em
fevereiro as eleições demonstraram que “os bons não silenciaram” e as
urnas comprovaram que, apesar dos desmandos tirânicos e de seus capachos, a voz
dos belos e bons apontavam para um
horizonte diferente, um horizonte com democracia e autonomia!
Não
obstante, os interventores polarizaram o ambiente e tentam criar cenário para ataques
e represálias, bem como acontece com o professor Bartolomeu – umas das
principais figuras públicas do COLUN durante a greve, e que além de um
excelente professor, tem sua vida pública inquestionável!
Cabe
ressaltar que o mesmo professor que o denuncia por danos morais “baseado em
acusações infundadas e intimidatórias”, foi recentemente acusado de racismo no
interior da escola por alunas da graduação que desenvolviam projetos no COLUN.
Essas
práticas espúrias estão se reproduzindo e se naturalizando em tempos de
intervenções, falta de diálogo, retaliações e tirania. É preciso que não
deixemos naturalizar e que combatamos cotidianamente tais práticas!
Denunciamos
mais um caso na UFMA e repudiamos quaisquer ações desonestas e autoritárias!!!