Nesta segunda, quilombolas, indígenas e camponeses,
tendo a frente o MOQUIBOM (Movimento Quilombola do Maranhão) ocuparam o INCRA
(Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). Os motivos da ocupação
são os mesmos que estão presentes nas lutas históricas desses sujeitos.
Os quilombolas cobram a titulação de suas terras e a
aceleração na realização dos laudos antropológicos. Os indígenas exigem a
demarcação imediata das terras onde vivem, além disso, ambos denunciam as
ameaças de morte que as lideranças vêm sofrendo.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRvmxEACeomjCYrLIfrRCZdr1UkNNS3MXYKovg1cJ1Ylt304H0hBXCHO5d1_XySPtfKrYuMZXJVqhlP71UuYfDLWvbSidZwysRZGbW8jXhS9HM7tyXKuRSIG6x2QIHCpmXUAm_U4OQlEs/s320/WP_20150611_19_29_05_Pro.jpg)
A Questão Agrária no Maranhão, caracterizada por
conflitos agrários de empresas capitalistas do agronegócio e latifundiários
contra o povo do campo, tendo como mediação o Estado com a negação e/ou
precarização de políticas públicas compõe o processo de exclusão e “massacre
silencioso” das populações camponesas.
O governo anualmente destina rios de dinheiro para o
agronegócio, enquanto que para os trabalhadores do campo o que restam são
ameaças e expulsão forçada das terras de seus ancestrais.
A luta dos trabalhadores do campo deve está
unificada a luta dos trabalhadores da cidade, afinal os sujeitos que são
expulsos do campo se refugiam nas periferias das grandes cidades em busca da reconstrução
de suas vidas. E chegando nas cidades o que encontram mais uma vez é total
descaso do Estado, que empurra-os cada vez mais para a marginalidade.
Ao invés de investir em políticas públicas como
saúde, educação e Reforma Agrária o Governo Dilma prefere aprovar medidas que
nos atacam ainda mais, maior exemplo disso são as MP’s 664 e 665 e o PL 4330,
que retiram direitos históricos conquistados a sangue e suor pelos trabalhadores
do campo e da cidade. O Governo Dilma e o PT mais uma vez mostram que não
governam para o povo, mas sim para a burguesia, empresários, banqueiros e
latifundiários.
É necessário que se coloque a situação da juventude trabalhadora
do campo e da cidade que desde cedo saem em busca de emprego, sendo impedidos
de concluírem os estudos e são esses jovens que majoritariamente estão atuando
em postos de trabalhos mais precarizados. Hoje a maioria dos trabalhos
terceirizados, como o telemarketing ou os trabalhos semiescravizados, como o
corte de cana-de-açucar é ocupado por jovens. Se formos fazer um recorte, nos
dois casos tratam-se de jovens negros.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9_z75DKaRVhqWyMCAqvb-yc498-YcwNDt1MYnsdfj7u6MFEJAO2h2nf3LIThPYNPvDvWCMxUKYSkVwbod8uatScKYIvmB0tenPYlmjcdbB4rdZtBJAZhhv8lYBCw8RFyI35os1AwJqN8/s200/WP_20150611_17_59_20_Pro.jpg)
Especificamente em relação ao trabalho terceirizado, basta olharmos uma sala de telemarketing ou os trabalhadores dos serviços gerais dos prédios públicos que vemos que se tratam basicamente de mulheres, negros e lgbt’s, ganhando um recorte de raça, gênero e orientação sexual. Os sujeitos mais oprimidos da sociedade são também os mais explorados e semiescravizados. A redução da maior idade penal também é um ataque direto a juventude pobre e negra da periferia.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgTb3OwIlvz7PZi7AKDwbV21X9b4jYuz1Um0h8ho6D1-G7PDvP3sR5sBZtonaKkzozU2xnFZ8J9wcefkMudQ7ZlJXWVIBAnloL_igiXDw4lVkdUj6bZAvEkwcRFRfUkl4BCCrNsgHazpv4/s200/WP_20150611_17_38_48_Pro.jpg)
Pela imediata titulação e regularização das terras
remanescentes de quilombo!
Pela demarcação das terras indígenas!
Por uma Reforma Agrária radical, que exproprie os
latifúndios sem indenização!
Por mais políticas públicas para o campo e cidade!
Abaixo a redução da maior idade penal!
A juventude negra deve ter direito ao futuro!