Em meio tudo que está acontecendo na cidade de São Luís com os reflexos e discussões que envolvem a greve, nós estudantes precisamos fazer alguns apontamentos.
A greve dos rodoviários não está anunciada à poucos dias. Todo dia vivenciamos na pele as condições precárias e o caos no sistema de transporte público de São Luís. O governo de João Castelo (PSDB) veio aprofundar essas condições, pois jogou nossa cidade e deixou nas mãos dos empresários do Sindicato das Empresas de Transporte (SET), que na sua lógica cobram passagens absurdas para que possamos transitar por São Luís em sua decadente infra-estrutura de transporte coletivo, além fazer a manutenção da precariedade do trabalho dos trabalhadores e trabalhadoras que prestam serviços nos nossos coletivos.
Cabe aqui um resgate importante. No ano de 2010, após alguns meses na prefeitura, João Castelo/SET aumentaram o valor da passagem do transporte coletivo de São Luís em meio às festas de carnavais e férias das universidades e escolas da capital temendo levantes e protesto de estudantes pelas ruas da capital. Naquele ano, o aumento foi de 23% sobre as tarifas o que elevou a passagem de R$1,80 para R$2,10 (valor utilizado pela maioria dos trabalhadores e da juventude diariamente).
Em meio a argumentos nada convincentes, o Prefeito João Castelo e o SET tentaram se justificar apresentando que para a melhoria da malha viária e da renovação da frota passava por aumento da tarifa de transporte.
Ora, mas o que vimos ao longo desse ano, de longe passou pela melhoria da infra-estrutura. E hoje pagamos duas vezes o valor da arbitrariedade da prefeitura e da ganância desses empresários, que reafirmamos manter a precariedade com altos lucros.
Hoje em meio à greve a população se revolta com a reivindicação dos trabalhadores rodoviários que sofrem na pele o descaso da prefeitura e a exploração do SET, o que é normal, mas precisamos entender por quais condições de trabalho estão sendo submetidos diariamente. Além de receberem salários distantes dos lucros exorbitantes das empresas, medidas assistenciais conquistadas pelo movimento de trabalhadores em greves gerais na década de 80 não correspondem com a realidade da categoria.
Aqui viemos nos solidarizar com a greve das trabalhadoras e trabalhadores rodoviários e dizer que a Assembléia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL) está do lado dos trabalhadores contra os patrões do transporte de São Luís e contra a administração de João Castelo.
Também devemos destacar que o resultado dessa greve não deve ser refletido em aumento da passagem de ônibus, pois já pagamos uma tarifa exorbitante e inaceitável e a população que já arca com 1/3 do seu salário com transporte na capital. Achamos que cabe ao Ministério Público do Trabalho intermediar as negociações e que defenda a todo custo os trabalhadores em greve, apontando para a melhoria do transporte coletivo na capital.
TODA SOLIDARIEDADE A LUTA DOS TRABALHADORES RODOVIÁRIOS DE SÃO LÚIS!
VIVA A LUTA E RESITÊNCIA DOS TRABALHADORTES!
VIVA A LUTA E RESITÊNCIA DOS TRABALHADORTES!
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