Na última quinta-feira (22/09/2011) bons ventos sopraram para estes rumos e levou cerca de 200 estudantes à frente da Universidade Estadual do Maranhão.
A precariedade do transporte de acesso à universidade é visível, bem como suas conseqüências. A reduzida frota não atende à demanda estudantil que circula diariamente na universidade acarreta desde muito tempo uma superlotação levando a acidentes, muita espera entre um ônibus e outro, péssima qualidade nos serviços prestados. Uma série de acontecimentos que já não davam mais para suportar.
Expressando o que acontece hoje na cidade de São Luís, temos um verdadeiro caos no sistema de transporte público da capital. A população da cidade não tem vias alternativas de circulação, paga uma alta tarifa de R$2,10, um sistema integrado de transporte sucateado que já não dá conta da demanda, falta de acessibilidade dos deficientes físicos, etc. Essas são as características do transporte público das capitais brasileiras que não são prioridades das prefeituras que sempre após as eleições se voltam a beneficiar os empresários de transporte, como aconteceu aqui em 2010, com a eleição do prefeito João Castelo (PSDB).
“Rio, São Paulo, Chile e Piauí. A luta do estudante também está aqui!”
Por esse e muitos outros motivos a juventude se levantou e foi exigir o que é seu por direito: acesso à educação em um transporte de qualidade, que atendesse as suas demandas específicas. Ao som de palavras de ordem que lembravam as recentes lutas estudantis que aconteceram nestas últimas semanas pelo Brasil e pelo mundo, a juventude foi às ruas reivindicar à prefeitura de São Luís que aumentasse o horário de circulação do ônibus UEMA/IPASE para às 23h, horário em que ainda tem estudante no campus. Que esse mesmo ônibus atendesse aos estudantes de graduação e pós-graduação que estudam/freqüentam um laboratório que fica a aproximadamente 2km da área principal do campus; a criação da linha de ônibus UEMA/TERMINAIS para que estudantes das áreas da Cohab, Cohatrac e Cohama não tenham que pegar 3 (três) ônibus todos os dias para ir e voltar à universidade.
Um ato organizado pelo DCE da UEMA, Centros Acadêmicos e com o apoio do SINTUEMA (Sindicato dos Trabalhadores da UEMA) após muita mobilização, paralisação do trânsito, bloqueio da entrada de veículos à universidade e paralisação de ônibus da linha que atende à UEMA conseguiram trazer representantes da administração superior da universidade e um representante da Secretaria Municipal de Trânsito e Transporte (SMTT) para que recebesse o abaixo-assinado dos estudantes com suas pautas e reivindicações. Após muita conversa, o representante da secretaria se comprometeu a receber uma comissão para conversar e se dispôs a fazer estudos da viabilidade e execução das propostas.
Durante a tarde, após a reunião, os estudantes perceberam que a mobilização já começava a trazer benefícios. Já havíamos conseguido com que o ônibus pudesse circular até mais tarde e que atendesse aos estudantes no “Laboratório de Solos”.
A Assembléia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL) se fez presente desde o início da manhã reforçando a luta dos estudantes desta universidade para que essas lutas e mobilizações sigam fortalecidas por entidades estudantis combatentes e que possam sempre está avançado nas conquistas essenciais dos direitos da juventude. Os estudantes precisam exigir cada vez mais das prefeituras melhorias no transporte público apontando sempre a perspectiva de termos passe-livre para a juventude e trabalhadores desempregados e a criação da empresa municipal de transportes.
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