segunda-feira, 13 de junho de 2011

Faltam apenas 10 dias para o Congresso!

Agora, faltam apenas 10 dias para o Congresso da ANEL! Estamos na contagem regressiva, e já são quase 1800 delegados eleitos em todo o Brasil! Delegações de norte a sul do Brasil já estão terminando as últimas eleições de delegados, organizando seus ônibus, arrecadando o dinheiro das taxas. Ao que tudo indica, será um grande Congresso.

Já temos diversas presenças internacionais confirmadas, como jovens da Espanha, Egito, Palestina, Argentina, Costa Rica, El Salvador, e muitos outros países! Além disso, a lista de palestrantes está excelente, com presenças de grandes intelectuais e importantes lutadores do movimento sindical e popular brasileiro. Teremos no nosso Congresso refletidas as principais lutas que vive hoje o nosso país, como “Somos Todos Bombeiros!” do Rio de Janeiro, a greve dos servidores das universidades federais e dos professores das redes de ensino estadual e municipal, além das últimas greves da construção civil e outras que já tiveram importantes vitórias. A batalha contra as opressões seguirá com força, a partir do enorme exemplo que demos com a Campanha “É hora da Virada contra a Homofobia!” e teremos diversos Painéis Temáticos, onde o estudante livre poderá escolher o tema que mais se identifica e ajudar a ANEL a elaborar seu Programa.

É no Congresso da ANEL, por fim, que realmente poderemos alavancar uma enorme Campanha Nacional contra o PNE do governo Dilma e pelos 10% do PIB já para a educação. Só num Congresso independente, democrático, aliado aos trabalhadores e realmente combativo que poderemos construir a luta contra todos os ataques que a Dilma sistematizou neste novo PNE, que está tramitando no Congresso Nacional. A UNE, que em eleições muito frias para o Congresso da UNE nas universidades não expressaram nenhum processo real de luta que está se desenvolvendo hoje, vai aplaudir de pé o PNE, dizer que os 10% do PIB pra educação podem vir só daqui a 10 anos e mais uma vez, demonstrar sua total falta de independência para defender o interesse estudantil.

É o Novo que Pede Passagem, para fortalecer o movimento estudantil livre! Isso significa agora, mais do que nunca, participar do 1º Congresso da ANEL, levando muitos estudantes para sacudir o país no próximo período e colocar os movimento estudantil lado a lado com os trabalhadores brasileiros em luta, construindo uma nova entidade: democrática, independente, combativa e livre!


Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação



A desmoralização social da carreira docente*
* Valério Arcary 
Historiador, professor do Cefet/SP e membro do conselho editorial da revista Outubro


Qualquer avaliação honesta da situação das redes de ensino público estadual e municipal revela que a educação contemporânea no Brasil, infelizmente, não é satisfatória. Mesmo procurando encarar a situação dramática com a máxima sobriedade, é incontornável verificar que o quadro é desolador. A escolaridade média da população com 15 anos ou mais permanece inferior a oito anos, e é de quatro entre os 20% mais pobres, porém, é superior a dez entre os 20% mais ricos 1. É verdade que o Brasil em 1980 era um país culturalmente primitivo que recém completava a transição histórica de uma sociedade rural. Mas, ainda assim, em trinta anos avançamos apenas três anos na escolaridade média. 


São muitos, felizmente, os indicadores disponíveis para aferir a realidade educacional. Reconhecer as dificuldades tais como elas são é um primeiro passo para poder ter um diagnóstico aproximativo. A Unesco, por exemplo, realiza uma pesquisa que enfoca as habilidades dominadas pelos alunos de 15 anos, o que corresponde aos oitos anos do ensino fundamental 2. O Pisa (Programa Internacional de avaliação de Estudantes) é um projeto de avaliação comparada. As informações são oficiais porque são os governos que devem oferecer os dados. A pesquisa considera os países membros da OCDE além da Argentina, Colômbia e Uruguai, entre outros, somando 57 países.


Em uma avaliação realizada em 2006, considerando as áreas de Leitura, Matemática e Ciências o Brasil apresentou desempenho muito abaixo da média 3. No caso de Ciências, o Brasil teve mais de 40% dos estudantes situados no nível mais baixo de desempenho. Em Matemática, a posição do Brasil foi muito desfavorável, equiparando-se à da Colômbia e sendo melhor apenas que a da Tunísia ou Quirguistão. Em leitura, 40% dos estudantes avaliados no Brasil, assim como na Indonésia, México e Tailândia, mostram níveis de letramento equivalentes aos alunos que se encontram no meio da educação primária nos países da OCDE. Ficamos entre os dez países com pior desempenho.


As razões identificadas para esta crise são variadas. É verdade que problemas complexos têm muitas determinações. Entre os muitos processos que explicam a decadência do ensino público, um dos mais significativos, senão o mais devastador, foi a queda do salário médio docente a partir, sobretudo, dos anos oitenta. Tão grande foi a queda do salário dos professores que, em 2008, como medida de emergência, foi criado um piso nacional. Os professores das escolas públicas passaram a ter a garantia de não ganhar abaixo de R$ 950,00, somados aí o vencimento básico (salário) e as gratificações e vantagens. Se considerarmos como referência o rendimento médio real dos trabalhadores, apurado em dezembro de 2010 o valor foi de R$ 1.515,10 4. Em outras palavras, o piso nacional é inferior, apesar da exigência mínima de uma escolaridade que precisa ser o dobro da escolaridade média nacional.


Já o salário médio nacional dos professores iniciantes na carreira com licenciatura plena e jornada de 40 horas semanais, incluindo as gratificações, antes dos descontos, foi R$1.777,66 nas redes estaduais de ensino no início de 2010, segundo o Ministério da Educação. Importante considerar que o ensino primário foi municipalizado e incontáveis prefeituras remuneram muito menos. O melhor salário foi o do Distrito Federal, R$3.227,87. O do Rio Grande do Sul foi o quinto pior, R$1.269,56 5. Pior que o Rio Grande do Sul estão somente a Paraíba com R$ 1.243,09, o Rio Grande do Norte com R$ 1.157,33, Goiás com R$ 1.084,00, e o lanterninha Pernambuco com R$ 1016,00. A pior média salarial do país corresponde, surpreendentemente, à região sul: R$ 1.477,28. No Nordeste era de R$ 1.560,73. No centro-oeste de R$ 2.235,59. No norte de R$ 2.109,68. No sudeste de R$ 1.697,41. 


A média nacional estabelece o salário docente das redes estaduais em três salários mínimos e meio para contrato de 40 horas. Trinta anos atrás, ainda era possível ingressar na carreira em alguns Estados com salário equivalente a dez salários mínimos. Se fizermos comparações com os salários docentes de países em estágio de desenvolvimento equivalente ao brasileiro as conclusões serão igualmente escandalosas. Quando examinados os salários dos professores do ensino médio, em estudo da Unesco, sobre 31 países, há somente sete que pagam salários mais baixos do que o Brasil, em um total de 38 6. Não deveria, portanto, surpreender ninguém que os professores se vejam obrigados a cumprir jornadas de trabalho esmagadoras, e que a overdose de trabalho comprometa o ensino e destrua a sua saúde.


O que é a degradação social de uma categoria? Na história do capitalismo, várias categorias passaram em diferentes momentos por elevação do seu estatuto profissional ou por destruição. Houve uma época no Brasil em que os “reis” da classe operária eram os ferramenteiros: nada tinha maior dignidade, porque eram aqueles que dominavam plenamente o trabalho no metal, conseguiam manipular as ferramentas mais complexas e consertar as máquinas. Séculos antes, na Europa, foram os marceneiros, os tapeceiros e na maioria das sociedades os mineiros foram bem pagos. Houve períodos históricos na Inglaterra – porque a aristocracia era pomposa - em que os alfaiates foram excepcionalmente bem remunerados. Na França, segundo alguns historiadores, os cozinheiros. Houve fases do capitalismo em que o estatuto do trabalho manual, associada a certas profissões, foi maior ou menor. 


A carreira docente mergulhou nos últimos vinte e cinco anos numa profunda ruína. Há, com razão, um ressentimento social mais do que justo entre os professores. A escola pública entrou em decadência e a profissão foi, economicamente, desmoralizada, e socialmente desqualificada, inclusive, diante dos estudantes.


Os professores foram desqualificados diante da sociedade. O sindicalismo dos professores, uma das categorias mais organizadas e combativas, foi construído como resistência a essa destruição das condições materiais de vida. Reduzidos às condições de penúria, os professores se sentem vexados. Este processo foi uma das expressões da crise crônica do capitalismo. Depois do esgotamento da ditadura, simultaneamente à construção do regime democrático liberal, o capitalismo brasileiro parou de crescer, mergulhou numa longa estagnação. O Estado passou a ser, em primeiríssimo lugar, um instrumento para a acumulação de capital rentista. Isso significa que os serviços públicos foram completamente desqualificados. 


Dentro dos serviços públicos, contudo, há diferenças de grau. As proporções têm importância: a segurança pública está ameaçada e a justiça continua muito lenta e inacessível, mas o Estado não deixou de construir mais e mais presídios, nem os salários do judiciário se desvalorizaram como os da educação; a saúde pública está em crise, mas isso não impediu que programas importantes, e relativamente caros, como variadas campanhas de vacinação, ou até a distribuição do coquetel para os soropositivos de HIV, fossem preservados. Entre todos os serviços, o mais vulnerável foi a educação, porque a sua privatização foi devastadora. Isso levou os professores a procurarem mecanismos de luta individual e coletiva para sobreviverem.


Há formas mais organizadas de resistência, como as greves, e formas mais atomizadas, como a abstenção ao trabalho. Não é um exagero dizer que o movimento sindical dos professores ensaiou quase todos os tipos de greves possíveis. Greves com e sem reposição de aulas. Greves de um dia e greves de duas, dez, quatorze, até vinte semanas. Greves com ocupação de prédios públicos. Greves com marchas. 


Conhecemos, também, muitas e variadas formas de resistência individual: a migração das capitais dos Estados para o interior onde a vida é mais barata; os cursos de administração escolar para concursos de diretor e supervisor; transferências para outras funções, como cargos em delegacias de ensino e bibliotecas. E, também, a ausência. Tivemos taxas de absenteísmo, de falta ao trabalho, em alguns anos, inverossímeis.


Não obstante as desmoralizações individuais, o mais impressionante, se considerarmos futuro da educação brasileira, é valente resistência dos professores com suas lutas coletivas. Foram e permanecem uma inspiração para o povo brasileiro. 


1. Os dados sobre desigualdades sociais em educação mostram, por exemplo, que, enquanto os 20% mais ricos da população estudam em média 10,3 anos, os 20% mais pobres tem média de 4,7 anos, com diferença superior a cinco anos e meio de estudo entre ricos e pobres. Os dados indicam que os avanços têm sido ínfimos. Por exemplo, a média de anos de estudo da população de 15 anos ou mais de idade se elevou apenas de 7,0 anos em 2005 para 7,1 anos em 2006. Wegrzynovski, Ricardo Ainda vítima das iniqüidades 
in http://desafios2.ipea.gov.br/003/00301009.jsp?ttCD_CHAVE=3962
Consulta em 21/02/2011.


2. Informações sobre o PISA podem ser procuradas em:
http://www.unesco.org/new/en/unesco/
Consulta em 21/02/2011


3. O relatório citado organiza os dados de 2006, e estão disponíveis em:
http://unesdoc.unesco.org/images/0018/001899/189923por.pdf
Consulta em 19/02/2011


4. A pesquisa mensal do IBGE só é realizada em algumas regiões metropolitanas. Não há uma base de dados disponível para aferir o salário médio nacional. Veja o link aqui Consulta em 19/02/2011


5. Uma pesquisa completa sobre os salários iniciais em todos os Estados pode ser encontrada em estudo:
http://www.apeoc.org.br/extra/pesquisa.salarial.apeoc.pdf 
Consulta em 14/02/2011


6. http://www.adur-rj.org.br/5com/pop-up/unesco.htm

ANEL no Egito



3º Relato da ANEL no Egito


Cairo, 6 de junho de 2011

                  Chegou ao fim a viagem de solidariedade internacional da ANEL ao Egito. Hoje, completa 1 ano do dia em que Khaled Said foi morto pelas armas da polícia da ditadura de Mubarak. Ele era um jovem egípcio de classe média que foi preso e torturado, assassinado no dia 6 de junho de 2010. Jovens, mães, pais, toda a população se comoveu muito com a terrível injustiça, pensando que poderia ter sido com eles ou com seu próprio filho. Khaled Said, desde então, é um grande símbolo da luta contra a truculenta polícia de Mubarak, quando em 2009 milhares foram às ruas com fotos do rapaz, dizendo: “Somos todos Khaled Said”. Hoje houve um ato na ponte sobre o Rio Nilo, em sua homenagem. No mesmo dia, os jornais noticiaram a fuga do presidente do Iêmen do país, que está no poder há 33 anos, com o pretexto de que estava doente. Mais uma vez, é a força das massas mobilizadas nas ruas mudando o curso da história.
                   Conversei com muitos jovens nessa viagem, os protagonistas da Revolução. Quase todos já foram presos ou tem alguma história para contar da violência e repressão que sofreram pelo estado de Mubarak. Muitos já tiveram, inclusive, algum amigo que já foi morto. Quando entramos na universidade americana do Cairo, havia uma exposição lá com a foto dos estudantes que haviam sido mortos durante a Revolução. Muito triste e comovente.
Consegui marcar uma conversa com representantes do movimento 6 de abril, que tiveram uma atuação central na construção da Revolução. São jovens que em 2006 se organizaram a partir de uma greve de operários em Mahalla, onde os trabalhadores tomaram as fábricas e produziram lutas fortíssimas no norte do Egito. Esses jovens, muitos deles estudantes, se identificaram com a luta dos trabalhadores e perceberam a sua importância para enfrentar a ditadura. Começaram a ter uma maior projeção em 2007, com uma grande audiência conquistada pela internet.
         Nos deram o mais bonito relato sobre a Revolução. Estávamos sentados num bar chamado Horeya, muito frequentado pela juventude egípcia. Depois do ascenso na Tunísia que derrubou Ben Ali, combinado com o repúdio enorme (um verdadeiro ódio) que havia da população à polícia de Mubarak, amanheceu o dia 25 de janeiro. A partir dessas duas condições, uma reunião no Sindicato dos Engenheiros convocou um ato para o dia 25 de janeiro, que era tradicionalmente um dia institucional de comemoração da polícia egípcia. Agora, coitados, perderam o dia de vez para a Revolução. Quando fizeram esse chamado, porém, não tinham idéia do quanto esse dia ficaria marcado na história.
                    A manifestação deu certo, e numa série de pontos da cidade, reuniram-se milhares e milhares de trabalhadores e jovens, que foram se somando aos poucos quando a marcha cantava: “venham, venham, juntem suas famílias a nós”.  Enquanto isso, a polícia só aumentava sua violência em cima dos manifestantes, e inclusive dos que estavam assistindo, provocando o efeito inverso: mais pessoas nas ruas. O estudante que nos cedeu o depoimento dizia que foi o grupo que estava o primeiro a se encaminhar para a Praça Tahrir. Na medida em que chegavam mais grupos, vinham notícias de outras cidades do Egito que também estavam ocupando praças e ruas, resultando em mais confiança para resistir.
              “Hum… ok. Now we got a revolution. What should we do?”- nos contando o que passava por sua cabeça. Já havia meio milhão de pessoas ocupando a Praça, e não parava de chegar mais, como parte de um mesmo movimento radicalizado e nacional, cada vez mais confiante que só iria parar quando Mubarak caísse. Não havia outra conclusão pra chegar, estavam diante de uma Revolução.
            Nos dias 26 e 27, a repressão se intensificou muito. Prenderam milhares de manifestantes e, inclusive, mataram alguns. Muitos viram seu sangue escorrer, as ruas sujas de vermelho, e a profundidade que isso significava só deu mais abnegação e disposição para lutar até o fim. Junto com isso, e fundamental para que a Revolução triunfasse na queda de Mubarak, o sentimento de igualdade entre os presentes só crescia. Homens e mulheres, muçulmanos e cristãos, jovens e mais velhos, eram todos juntos iguais e revolucionários. Além disso, começou a auto-organização das massas. Havia aqueles que formavam comissão para garantir a segurança, outros que pensavam na alimentação, outros na limpeza. Eram milhões que numa harmonia inexplicável, vivendo naquele momento o que buscavam construir para o futuro do seu país. “A praça era o lugar mais perfeito no mundo, naquele momento.” – disse Karin.
                 Mubarak tentava lhes desmoralizar, dizendo que era um movimento isolado na Praça Tahrir, ou que se reduzia aos jovens. O segundo discurso de Mubarak teve uma grande repercussão, contendo terríveis ameaças e aterrorizando a população que seguia acampada na Praça Tahrir. O governo cancelou a internet de todo o país, com medo das articulações pelas redes sociais. Havia um grande chamado a uma manifestação no dia 28, sexta-feira. Foi preparado um grande aparato de segurança pelos manifestantes, e combinavam que o nome de uma praça significava o outro, para confundir a polícia. A tática deu certo, e na medida que a notícia se espelhava, mais cidades entravam em cena e mais grupos vinham de longe acampar na Praça Tahrir. O dia 28 foi um sucesso. As tentativas de Mubarak de isolar a Revolução na Praça Tahrir também não deram certo, e trabalhadores de fábricas e empresas entraram em greve, como ficou marcado nos 3 dias de paralisação do Canal de Suez, tão importante economicamente para o imperialismo. A partir de então a Revolução só se fortaleceu, até que em 11 de fevereiro de 2011, Mubarak caiu. E no mesmo dia nós, da ANEL, fizemos um ato no Rio de Janeiro junto com o nosso Seminário Nacional de Educação para comemorar a enorme vitória. Nossa vitória.
                     Não há nenhum mistério para entender o porquê de sua vitória. Um exemplo que deixa isso bastante claro. Um dos grupos que se dirigia à Praça Tahrir foi isolado em outra praça pela polícia. Pensaram: “não temos escapatória dessa vez”. Começaram então a fazer atividades que chamassem a atenção de mais pessoas que passavam, como discussões políticas e intervenções culturais. De um pequeno grupo, foram atraindo milhares e se tornaram uma enorme multidão. Todos aqueles policiais, centenas armados até os dentes, já não eram mais uma ameaça. Então tentaram passar novamente, e a policia não teve outra escolha: abriu caminho e sem sequer usar a violência, deixou os manifestantes passarem. É simples: quando os trabalhadores se unem e colocam pra si a tarefa de mudar suas vidas, não há força que os segure.
             Aprendi muito com essa vinda até o Egito. A situação atual do país é muito complicada, porque apesar de confiante, há uma enorme confusão na consciência dos trabalhadores sobre o atual governo liderado pelas forças armadas, e uma grande dúvida de como será o futuro. O movimento 6 de abril, no Referendo sobre a Constituição que teve, defenderam o voto no NÃO, porque esse referendo era uma forma de canalizar a revolução para pequenas mudanças constitucionais que dessem a ilusão de que há uma verdadeira mudança em suas vidas. Disseram que a grande maioria dos jovens votou NÃO, especialmente do Cairo. As regiões do interior, que foram menos atingidas pela Revolução e são mais alvo da propaganda ideológica que faz o exército, acabaram levando ao resultado de 77% para o SIM.
                  Fica muito claro que é preciso avançar nas mobilizações para garantir as conquistas da Revolução. Segue uma forte campanha por uma Nova Constituição, para que haja abertura real da democracia no país, e para que a população supere o problema do desemprego, dos altos preços, da desigualdade social. Para que não haja mais opressão às mulheres egípcias, de olhos tão profundos e de uma abnegação incontestável, reprimidas por tantos anos. Para que não haja mais um Estado assassino do povo árabe, e aliado do imperialismo na região, como é o Estado de Israel. Para que tudo isso aconteça, os jovens sabem e nós da ANEL, só temos que fazer coro e apoiar de todas as formas possíveis: é preciso superar o capitalismo no Egito, e para isso só fazendo avançar a Revolução que começou dia 25 de janeiro, e ainda não tem data para acabar.

Conferência do Cairo – Fórum de Solidariedade à Revolução Árabe

                   A participação da ANEL na Conferência foi muito importante. Hoje, podemos dizer: somos uma entidade com reconhecimento internacional. Uma marca fundamental dessa Conferência, que contou com a presença de entidades, organizações, movimentos anti-imperialistas, de solidariedade à Palestina, de mais de 20 países diferentes. É evidente que a Revolução Árabe, não só para nós, significou uma verdadeira comoção internacional, servindo de exemplo e inspiração para a juventude e a classe trabalhadora de todos os países. O processo da Espanha, exemplo vivo disso, ficou expresso com força na Conferência.
                       Lá pudemos recolher diversas declarações e conversar com todo tipo de ativista. Conhecemos uma entidade estudantil da Inglaterra, que representa a maior universidade de Londres. Recentemente, no final do ano passado, realizaram fortes lutas contra a cobrança de taxa nas universidades, como parte do pacote do governo de jogar a conta da crise nas costas da juventude e dos trabalhadores.
                   A ANEL foi convidada a estar presente no espaço que tratava das consequências da revolução árabe para a juventude e seus desafios. Contou com a presença de uma série de jovens ativistas. Tivemos a oportunidade de dizer o tamanho da importância que teve a Revolução Árabe para a juventude brasileira, repetindo os ingleses, franceses, americanos, canadenses, espanhóis, sírios, líbios,… Contamos da nossa realidade, do processo de reorganização que vive o movimento estudantil, da forma como funciona uma democracia, que formalmente diz que todos têm direitos, mas que governa para os ricos e trata a educação sem qualquer prioridade. Convidamos todos, inclusive como forma de fortalecer nossa solidariedade internacional, ao nosso 1º Congresso. Tivemos respostas positivas, e pelo menos um egípcio, um espanhol, um palestino e um inglês disseram que estarão presentes lá. Não tenho dúvidas do quanto isso será incrível para nós, estudantes livres brasileiros.
A nossa Praça Tahrir
                O exemplo que o forte processo revolucionário daqui significou para todos os países do mundo é incalculável, e ficou muito evidente nessa viagem da ANEL ao Egito. Agora, a quase duas semanas da realização do nosso Congresso, precisamos entender que fazer com que ele seja vitorioso, com que reúna centenas de estudantes de todo canto do Brasil, com que discuta e aprove um Calendário de Lutas, um Programa para defendermos nas universidades e escolas, junto com os trabalhadores do nosso país, é fazer com que avance também a Revolução Árabe. Pode parecer que a distância que nos separa faz com que nosso esforço do dia a dia não repercute para lá, mas eu que estive presente no Egito e senti o cheiro que tem uma Revolução; eu que vi jovens como nós com o brilho nos olhos de ver a grandeza que fizeram e a ansiedade de pensar sobre o que será do futuro; eu tenho certeza que a nossa luta e a construção de uma entidade estudantil livre no Brasil, tem tudo a ver com o avanço da Revolução da Primavera. Façamos do 1º Congresso da ANEL a nossa Praça Tahrir, para que um dia o mundo inteiro seja como ela foi no dia 25 de janeiro.

terça-feira, 7 de junho de 2011

1° Congresso da Anel 23, 24, 25 e 26 de Junho no RJ

Falta pouco! Contagem regressiva



Egito: A cada passo, as marcas de uma Revolução que ainda não chegou ao fim

2º Relato da ANEL no Egito


Cairo, 3 de junho de 2011

“Foi no dia 1º de janeiro, numa grande mobilização de trabalhadores e jovens por melhores condições de vida, que nos pareceu possível pela primeira vez realizar uma manifestação que tivesse ainda maior adesão, que atingisse vários locais e unisse o conjunto da população. A partir de chamados pelo facebook, começou uma articulação – espontaneamente –convocando protestos em vários pontos da cidade no dia 25 de janeiro, que tivessem um endereço final em comum. Estávamos em Baba, uma região muito pobre da cidade. Começou a chegar pessoas, e mais pessoas, e aconteceu uma coisa que nunca imaginei que presenciaria: estávamos caminhando junto com mais de 1 milhão de pessoas. A sensação de estar ali era incrível. Caminhamos cerca de 3 horas, até chegar no Centro de Cairo, e aí vimos a grandeza do que estávamos participando. Haviam algumas milhões de pessoas fechando todas as ruas, e se encaminhando de diferentes partes da cidade para se reunir junto na Praça Tahrir. A nossa tentativa tinha dado certo, estávamos fazendo história. Haviam grupos que tinham andado ainda mais tempo, de muito longe, todos muito cansados, e pensávamos que ninguém iria querer ficar na Praça. Mas simplesmente não iam embora, então começamos a notar que existia um burburinho, que foi se tornando um grande consenso, que dizia com firmeza e cantorias: ´não saímos daqui até que ele caia´. Dito e feito. Foram 18 dias de ocupação da Praça, muitas importantes greves, e Mubarak caiu. Não pensamos que seria realmente possível, que realmente todos ficariam na Praça, que dessa vez íamos conseguir. A força das massas no Egito mobilizadas, porém, demonstrou ser maior do que todas as dificuldades.”  Depoimento de uma ativista egípicia.

E hoje, numa Sexta-Feira, 16 semanas depois não havia milhões nas ruas, mas alguma concentração de ativistas e vimos 2 grandes palcos. Hoje a Praça se tornou um local de discussão política entre as pessoas. Chegamos com uma bandeira da ANEL e alguns panfletos, e logo fomos abordadas por egípcios. Nos chamou atenção como a Revolução virou uma atração turística. Muitos queriam nos vender blusas, bandeiras, fitas, tudo em alusão à revolução. Logo nos chegou um egípcio com tinta vermelha, preta e branca pintando nossas mãos com as cores do Egito.

O que mais nos surpreendeu, porém, é que no momento que perceberam que não éramos turistas apenas, mas ativistas, que estávamos ali com nossa bandeira, com panfletos da ANEL em árabe que apoiavam a sua Revolução, mudaram a atitude conosco. Um grupo de ativistas que estava em um dos palcos se aproximou e nos levou para perto deles. Começamos a conversar da forma que foi possível, e nos deixaram bastante à vontade para participar do seu ato e nos cederam uma entrevista com depoimentos sobre a Revolução.

A presença da juventude na Praça, que na sexta passada fizeram mais um grande protesto com milhares, demonstra o protagonismo que tiveram os jovens em todo o processo. Toda uma geração de ativistas foi formada nesta Revolução. São jovens trabalhadores, desempregados, muitos recém-formados nas universidades do Cairo (algumas públicas, outras privadas), que não possuem qualquer perspectiva de futuro. Por conta da nossa experiência aqui, é perceptível que existe entre eles uma grande desconfiança com o atual regime, governado pelos militares. Pelo menos com aqueles que tivemos contato. Os jovens têm avançado muito em sua organização, com a criação de novos grupos, a intervenção nos bairros e junto com os trabalhadores. Nas universidades, por exemplo, estão tomando as administrações, realizando pela primeira vez na história do Egito eleições livres de centros universitários (como nossos CAs e DCEs), sindicatos de professores e de funcionários.

O governo militar, muitas vezes, nos jornais e declarações, testa a reação das massas em seus posicionamentos. Há dias atrás, um jornal local publicou uma matéria colocando a possibilidade de libertar Mubarak sem um julgamento. Houve uma grande reação da população, indignada com essa possibilidade, e logo o governo deu uma declaração, dizendo que a culpa era exclusivamente do jornal, e que a partir daquele momento para a publicação de cada matéria, seria necessária a aprovação deles. Eles ainda temem a força das massas, e em especial, a abnegação e radicalidade da juventude egípcia.

Fui tirar foto de um rapaz escrevendo no muro da Praça com uma caneta: “Revolução Egípcia, sim ou não?” – começamos a conversar. Estava querendo dizer com isso que a Revolução no Egito não havia chegado ao fim, que não podíamos comemorar tanto já que as bandeiras levantadas na Praça Tahrir ainda não haviam sido completamente conquistadas. Criticou muito o atual governo, e disse que as condições de vida da população não haviam mudado. Lamentou o fato de que as mobilizações não tenham se mantido com a mesma força, mas demonstrou ter esperança de que continuem a reivindicar as demandas econômicas e sociais, para além das democráticas. Era um arquiteto recém-formado, desempregado.

Ele era a cara da Revolução.


1º Relato – ANEL no Egito
Cairo, 2 de junho.

O jornal semanal Al-Ahram publica em suas manchetes:

- Egito questiona escolhas da Policia: o Exercito inicia um diálogo com a juventude da revolução, enquanto contempla as chamadas para a elaboração de uma nova Constituição antes das eleições.

- A nova cara da Sexta-Feira: no amanhecer da Revolução do Egito de 25 de Janeiro, as sextas mudaram para sempre por todo o Mundo Árabe.

- Constituição antes, democracia depois? Os críticos da emenda constitucional aprovada há dois meses estão agora em campanha contra as alterações.

- Mubarak aguarda julgamento em Sharm El-Sheikh. O presidente deposto Hosni Mubarak está previsto para ser julgado no resort do Mar Vermelho, após uma junta médica ter determinado que estava muito doente para ser transferido para o Cairo.

- Como criar empregos? Não são poucas as soluções de peritos para o problema do desemprego do Egito.

- Mediando um novo regime líbio: Diplomatas árabes dizem que é uma questão de tempo antes que o regime líbio Muammar Gaddafi caia.

- Achados e perdidos na tradução: Como pode sobreviver uma revolução à barreira da língua?

- A Primavera Árabe e a crise da elite: apos tantas falhas, a velha elite foi lavada pelo tempo e a juventude esta tomando o seu lugar.

- Uma nova Constituição é necessária: Sem uma constituição que garanta as liberdades cívicas e os avanços do espírito da revolta egípcia, as eleições parlamentares anulam a legitimidade da revolução.

Em todas elas, sem exceção, a presença da Revolução é incontestável.

Aeroporto do Cairo, 1º de junho.

Cada momento proporciona um novo aprendizado, e um diferente olhar sobre a Revolução que mexeu com as profundezas desse país e de seu povo.  O primeiro contato foi com Sharif, o motorista do táxi, um senhor de uns 50 anos. Ao seu lado Ahmed, um jovem que o acompanhava (Acompanhante?! Sim, estranhamos também). Ficamos a princípio um tempo a sós com Sharif, o idioma não facilitava a comunicação. Com gestos e algumas poucas palavras em inglês ele nos contou que passou 3 dias acampado na Praça Tahir. A língua, as palavras, tão diferentes das nossas, nos fazem sentir muito distantes.  Mas nos entendemos perfeitamente, como se nada separasse um brasileiro de um egípício, quando mostramos a foto que trouxemos da Praça Tahir lotada de gente e seus olhos se emocionaram instantaneamente. Ficou um tempo olhando, em silêncio, sorrindo.

No caminho, Ahmed nos contou que participou ativamente da Revolução, acampou na Praça e fez questão de dizer que foi baleado, logo mostrando a cicatriz no tornozelo e sem conseguir esconder o orgulho que sentia. Ficou alguns minutos em silêncio e se emocionou lembrando de um amigo que morreu assassinado pela policia de Mubarak.

No caminho, passamos pela gigantesca mansão de Mubarak, que Ahmed nos apontou. “E o que é agora?” – perguntamos – “Um museu?” Ele confirmou que sim, dizendo que se ousasse voltar lá ia direto pra prisão! Rimos bastante.

Chegamos ao centro do Cairo às 23 horas e a vida intensa da cidade nos chamou atenção; todas as lojas abertas, um trânsito caótico (pior que o de São Paulo!), muita gente andando pela rua, muitos homens e algumas mulheres cobertas e quase sempre acompanhadas. Ahmed falou sobre a pobreza, o desemprego, a inflação, os preços altos, e ainda disse que mesmo após a Revolução, as condições de vida continuam iguais. Perguntamos: “E o que mudou então?” Ele nos respondeu, sem titubear: “Liberdade. Tudo mudou, agora somos livres”.

As causas sociais da revolução seguem presentes, atualmente aqui fica ainda mais claro que sem romper com o capitalismo e o imperialismo é impossível superá-las.  O governo das forças armadas tenta por onde pode abortar o processo. Os trabalhadores e a enorme juventude egípcia, entretanto, têm consciência da profunda mudança que provocaram: Mubarak caiu. 30 anos no poder não foram suficientes para resistir a algumas semanas de praça ocupada – o mais novo método revolucionário, que tem atravessado fronteiras. As massas entraram em cena e se impuseram com uma força impressionante. Todos têm alguma história pessoal para contar: o taxista, o porteiro, a estudante, o ativista, o operário, cada um a seu modo relata como fez a história. Até no hotel, nem a senha da internet sem fio fica de fora: 25january – o dia que a Revolução começou.

Aqui no Egito, como é sabido, há uma opressão às mulheres muito forte. A grande maioria vive de lenços cobrindo a cabeça e até mesmo burca, com suas crianças no colo. Na vida noturna, é raro encontrar mulheres sentadas às mesas de bar, e sozinhas quase impossível – ao menos não vimos ainda. Conversando com um ativista, ele nos falou que aqui as mulheres não tem uma série de direitos, como receber pensão do ex-marido para sustentar os filhos. Parte da libertação definitiva dos trabalhadores passa, inevitavelmente, pela libertação das mulheres. E isso também esteve presente com força na Revolução, sendo uma das imagens mais marcantes as mulheres de burca, às vezes com apenas os olhos descobertos, mas que arrepiavam qualquer um ao ver a força e a emoção do seu olhar, empunhando o braço e fazendo discursos inflamados.

Essa semana estourou um escândalo envolvendo a instituição mais forte do novo regime, o Exército. Um militar afirmou que fazia “testes de virgindade” nas mulheres ativistas que eram presas nos protestos da Praça Tahrir, para garantir que não os acusariam de estupro. Uma verdadeira tortura causada às mulheres, que gerou comoção entre a população.

Como anunciava o jornal, as Sextas agora possuem um novo sentido. Em todas elas, desde o 25/Jan, milhares de jovens egípcios voltam à Praça Tahir. Cada uma possui um eixo de mobilização, e amanhã será a vez das vozes das mulheres serem ouvidas. Amanhã, a ANEL estará lá, apoiando e construindo ombro a ombro a sua luta. Porque a Revolução da Primavera, agora mais do que nunca, é a nossa Revolução.


Clara Saraiva, enviada ao Egito pela Comissão Executiva Nacional da ANEL

Confiram as propostas de Resoluções para o Congresso da ANEL


1° Congresso da ANEL: Informativo de Organização


1° Congresso da ANEL

Informativo de Organização

1) Sobre o Credenciamento e pagamento de taxas

ATENÇÃO! Apesar de vencido o prazo estabelecido para o pagamento das taxas, SEGUEM VÁLIDAS AS ORIENTAÇÕES SOBRE CREDENCIAMENTO E PAGAMENTO DE TAXAS! A comissão de credenciamento receberá, até a data do Congresso, todos os delegados e participantes devidamente inscritos de acordo com as orientações antes divulgadas (e que seguem abaixo).

A primeira ação após a eleição dos delegados é o credenciamento dos mesmos. O credenciamento deve proceder da seguinte forma:

a) O primeiro passo é o pagamento da taxa. Lembrem que este Congresso é independente política e financeiramente, portanto quem vai custear seus gastos são os próprios estudantes. A taxa é de R$ 90,00 (noventa reais). A arrecadação do dinheiro referente à taxa pode começar antes mesmo da eleição dos delegados, através de campanhas financeiras, rifas, festas, pedágios, etc. e também continuar após a eleição, até que se complete a arrecadação.

b)  O pagamento das taxas deve ser realizado através de depósitos na conta da CSP Conlutas Nacional. Banco do Brasil – Agência: 4223-4, Conta Corrente: 8908 – 7.

c) Assim que o dinheiro for depositado, a ata, a lista de presença e o comprovante de pagamento devem ser enviados via SEDEX para o endereço da CSP Conlutas no Rio de Janeiro. (Rua Evaristo da Veiga, n° 16, sala 1801 – Centro – Rio de Janeiro/RJ CEP: 20031-040; Tel: (21) 25091856/ (11) 88500291      ).

d) Os envios que não estiverem com todos os dados (atas, listas de presença e comprovante de pagamento), não terão os delegados credenciados ao Congresso.

e)  O próximo passo é enviar um e-mail à organização do Congresso, para termos controle das atas, listas e pagamentos que forem sendo enviados. Este e-mail para confirmação do envio é: credenciamento.anel@gmail.com

f) Percebam que o processo de credenciamento tem a seguinte sequência: ELEGEU, PAGOU, ENVIOU PARA O RIO E ENVIOU E-MAIL. Solicitamos que todos respeitem essa sequência, para facilitar a organização do Congresso.

2) Alojamento: Sobre O QUE LEVAR e outras Orientações

- O Alojamento do Congresso será na própria Universidade, logo é necessário levar colchonete, barraca, roupa de cama e roupa de banho. Orientamos que sejam usadas prioritariamente barracas pois, os espaços de alojamento em sala de aula serão limitados!

- Orientamos que as pessoas não levem objetos de valor (máquinas fotográficas, celulares, laptop, etc). Caso o façam, carreguem sempre consigo, pois a ANEL não se responsabilizará por eventual perda ou furto.

- Para garantia de segurança individual e do alojamento, orientamos que não sejam portadas drogas ilegais.

- Atenção para a tendência do tempo nos dias do Congresso (consulte: http://www.climatempo.com.br/previsao-do-tempo/cidade/321/riodejaneiro-rj)! No Rio de Janeiro faz calor, mas não deixe de levar cobertores, agasalhos apropriados, etc