O ano de 2015
iniciou-se com fortes mobilizações da juventude e da classe trabalhadora. Os
ataques advindos do governo federal, Câmara dos Deputados e Senado Federal só reafirmaram
o papel que essas instâncias cumprem hoje na sociedade. Os cortes nas áreas
sociais, sobretudo na Educação (cerca de 7 bilhões), as Medidas Provisórias 664/665,
o PL das Terceirizações, os aumentos das tarifas do transporte coletivo, dentre
outros ataques são alguns dos exemplos das retiradas de direitos. As greves,
ocupações, atos, paralisações expressam toda a disposição daqueles que lutam e
sonham com um outro futuro.
As
universidades públicas brasileiras são as que mais sentiram na pele esse corte
no orçamento da educação. Em janeiro desse ano, o anúncio foi de cerca de 30% no
orçamento a menos para as universidades. Se não bastasse tudo isso, na última
sexta-feira (21/05) o governo Dilma anunciou o montante de 69,9 bilhões no
corte orçamentário, sendo 20 milhões em Emendas Parlamentares e por volta de 50
milhões em investimentos próprio do governo. Não temos dúvida de que a educação
será mais uma vez a área mais afetada nesse corte. Essa é mais uma parte do
pacote de ajuste fiscal e retirada de direitos realizada pelo Governo,
Congresso Nacional e oposição de direita.
Na
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), principal instituição de ensino
superior do estado, a situação não é diferente. A falta de assistência estudantil;
as enormes filas do RU; a superlotação no transporte coletivo do campus; a
falta de Professores; os atrasos nas bolsas de pesquisa e extensão, auxilio permanência
e etc; a falta de creche; as obras inacabadas, dentre outros, são problemas
antigos da universidade, mas que estão sendo intensificados com a realidade
posta pela crise. Tais problemas são reflexos do modelo de universidade e
educação que temos na sociedade capitalista,voltado meramente para a formação de
mão de obra pro mercado, que sob a ofensiva neoliberal e na atual conjuntura, assume
ainda mais um caráter mercantilizado, terceirizado e precarizado.
Para além de
todos esses problemas, as universidades ainda vivem também sob uma lógica
antidemocrática, vide a forma de escolha das reitorias em todo Brasil, em que
não há uma eleição direta e paritária. O que temos é uma consulta prévia, com
pesos diferenciados entre discentes, técnicos administrativos e docentes, posteriormente
enviadas em uma lista tríplice para o poder executivo escolher.
Na Próxima quarta-feira, dia 27
de maio, acontecerá a consulta prévia para a Administração Superior da
Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que apesar de consideramos um processo
injusto, não deixa de ser muito relevante para a Universidade diante de um
histórico marcado pelo autoritarismo, clientelismo e falta de espaço para
diálogo contínuo com a comunidade acadêmica.
Por entender
que a UFMA precisa se democratizar, expandir seus muros e envolver as
comunidades adjacentes bem como ampliar espaços de discussão sobre o que ocorre
na instituição, é que nós da Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL), DECLARAMOS
NOSSO APOIO E VOTO EM ANTÔNIO GONÇALVES E MARISE MARÇALINA PARA REITOR E
VICE-REITORA.
Tais
candidaturas expressam intensos debates e reuniões que vem se construindo desde
o final do ano passado, conformando o Movimento UFMA Democrática (MUDe). O
movimento é composto por estudantes, técnicos administrativos e professores que
lutam diariamente pela defesa do ensino público gratuito e de qualidade. Tem o
objetivo de transformar a UFMA em uma universidade verdadeiramente, laica,
plural e democrática, que priorize a indissociabilidade entre
ensino/pesquisa/extensão e que dialogue com toda a comunidade acadêmica e com a
sociedade. Por tudo isso é que nós da ANEL, desde o princípio, construímos esse
espaço e por acreditar que é necessário
a unidade dos setores combativos na UFMA.
Nesse
sentido, reforçamos o chamado para todos(as) dizerem UM NÃO à continuação do
modelo vigente desta universidade. É HORA DE DIZER SIM À DEMOCRACIA! SIM PARA
ANTÔNIO E MARISE. UMA NOVA UNIVERSIDADE É POSSÍVEL!
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