terça-feira, 30 de agosto de 2011

Nota da ANEL Maranhão de apoio aos estudantes de Enfermagem da UFMA

   Na última sexta-feira (26/08) o forro do Departamento de Enfermagem da UFMA localizado no centro de São Luís veio abaixo revelando a mais completa situação de abandono da administração superior desta universidade com a infra-estrutura.
   Na tarde de ontem (29/08) os estudantes foram ao Campus Universitário do Bacanga protestar e mostrar que a realidade vivida na UFMA é diferente do que o Reitor Natalino Salgado publica em suas páginas e no site da universidade. A juventude sente na pele a falta de investimentos nas áreas necessárias.
   Logo na entrada da universidade está a construção de um pórtico orçado no valor de R$500 mil reais enquanto tem teto desabando na cabeça de estudante. Percebemos a falta de prioridades de uma gestão que vai se alongar por mais alguns anos à frente da universidade.
   Em uma visão mais geral, o campus do Bacanga, encontram-se com obras e construções que nunca são concluídas e que já se prolongam desde 2008. Uma obra que era pra ser finalizada em uma prazo de 180 dias já se arrasta por anos, por exemplo. Essa é a realidade que Natalino Salgado não mostra em seus materiais e não mostra em sua mídia.
   Dentro desses atrasos está a reforma do Curso de Enfermagem que não chegou e que provavelmente ficará secundarizada, conforme prioridades da administração da UFMA.
  Falamos isso, na certeza de termos hoje um Restaurante Universitário (RU) privado destinada a uma parcela muito pequena da universidade que não enfrenta a quilométrica fila do RU utilizado pela grande maioria da comunidade acadêmica. Temos a certeza que a construção da Residência Universitária dentro do campus foi deixada de lado e lá hoje ergue-se uma outra estrutura.
   O apoio da Assembléia Nacional de Estudantes - Livre (Anel) é somar-se a essa luta demostrando que por questão de prioridades o governo Dilma cortou 3,1 bilhões de reais da educação pública no país, enquanto os banqueiros lucram com as altas taxas de juros no seu governo. E é por priorizar o pagamento da dívida e salvar os bancos que estamos com uma decadente infra-estrutura nas universidades e escolas do Brasil.
   O problema do Curso de Enfermagem da UFMA, bem como desta universidade e da educação brasileira, só será resolvido com um financiamento real destinado a essa área. Nesse caso, nada mais justo que esse financiamento seja uma parte da riqueza produzida pelos trabalhadores para financiar a educação de seus filhos, nada  mais justo do que destinar 10% do PIB para a Educação Já! Não aceitamos do governo o discurso de investir apenas 7% do PIB para 2020 como faz o governo Dilma e seus aliados. A educação não pode esperar mais um dia!


   A juventude brasileira não vai ficar olhando forros, tetos ou uma parede cair. A juventude está voltando a exigir o que é seu por direito.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Movimento Sindical, Popular e Estudantil fortalecem Jornada de Lutas no Maranhão


           Por Nelson Júnior, 
          da Executiva Estadual da ANEL

Se o Brasil cresceu, eu quero o que é meu!”                                    

Nesta segunda-feira (22 de agosto) iniciou-se as mobilizações no estado do Maranhão referentes à Jornada Nacional de Lutas que segue forte em todo as capitais e em Brasília. Essa Jornada faz parte de um processo de construção de pautas conjuntas do movimento sindical, popular e estudantil que buscam por direitos essenciais que cada vez mais são retirados devido à grande parte do orçamento do país está direcionado ao pagamento da dívida.
Na construção desse processo estão as entidades que fortalecem essa luta cotidianamente através dos seus setores e das pautas mais específicas, como a CSP- Conlutas, ANEL, CPT e MST.
Hoje o que levou esses movimentos a ocupar a Praça D. Pedro II foi o fato de estarem inconformados com o trato que os governos federal, estadual e municipal tem destinado à população.

A luta no campo

A nível de Maranhão, temos um total descaso com a questão das comunidades quilombolas que constantemente estão na mira da pistolagem e do latifúndio. Esse descaso torna-se ainda maior quando o alto escalão do judiciário estadual favorece os fazendeiros através de liminares que intimam às comunidades rurais e quilombolas a saírem de suas terras. Os conflitos agrários no campo tem cada vez mais vítimas da impunidade do judiciário e crescem o número de ameaças aos líderes e representações do movimento. Precisamos exigir dos governos que a impunidade não fique a solta e que a terra seja destinada aos trabalhadores através de um Reforma Agrária radical.

A luta por melhores condições de educação e saúde

As pautas de reivindicações em relação à saúde e a educação mostram como o descaso do poder público está cada vez maior. A luta por um real financiamento público para a educação brasileira já dura décadas, mas os governos de longe enxergam isso como prioridade. A educação fica seguindo a margem da disponibilização de verbas para a dívida pública, sendo destinado apenas 2,92% do Orçamento Geral da União (Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida). Precisamos dá uma basta e dizer que educação precisa ser prioridade, não só em 2020, como diz o novo Plano Nacional de Educação de Dilma e sim agora, com a destinação de “10% do PIB Já!” para a educação brasileira.
A saúde no Maranhão está muito mal! Não temos nenhum hospital no interior do estado que possa atender a demanda das diferentes regiões. Em São Luís, os dois grandes hospitais de urgência e emergência (Socorrões I e II) seguem sendo sucateados e esquecidos pelo Prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB). É notável que a saúde no Maranhão segue o rumo das privatizações como já se deu em alguns estados do Brasil. Nas últimas semanas tivemos a Governadora Roseana Sarney (PMBD) e Ricardo Murad (Secretário de Saúde do Estado) envolvidos no desvio de verbas da construção de 72 hospitais aqui no estado.  Mais de meio bilhão de reais que tentaria resolver os problemas da saúde pública no estado simplesmente sumiu. Basta de corrupção! Basta de impunidade! O povo que saúde e educação de verdade!

E o governo Dilma...

A corrupção também segue solta no alto escalão do governo. Quatro ministros já caíram envolvidos diretamente com escândalos de corrupção que o governo insiste em fazer cobertura. Enquanto isso milhares de trabalhadores estão nas ruas para reivindicar “Se o Brasil cresceu, eu quero o que meu!”. Congelamento de salários, aumento da taxa de juros, corte nas verbas para as áreas sociais e muitas outras medidas, seguem sendo as prioridades do governo Dilma (PT). Essas medidas mostram claramente que esse governo está apertando e dificultando a vida de trabalhadores e aposentados salvando os banqueiros e os patrões. Muitas categorias já se encontram em suas campanhas salariais, com muitos indicativos de greves!
Hoje (terça-feira) em São Luís o povo vai às ruas exigir dos governos melhores condições de vida, denunciar a impunidade no campo e na cidade e dizer não ao pagamento da dívida pública.


quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Estudantes do "Colégio Coelho" Neto lutam em protesto por mais verbas para a educação!

                                                                                                                         
                                                                                                                                      
                                                                                                                                     Nelson Júnior
                                                                                              Executiva Estadual da ANEL Maranhão


Neste dia do estudante (11 de agosto), muito pouco teve-se a comemorar e sim reforçar a luta em defesa de uma educação pública, gratuita, de qualidade, laica e socialmente referenciada.
Essa foi a disposição que os estudantes da Escola Estadual de Ensino Médio "Coelho Neto" se colocaram a enfrentar. Um quadro que não difere da realidade nacional.
Inconformados com a situação da quadra de esportes de sua escola centenas de estudantes fecharam hoje a avenida que dá acesso a escola num ato de protesto e reivindicação mediante ao descaso do governo do estado. A situação do ginásio de esportes já permanece em condições precárias por pelo menos 4 anos e nenhuma resposta se teve a favor de uma reforma ou reestruturação deste local da escola. Depois de outras observações, os estudantes perceberam que a sala de vídeo, o laboratório de informática e outras dependências da escola estão em inviáveis condições de funcionamento.
A prática esportiva está inteiramente ligada tanto ao lazer escolar como ao processo de ensino que se dá também fora da sala de aula. E essa prática comprometida precariza diretamente a qualidade do ensino e a formação na educação básica.
A essa condição que não agradava  a todos os estudantes foi dada uma resposta a altura com o processo de mobilização e luta.


 A luta por uma prática esportiva é a luta por 10% do PIB para a Educação Já!

A juventude presente neste protesto entendeu perfeitamente que "a educação não pode esperar"! Quatro anos já se passaram e quadra esportiva ainda continua na mesma situação, não se deve esperar mais 4 anos, não há tempo a perder. O que para os governos é apenas mais um mandato, para a juventude de maneira geral é mais um longo período onde sua formação estará comprometida, seja pela situação do ginásio, seja pelo quadro de descaso geral que se encontra a educação no Brasil.
O extenso Plano Nacional de Educação (PNE) do governo Lula de longe cumpriu as metas necessárias para que a educação brasileira pudesse ter dado um salto de qualidade e passasse a ser prioridade. Seus mandatos acabaram e o que ficou registrado na história da educação brasileira foi mais 10 anos de atraso e um financimento muito secundarizado de apenas 2,9% do PIB. Com o governo Dilma a situação não vai ser diferente. Nos marcos de um corte histórico de R$ 3 bilhões na educação brasileira o governo anuncia um investimento de 7% do PIB para a a educação, porém fatiado e em longos prazos a perder de vista.
Se esse é o retrato do quadro nacional, no Maranhão, o governo Roseana Sarney (PT/PMDB) já se arrasta por alguns mandatos e segue a mesma linha dessa situação, agravando-se ainda mais o quadro da educação no estado priorizando sempre o investimento para o grande empresariado enquanto as áreas sociais continuam na "lei do estado mínimo" ditada a "toque de caixa" para os países latino-americanos pelos organismos internacionais.
No semestre passado tivemos o protagonimo da greve dos professores da educação básica em todo o país que lutavam por salário e condições dignas de trabalho, mas que logo foi percebida como mais um instrumento de luta para uma mudança real no quadro da educação brasileira. No Maranhão essa greve seguiu forte e resistente com professores e estudantes lutando por melhorias  reais para essa situação.
Hoje os estudantes conseguiram compreender que a luta entre docentes e discentes precisa ser única e que a bandeira por um financiamento real precisa atender às dimensões continentais desse país. Essa luta que foi protagonizada hoje pelos estudantes do "Coelho Neto" é uma luta que está ligada ao financiamento à educação, que está ligada à luta por 10% do PIB Já! Somente assim a educação será prioridade e não mais um "lero-lero" dos governos. Basta!
Um dia de luta para muitos! Um dia de festa para as entidades governistas!

Historicamente a juventude secundarista maranhense protagonizou muitas vitórias e marcos no movimento estudantil. A luta pela meia-passagem (1979) foi uma dessas vitórias onde essa juventude não se rendeu aos mandos e atos repressores de João Castelo naquela época, hoje atual prefeito de São Luís pelo PSDB. Uma juventude lutadora esteve dsiposta ao enfrentamento!
Atualmente temos um grande número de entidades estudantis criadas em gabinetes de deputados e parlamentares e financiadas por estes que só aumentam seus salários.
Ontem, mais uma vez essas entidade se reuniram em um "ato-show" no Centro de São Luís para reforçar esse apoio e enganar e amortecer as lutas de uma juventude massacrada diariamente em suas escolas e transportes públicos. Queriamos muito que o quadro nacional e local fosse de muitas comemorações, mas do jeito que está a precária situação educacional temos que comemorar a disposição e mobilização da juventude inconformada, como é o exemplo dos estudantes dessa escola maranhense.
São esses processos de luta que a Assembléia Nacional de Estudantes - Livre (ANEL) tem orgulho de construir e se fazer presente para reforçar a importância desses espaços de rebeldia da juventude. 
Assim como os estudantes chilenos estão dispostos em suas mobilizações, desenha-se um cenário importante na luta por financimento sem enrolação e que atenda a demanda nacional.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

CONVOCATÓRIA PARA PLENÁRIA ESTADUAL DA ANEL

Convocamos todas e todos para a plenária da ANEL-MA

Data: 10/08 (quarta-feira)
Horário: 17h
Local: Sindicato dos Bancários.

Proposta de pauta: Informes;
                             Atividades;
                             Marcha à Brasília;
                             Planejamentos para o 2º semestre;
                             Finanças;

Informativo 16 da CEN/ANEL


disponível em www.anelonline.org
Informativo No 16 da CEN
Informativo No 16
Comissão Executiva Nacional

No dia 5 de agosto, a CEN da ANEL se reuniu presencialmente na Coordenação Nacional da CSP Conlutas realizada em Belo Horizonte e discutiu diversos temas muito importantes sobre o prosseguimento das Resoluções votadas no Congresso da entidade, além de preparar a intervenção na Jornada de Agosto e preparar a sua V Assembléia Nacional. Segue abaixo a relatoria da reunião como o Informativo No 16 da CEN e como orientação de discussões para todas as Comissões Executivas Estaduais.

Relatoria da reunião presencial da CEN – ANEL
Belo Horizonte, dia 5 de agosto de 2011.
Pauta:
1) Campanha “A Educação não pode esperar! 10% do PIB já! Não ao PNE do governo.”
2) Kit anti-homofobia da ANEL
3) Finanças
4) V Assembléia Nacional
5) Diversos: Copa, SENUP, Próxima reunião da CEN

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1) Campanha “A Educação não pode esperar! 10% do PIB já! Não ao PNE do governo.”
- Promover o lançamento da Campanha em todos os estados a partir das Calouradas e da Jornada de Agosto.
- Articular a Campanha com as entidades sindicais e movimentos populares, organizando atividades e materiais em conjunto.
- Participar de todos os atos estaduais da Jornada de Agosto.
- Organizar espaços de formação sobre financiamento e PNE.
- Organizar ônibus através das CEEs da ANEL para a Marcha em Brasília, dando centralidade para a presença de estudantes que participaram do Congresso da ANEL e calouros.
- Organizar uma grande ALA pelos “10% do PIB pra educação já!” com o ANDES, a CSP Conlutas e demais entidades, com bastante criatividade e irreverência.
- Promover momentos Pré-Marcha em cada estado, para confecção de faixas, cartazes, bonecos e o que mais for possível criar.

2) Kit anti-homofobia
- Construir uma Cartilha da ANEL que tenha como temas: apresentação sobre o Kit, contextualizando o papel do governo Dilma e a situação atual dos LGBTs; explicação de conceitos; como deve ser a organização na base da luta LGBT; o porquê lutar pela aprovação do PLC 122 sem emendas; declarações do movimento LGBT; participação da ANEL no ENUDS.
- Prazo dos textos da Cartilha para segunda (8/ago) e diagramação para domingo (14/ago) com o objetivo de fazer o lançamento na V Assembléia Nacional da ANEL.
- Procurar as gráficas das universidades para viabilizar a Cartilha – UNEB: Gil, UFRJ: Yumi, UERJ: Iris, UFF e Rural: Clara.
- Buscar desenvolver também para o Kit um vídeo da ANEL, adesivo, pulserinha do senhor do Bonfim temática LGBT e blusa.
- Promover uma grande articulação com o setorial LGBT da CSP Conlutas, entidades sindicais, movimentos populares e movimentos LGBTs.
- Buscar promover alguma atividade da ANEL e uma Nota pública no dia 29 de agosto, dia da visibilidade lésbica.

3) Finanças
- Construir um Plano de Finanças para apresentar na V Assembléia Nacional, responsável Catharina.
- Ter um fundo da entidade congressual e para usar como investimento retornável.
- Aplicar desde já a Resolução de Finanças aprovada no Congresso da ANEL garantindo as discussões e planejamento em cada CEE para o pagamento de:
-> CEEs – mínimo de R$100 por semestre
-> entidades com arrecadação regular – 10% da arrecadação semestral
-> entidades sem arrecadação regular – mínimo de R$100 por semestre
-> entidades, coletivos, oposições e minorias – mínimo de R$50 por semestre
-> cada estudante da ANEL – mínimo de R$10 ao ano, 50% para o estado e 50% para a nacional
- Organizar campanhas financeiras permanentes, nas Assembléias Nacionais e promovendo as confraternizações nas Coordenações Nacionais da CSP Conlutas.
- Organizar o CNPJ da ANEL.
- Indicar em cada CEE um responsável de finanças.
- Prestação de contas da ANEL bimestral, publicada no site e nas listas de email.

4) V Assembléia Nacional
- Definir a realização da V Assembléia Nacional da ANEL em Brasília, no dia 25 de agosto, ficando responsável pela organização a Catharina e a ANEL-DF.
- Garantir uma grande delegação na Assembléia, a partir de uma ampla discussão nas entidades de base (CAs e grêmios) que elegem 2, e nas entidades gerais (DCEs e Executivas) que elegem 3.
- Discutir na próxima reunião da CEN uma divisão de tarefas na Executiva e uma proposta de nova CEN.
- Proposta de Programação da Assembléia:
7h às 9h: Café da manhã e credenciamento
9h às 11h: Mesa de Abertura. Convidados: ANDES, CSP Conlutas, MTC, FNT, MST, GT de Opressões da ANEL, CEN
11h às 13h: Almoço
13h às 16h: Grupos de Discussão
16h às 17h: Grupos Temáticos
17h às 19h: Plenária Final
19h às 19h30: Encerramento com o vídeo do Congresso
- Segue abaixo a proposta de Convocatória aprovada:

CONVOCATÓRIA V ASSEMBLÉIA NACIONAL DA ANEL
Se a Educação não pode mais esperar, chegou a hora de lutar:
10% do PIB já! Não ao PNE do governo!

Em todo o Brasil, os estudantes voltam às aulas iniciando mais um semestre. E a ANEL já está em plena atividade. Com seus estudantes livres e materiais de divulgação, a entidade estará presente nas Calouradas divulgando e convidando todos a construírem a Campanha Nacional: “A Educação não pode esperar! 10% do PIB Já! Não ao PNE do governo.”
Atualmente no Brasil, apesar do crescimento econômico dos últimos anos, nosso país vive um atraso histórico no terreno da educação. Entra e sai governo e a situação é sempre a mesma: durante as eleições, será uma grande prioridade; depois, só cortes de verba e promessas não cumpridas. A realidade hoje é de índices alarmantes e uma situação muito ruim em cada local de estudo, com problemas estruturais, falta de assistência estudantil e qualidade no ensino, professores com baixos salários, turmas super lotadas e por aí vai… O antigo Plano Nacional da Educação, válido de 2001 a 2010, propôs 295 metas como a erradicação do analfabetismo, a redução na evasão escolar e a ampliação do ingresso de jovens nas universidades públicas, porém sua implementação foi um fracasso: 2/3 das metas não foram cumpridas.
A razão fundamental disso é que o governo Lula, ao longo de seus dois mandatos, não ampliou significativamente o investimento em educação. O antigo PNE propunha 7% do PIB, e o governo só chegou a menos de 5% de investimento. Era de esperar, portanto, que o governo Dilma propusesse agora um novo PNE que partisse da ampliação significativa de verbas, mas infelizmente, não foi isso o que o governo fez. Está propondo um plano que estabelece, na meta 20, novamente o investimento de 7% pra daqui há 10 anos, em 2020! Ou seja, o governo está propondo pra daqui a 10 anos o mesmo que já foi proposto há 10 atrás! Além disso, o novo PNE aprofunda uma política de transferência de verba pública para instituições privadas, através da isenção de imposto e linhas de crédito, e estabelece metas que visam baratear a longo prazo a educação. Isso só aprofundará o atraso histórico que o Brasil tem na educação.
É hora da juventude brasileira entrar em cena!
Por tudo isso, precisamos colocar a boca no trombone e protestar! Devemos nos somar à juventude de todo o mundo, como no mundo árabe e na Espanha, que está protagonizando imensas mobilizações e ir à luta por nossos direitos, começando por garantir o investimento de 10% do PIB já em educação!
Para isso, a ANEL está convocando junto com a CSP Conlutas, o ANDES-SN, o MST, o MTST e diversas entidades uma Marcha Nacional em Brasília, no dia 24 de agosto, como parte da Jornada de Lutas. Lá teremos a oportunidade de construir uma grande ala pelos “10% do PIB já!” e com muita irreverência e criatividade, fazer nossas exigências ao governo Dilma.
Além disso, na Marcha iremos denunciar os escândalos de corrupção envolvendo ministros, que já fizeram cair 3 até agora, e que tem envolvido também a construção da Copa do Mundo de 2014. Precisamos lutar para que a Copa seja do povo, com a valorização do futebol arte e da cultura popular. Há uma série de famílias sendo removidas das suas comunidades e as obras da Copa tem imposto uma condição duríssima de trabalho aos operários, que deve ser contestada por nós.
Vamos também lançar lá em Brasília o Kit anti-homofobia da ANEL, reafirmando nosso compromisso na luta contra toda a forma de preconceito, seja aos LGBTs, às mulheres e aos negros e negras. A ANEL vem protagonizando a luta em defesa da criminalização da homofobia com a aprovação do PL 122, sem emendas. O Congresso da ANEL refletiu com força esse tema, e precisamos agora reivindicar ao governo que aprove o Projeto de Lei e que retome o Kit anti-homofobia como parte formação dos jovens em nosso país.
ANEL: fortalecendo um movimento estudantil livre, internacionalista e democrático!
Em julho, a ANEL esteve presente no Chile, que vive um enorme ascenso estudantil, muito radicalizado, mas também muito reprimido pelo governo. No último protesto, mais de 800 foram presos, centenas de feridos e inclusive, 3 estudantes mortos! O governo utilizou do decreto da ditadura de Pinochet para aumentar a repressão. No dia seguinte, houve um grande panelaço de apoio aos estudantes da população e o governo Piñera teve seu pior índice de popularidade: apenas 19%. A reivindicação do movimento estudantil é o fim do pagamento de taxas nas universidades públicas, uma reforma na estrutura educacional e uma ampliação do investimento em educação. Nada mais justo.
Enquanto estávamos no Chile, a UNE realizou seu 52º Congresso. Neste, como já era de se esperar, reforçou seu compromisso com o governo contando com a presença do próprio Lula e do ministro da educação, Fernando Haddad. Sem qualquer independência financeira, o Congresso foi sustentado por empresas e governos. Sem qualquer independência política, votaram um apoio irrestrito ao PNE do governo Dilma. A UNE mostrou, mais uma vez, que está perdida para a luta do movimento estudantil brasileiro.
É preciso, portanto, construir uma alternativa aos estudantes brasileiros. Em seu 1º Congresso, a ANEL saiu muito fortalecida, assim como os estudantes livres que participaram. Foram mais de 1100 delegados, e quase 2 mil de todo o Brasil, discutindo e decidindo os rumos do movimento estudantil brasileiro. Sem dúvida, a ANEL saiu consolidada como entidade representativa do movimento estudantil brasileiro.
Venha para a V Assembléia Nacional da ANEL!
Começado o semestre, a ANEL convida todos os estudantes a participarem de sua V Assembléia Nacional, para dar prosseguimento à implementação das resoluções aprovadas em seu Congresso. Será em seguida à grande manifestação em Brasília, no dia 25 de agosto. Convidamos aqueles que já constroem a ANEL, os novos calouros e estudantes que queiram fazer uma primeira experiência com a entidade, e inclusive os companheiros da esquerda da UNE, que devem estar unidos conosco na luta independente do movimento estudantil!
Para participar, basta discutir em sua entidade ou coletivo os debates que serão feitos na Assembléia Nacional, e decidir representantes que serão delegados do curso ou escola. Isso é fundamental para garantir a construção de uma entidade democrática, onde quem decide os seus rumos é a base dos estudantes!
A ANEL chama todo o movimento estudantil brasileiro a vir a Brasília lutar por 10% do PIB pra educação e fortalecer uma entidade livre e democrática na V Assembléia Nacional!

Segue abaixo o funcionamento da Assembléia Nacional da ANEL e como deve ser a eleição dos delegados como indica a Resolução de Concepção de Entidade e Direção aprovada no 1º Congresso da ANEL, no dia 26 de junho de 2011.

Pontos 5 e 6 da Resolução de Concepção de Entidade e Direção
5) A ANEL funciona a partir das Assembléias Nacional e Estaduais. Quem vota nas Assembléias Nacionais são delegados eleitos em entidades de base (DAs e grêmios) que elegem 2, entidades gerais (DCEs e Executivas) que elegem 3 e oposições que elegem 1 delegado. Dessa forma, a ANEL fica vinculada diretamente e sob controle da base que representa.
As Assembléias Estaduais possuem autonomia para definir os critérios de votação (voto presencial ou por delegação), bem como a quantidade de delegados que irão representar as entidades e as oposições.
A Assembléia Nacional deve funcionar pelo menos 1 vez por semestre, e eleger uma Comissão Executiva Nacional que se reúne presencialmente a cada 2 meses, e nos intervalos, virtualmente. As Assembléias Estaduais devem funcionar ao menos 1 vez por semestre e eleger a Comissão Executiva Estadual. As executivas devem funcionar através de Grupos de Trabalho e divisão de tarefas, como comunicação, finanças, combate às opressões, etc.
6) A Assembléia Nacional da ANEL, que se reúne semestralmente e é composta pelos delegados eleitos pelas entidades de base, é o fórum máximo de deliberação da entidade no período entre um congresso e o próximo. Para executar as tarefas definidas pela Assembléia Nacional será eleita uma Comissão Executiva Nacional (CEN) de estudantes. Esta Comissão estará subordinada a Assembléia Nacional, sendo seus membros eleitos por esta e podendo ter seus mandatos revogados pela decisão dos delegados da Assembléia Nacional da ANEL, permitindo um controle das entidades de base e dos estudantes que constroem a ANEL no dia-a-dia sobre a Comissão Executiva Nacional da ANEL.

5) Diversos
- Copa: construir uma Nota pública da ANEL – Pedro responsável em fazer uma proposta para a CEN.
- SENUP – Seminário Nacional de Universidades Populares: Pedro responsável em divulgar mais informações para a discussão na CEN.
- Próxima reunião da CEN: dia 16 de agosto (terça) às 22h por MSN.

A todas as Entidades, Movimentos e Oposições que fazem parte da CSP-Conlutas Maranhão

A todas as Entidades, Movimentos e Oposições que fazem parte da CSP-Conlutas Maranhão


Convocamos todas as Entidades, Movimentos e Oposições que compõem a CSP-Conlutas no estado do Maranhão para uma Plenária Geral a ser realizada no dia 9 de agosto de 2011 (terça-feira), às 19 horas, no Sindicato dos Bancários (Rua do Sol - Centro).
Pauta:
1. Informes locais e nacionais
2. Avaliação da Conjuntura
3. Atividades: Jornada Nacional de Lutas  (17 a 24 de agosto) e outras
4. Outros Assuntos

Saudações Sindicais e Populares,

Secretaria Executiva Estadual

Construindo uma Organização Classista e Internacionalista

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Todos à Brasília!!!

Dia 24/ago vamos à Brasília lutar contra o PNE do governo e por 10% do PIB pra educação já!
No dia 21 de julho a ANEL esteve presente em uma reunião em Brasília para organizar a Campanha Nacional por “10% do PIB pra Educação Já!” que contou com a presença de diversas entidades. Estavam lá representados o ANDES-SN, o MST, a CSP-Conlutas, o SINDSPREV, e diversas entidades estudantis como o DCE UFRJ, DCE UFRGS, o Centro Acadêmico de Geografia da USP, a Executiva Nacional de Pedagogia.
Em seu 1º Congresso, a ANEL aprofundou a discussão sobre os rumos que a educação brasileira tem tomado e aprovou que sua Campanha Nacional prioritária para o próximo semestre será contra o Plano Nacional da Educação (PL 8035/10) proposto pelo governo Dilma e em defesa dos 10% do PIB pra educação já.
As Calouradas devem fortalecer a luta contra o novo PNE: o Plano Nacional da Enrolação
Agora em agosto, em diversas universidades do país entram mais uma leva de novos alunos. As calouradas serão um importante momento para dialogar com os novos alunos e convidá-los a lutar junto conosco.
Para aqueles que sofreram com a injustiça do funil do vestibular, não é difícil perceber que a situação da educação brasileira está muito difícil. A maioria que passa pras universidades teve que estudar em colégios particulares ou fazer cursinhos pagos, porque não dá pra depender das escolas públicas, cada vez mais sucateadas e com péssimas condições de trabalho para os professores. A taxa de analfabetismo no Brasil é de quase 10% (bem mais que países como Uruguai, Chile ou Argentina), a evasão escolar chega a 13,2% e hoje apenas 14,4% dos jovens estão nas universidades, sendo destes apenas 4% nas públicas.
Em 2001, o governo propôs um Plano Nacional da Educação, com bonitas metas a serem cumpridas até 2010, que se tornaram palavras vazias quando 2/3 do que propunha não foi cumprido. O motivo? O governo propunha o investimento de 7%, e nem chegou aos 5%! E agora, com o novo PNE, de novo repete a meta dos 7%, quando o próprio ministro da educação diz ser muito difícil chegar a esse índice. No Brasil, há um atraso histórico no trato com a educação, e o governo pretende ampliar esse atraso para 20 anos com o novo PNE; a vida de uma geração inteira!
Sem dúvida, o grande desafio da juventude brasileira ao longo desse semestre vai ser lutar contra a aprovação deste Plano Nacional da Educação do governo Dilma. Ele busca sistematizar e transformar em política de estado os principais projetos educacionais aprovados pelo governo Lula, como o REUNI, o ENEM, o PROUNI, ensino à distância, ENADE, etc. Um verdadeiro PNE deveria defender a garantia de uma educação pública e de qualidade para toda a juventude, desde o ensino básico até o superior. Acabar com analfabetismo, a evasão escolar, expandir as vagas das universidades públicas para a juventude ter acesso, com garantia de assistência estudantil, boas condições de trabalho para professores e funcionários. E pra isso, só com a ampliação imediata do investimento para 10% do PIB pra educação. Essa é a necessidade da juventude brasileira, e é por isso que a ANEL vai lutar.
A Educação não pode mais esperar: PNE do governo Não! 10% do PIB Já!
Todos à Jornada de Lutas e à Marcha em Brasília!
Entre os dias 17 e 26 de agosto está sendo articulada uma grande Jornada de Lutas do movimento sindical, popular e estudantil. Diversas categorias de trabalhadores já estão organizando suas campanhas salariais, os servidores federais e professores da rede estadual e municipal seguem em greve em diversas locais, o movimento sem terra lutando pelo assentamento de famílias e contra a violência e o fechamento das escolas no campo, diversas ocupações sem-teto fortalecendo a luta por moradia: é hora de unificar todos os lutadores. Entre os dias 17 e 19, vão haver diversos protestos em cada estado. No dia 24, uma grande Marcha em Brasília seguida de uma Plenária Nacional pelos 10% do PIB pra Educação Já.
No movimento estudantil, houve importantes lutas no começo do ano, como as diversas mobilizações contra o aumento da passagem e pelo passe-livre nacional. Em seguida, a juventude de todo o mundo entrou em cena, mostrando sua força derrubando ditaduras no mundo árabe e questionando a falsa democracia e os planos de austeridade dos países europeus. Na Espanha, para o próximo domingo se prepara a maior marcha do movimento 15-M. No Chile, os estudantes ocupam universidades, escolas, praças e ruas pela gratuidade da educação pública e em defesa dos recursos naturais, como o cobre, para as áreas sociais. A ANEL esteve sempre colada a cada um desses processos, estando presente no Egito e no Chile e mostrando que a sua luta tem o apoio dos estudantes do Brasil.
Chegou a hora, portanto, de fazer entrar em cena a juventude brasileira. Queremos chamar todos aqueles que buscam construir um movimento estudantil combativo e independente, que luta pela educação pública de qualidade, contra as opressões, em defesa do meio ambiente e da cultura popular, que se encontre com os trabalhadores em Brasília, no dia 24 de agosto. Vamos organizar junto com o ANDES-SN, a CSP-Conlutas e diversas entidades e movimentos sociais uma grande ALA em defesa dos 10% do PIB, pra gritar em alto e bom som em frente ao Planalto Central que se depender da gente, vamos barrar o PNE do governo e lutar em defesa do nosso projeto educacional.
Entre em contato com a Comissão Executiva Estadual do seu estado para fazer parte das listas de ônibus que serão organizadas em todo o país. Qualquer dúvida, mande um email para anelonline@gmail.com. Nos vemos em Brasília!