domingo, 8 de junho de 2014

Nenhum centavo a mais! Contra o aumento da tarifa em São Luís.

Por Eduardo Sousa e Micael Carvalho,

da Executiva Estadual ANEL – MA

Mais uma vez estamos vendo que há em São Luís um grupo muito seleto de seres. Intocáveis em seus bolsos e privilegiados pelo poder público como nenhum trabalhador o é.  Mais uma vez a prefeitura mostra para quem ela governa. Mais uma vez quem paga é o usuário. Usuário de um transporte público deplorável e da mais alta covardia, pois submete uma população, que paga caro, a uma situação tão penosa. Sob um pretexto tão ridículo quanto o próprio sistema de transporte (o de estarem operando no “vermelho”) os tais seres recorrem aos seus “padrinhos” que comandam a máquina municipal e pronto, eis mais um aumento para pagarmos, nós trabalhadores e estudantes.




A passagem de ônibus de 2,10 que já era incompatível com a qualidade oferecida, se torna ainda mais abusiva com o aumento para 2,40 e a retirada da domingueira (tarifa reduzida no domingo) concedida pela prefeitura municipal de São Luís, deixando claro que serve aos interesses dos empresários, e que diante da disputa trabalhador vs empresário sempre se posicionará contra os trabalhadores, usuários do transporte coletivo. A desculpa de estarem tendo prejuízo financeiro sem o aumento justifica todos os abusos cometidos por esse setor. Usam o mesmo discurso de sempre para aumentar a tarifa, o “prejuízo” que estão tendo com os gastos no setor. Porém, nunca os empresários dispõe transparência e se submetem a uma auditoria e abertura de suas contas, como assim deve(devia) ser. 



O sucateamento dos ônibus, frota insuficiente, exploração dos empregados são exemplos desses abusos. Estes sim, são completamente esquecidos pelo poder público, que não se manifesta com a mesma presteza que concede aumento para engordar as já ricas contas dos intocáveis senhores do transporte público ludovicense. Entendendo que esse aumento significa uma afronta aos direitos dos usuários e lutando por um transporte público de qualidade e gratuito para trabalhadores e estudantes, tendo seu direito de ir vir assegurado, a ANEL se coloca contra o aumento e deixa claro: AUMENTOS NÃO PASSARÃO. #AILHAVAIPARAR 

Todxs às ruas contra o aumento da tarifa!!!

domingo, 1 de junho de 2014

GREVE DOS PROFESSORES MUNICIPAIS CRESCE E O PREFEITO DESAPARECE


Seguindo a tendência nacional de greves e mobilizações São Luis, mesmo não fazendo parte do roteiro oficial dos jogos da Copa Mundial, se notabiliza pelo número crescente de mobilizações populares e greves de várias categorias, como comerciários, guardas municipais, policiais militares, garis, rodoviários e professores.
Neste momento, os rodoviários da capital maranhense se enfrentam com o sindicato dos empresários (SET), que alegam não poder atender as reivindicações da categoria, com o judiciário, que já multou o Sindicato em mais de cem mil reais, além da mídia de massa que de maneira cínica tentam colocar sobre os ombros dos rodoviários a responsabilidade pelo caos em que se encontra o sistema de transporte coletivo da cidade, numa tentativa rasteira de jogar a opinião pública contra os trabalhadores e isentar os verdadeiros culpados pelos transtornos que a população ludovicense enfrenta que são: os empresários e o prefeito Edivaldo Holanda Jr. (PTC/PCdoB).
Todo apoio a luta dos trabalhadores do transporte coletivo municipal!
Outra greve que merece destaque é a dos (as) professores (as) municipais, que completa duas semanas nesta segunda feira (2). Os educadores decidiram paralisar suas atividades por tempo indeterminado depois de terem esgotados todos os canais de negociação com o ente público. Segundo a categoria as escolas municipais não oferecem nenhuma condição de funcionamento acarretando prejuízos aos alunos e professores que têm adoecido constantemente, fato esse que tem se agravado com as fortes chuvas, pois a prefeitura não fez os devidos reparos antes do início do período letivo.
Além, das condições de trabalho e das reformas imediatas de todas as escolas, os educadores exigem reajuste de 20%, a garantia de 1/3 de hora atividade como preconiza a Lei Nacional do Piso e ainda eleição direta para diretor de escola, pagamento das progressões horizontais e verticais, assim como a implantação de direitos estatutários, já anteriormente negociados com a Prefeitura/SEMED, e que até o presente momento não foram cumprido.
Segundo o Comando de Greve, a paralisação continua e tem se fortalecido a cada dia com a adesão cada vez maior da categoria, que segue com o apoio irrestrito de da sociedade que mesmo com todos os “transtornos” causados pelas passeatas, segue apoiando as atividades com buzinaços e se mantendo bastante solidária às manifestações dos docentes.
Mesmo com a greve dos rodoviários, o que a priori inviabilizaria a participação dos docentes nos atos, pois a maioria depende do transporte publico para se locomover, a realidade tem mostrado o contrário, a categoria tem lotado as praças e avenidas da capital nos diversos atos realizados. Para superar a falta de transporte, os professores tem adotado a estratégia da carona solidária, que além de contribuir com grande número de presentes nos atos, tem fortalecido a união da categoria e a relação de solidariedade entre os trabalhadores, mostrando de forma inequívoca a todos(as) que a única forma de derrotar a política de desmonte dos serviços públicos essenciais é com a mobilização permanente da classe trabalhadora e com o enfrentamento com os governos e patrões.