terça-feira, 23 de agosto de 2011

Movimento Sindical, Popular e Estudantil fortalecem Jornada de Lutas no Maranhão


           Por Nelson Júnior, 
          da Executiva Estadual da ANEL

Se o Brasil cresceu, eu quero o que é meu!”                                    

Nesta segunda-feira (22 de agosto) iniciou-se as mobilizações no estado do Maranhão referentes à Jornada Nacional de Lutas que segue forte em todo as capitais e em Brasília. Essa Jornada faz parte de um processo de construção de pautas conjuntas do movimento sindical, popular e estudantil que buscam por direitos essenciais que cada vez mais são retirados devido à grande parte do orçamento do país está direcionado ao pagamento da dívida.
Na construção desse processo estão as entidades que fortalecem essa luta cotidianamente através dos seus setores e das pautas mais específicas, como a CSP- Conlutas, ANEL, CPT e MST.
Hoje o que levou esses movimentos a ocupar a Praça D. Pedro II foi o fato de estarem inconformados com o trato que os governos federal, estadual e municipal tem destinado à população.

A luta no campo

A nível de Maranhão, temos um total descaso com a questão das comunidades quilombolas que constantemente estão na mira da pistolagem e do latifúndio. Esse descaso torna-se ainda maior quando o alto escalão do judiciário estadual favorece os fazendeiros através de liminares que intimam às comunidades rurais e quilombolas a saírem de suas terras. Os conflitos agrários no campo tem cada vez mais vítimas da impunidade do judiciário e crescem o número de ameaças aos líderes e representações do movimento. Precisamos exigir dos governos que a impunidade não fique a solta e que a terra seja destinada aos trabalhadores através de um Reforma Agrária radical.

A luta por melhores condições de educação e saúde

As pautas de reivindicações em relação à saúde e a educação mostram como o descaso do poder público está cada vez maior. A luta por um real financiamento público para a educação brasileira já dura décadas, mas os governos de longe enxergam isso como prioridade. A educação fica seguindo a margem da disponibilização de verbas para a dívida pública, sendo destinado apenas 2,92% do Orçamento Geral da União (Fonte: Auditoria Cidadã da Dívida). Precisamos dá uma basta e dizer que educação precisa ser prioridade, não só em 2020, como diz o novo Plano Nacional de Educação de Dilma e sim agora, com a destinação de “10% do PIB Já!” para a educação brasileira.
A saúde no Maranhão está muito mal! Não temos nenhum hospital no interior do estado que possa atender a demanda das diferentes regiões. Em São Luís, os dois grandes hospitais de urgência e emergência (Socorrões I e II) seguem sendo sucateados e esquecidos pelo Prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB). É notável que a saúde no Maranhão segue o rumo das privatizações como já se deu em alguns estados do Brasil. Nas últimas semanas tivemos a Governadora Roseana Sarney (PMBD) e Ricardo Murad (Secretário de Saúde do Estado) envolvidos no desvio de verbas da construção de 72 hospitais aqui no estado.  Mais de meio bilhão de reais que tentaria resolver os problemas da saúde pública no estado simplesmente sumiu. Basta de corrupção! Basta de impunidade! O povo que saúde e educação de verdade!

E o governo Dilma...

A corrupção também segue solta no alto escalão do governo. Quatro ministros já caíram envolvidos diretamente com escândalos de corrupção que o governo insiste em fazer cobertura. Enquanto isso milhares de trabalhadores estão nas ruas para reivindicar “Se o Brasil cresceu, eu quero o que meu!”. Congelamento de salários, aumento da taxa de juros, corte nas verbas para as áreas sociais e muitas outras medidas, seguem sendo as prioridades do governo Dilma (PT). Essas medidas mostram claramente que esse governo está apertando e dificultando a vida de trabalhadores e aposentados salvando os banqueiros e os patrões. Muitas categorias já se encontram em suas campanhas salariais, com muitos indicativos de greves!
Hoje (terça-feira) em São Luís o povo vai às ruas exigir dos governos melhores condições de vida, denunciar a impunidade no campo e na cidade e dizer não ao pagamento da dívida pública.


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