terça-feira, 28 de maio de 2013

As lutas da UFMA se encontram no II Congresso da Anel

Por Thamara Layla e Micael Carvalho
da Executiva Estadual e do DCE da UFMA





 Pra ficar na história!

Nos dias 30, 31 de maio, 1 e 2 de junho acontecerá o 2º Congresso Nacional  da ANEL, a juventude de norte a sul do Brasil que esteve nas lutas; greve do funcionalismo, contra aumento, 17M e todas as lutas que o Brasil tem sido palco, tem um encontro marcado, e esse encontro será em Juiz de Fora em Minas Gerais!

Há 4 anos quando a ANEL foi fundada em um Congresso Nacional de Estudantes tínhamos uma tarefa muito importante, a de resgatar os princípios e bandeiras que a UNE deixou de lado quando se aliou ao governo. Os posicionamentos da ANEL e todas as nossas campanhas políticas estão relacionadas diretamente com os princípios que defendemos, eles são nosso patrimônio e o que mantém nossa entidade livre e na luta: independência política dos governos federal e estaduais, independência financeira, democracia com o controle dos estudantes, ação direta, luta contra as opressões, unidade com a classe trabalhadora e internacionalismo,  nos deixam com muito orgulho. E nesse segundo Congresso queremos reafirmar cada um deles, na certeza de apontar para a construção do futuro da juventude. Sendo ANEL, apesar de sua pouca idade, reconhecida nacionalmente como a entidade que está ombro a ombro com os trabalhadores desse país, seja lutando por uma educação pública gratuita de qualidade com 10% do PIB JÁ, contra a implementação da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), o Acordo Coletivo Especial (ACE) e todas as medidas do governo que vêm no sentido de flexibilizar os direitos da classe trabalhadora!


As eleições de delegados para o CONANEL e para o CONUNE na UFMA

Nós próximos dias haverão dois congressos, o 2º Congresso da ANEL e o 53ª Congresso da UNE, com histórias totalmente diferentes na sua construção, nos debates políticos e na retirada dos delegadxs. No Congresso da Anel terá importantes lutas, como as que foram construídas pelo estudantes da UFMA, UEMA, IFMA, Liceu, Cintra e CEUMA nos últimos tempos. Convidamos vocês para virem conosco conhecer como nós organizamos, debater os rumos da educação, contra toda e qualquer forma de opressão, que venha debater o processo de extinção das populações indígenas, quilombolas e do ataque aos estudantis.Venham para o 2º Congresso da ANEL!

A ANEL Maranhão tem mais de 60 delegados eleitos no estado, seguindo nosso principio de democracia de base; Os cursos/escolas com até 300 estudantes na base, elegerão 5 delegados. Os cursos/escolas com mais de 300 estudantes elegerão 5 delegados mais 1 delegado a cada 100 estudantes na base. Cursos de Ensino à Distância (EaD) elegerão delegados na seguinte proporção: 1 delegado por polo de ensino presencial, mediante eleição realizada por comissão de 5 alunos do polo ou entidade representativa do polo.

Exemplo: Um curso/escola de 400 estudantes elege 6, um curso com 500, elege 7 e assim por diante.
Dessa forma, deu-se as eleições de cada delegado, em contra partida a UNE tão distante dos estudantes não consegue sequer cumprir o critério da democracia de base. Na UFMA as eleições aconteceram sem nenhum debate político ou atividade que pudesse subsidiar as discussões necessárias. O interessante é que me meio a eleição de delegados dos dois Congressos aconteceu uma grande e vitoriosa ocupação de reitoria e não ouvimos nem sombras de um apoio da União Nacional dos Estudantes ao movimento. A UNE pelo contrário assistia e torcia para que o movimento desse errado, entretanto isso não aconteceu. 

O movimento estudantil na UFMA vem crescendo e com ele suas mobilizações impulsionadas pelas lutas estudantis tomando como ponto de apoio o DCE da UFMA e a Anel. É importante deixar isso claro! Outro fato que queremos destacar sobre os dois Congressos é que, enquanto o CONUNE elegeu apenas 16 delegados em toda a UFMA, só na UFMA o Congresso da Anel elegeu 57 delegados, e ainda contamos com o IFMA e com a UEMA. A Anel, apesar do seu tamanho, tem tido uma influência bastante importante no conjunto das lutas dos movimentos sociais aqui na universidade, pois tem realizado muitos debates e participado de atividades com vários outros setores do movimento, como quilombolas, indígenas, comunidades tradicionais, etc.

Queríamos que os companheiros da Esquerda da UNE fizesse uma reflexão sobre as eleições do CONUNE aqui na universidade. Trazemos uma reflexão ao Coletivo “Vamos à Luta”, principalmente, que referendou o “Bloco da UNE” nas eleições e teve apenas um delegado e não acompanharam todo o processo, com grande suspeitas de fraude nas atas, revelando um pouco do que será o CONUNE em Goiânia. Dessa forma não há como “virar qualquer maré”, pois a representatividade de outros grupos já fica comprometida, como também acaba por travar toda a dinâmica imposta pelos estudantes da UFMA nos últimos meses, referendando a velha e engessada entidade.

Por diversas vezes fizemos o chamado aos companheiros a virem conosco para o II Congresso da Anel, mas infelizmente os companheiros estarão reunindo seus coletivos nacionais (apenas, pois não participam inteiramente do CONUNE), em vez de unificarem as lutas em todo o Brasil. Não é assim que se vira nenhuma maré, não é assim que se anda pra frente. A UNE parou na história, mas a luta não! Depois dos dois Congressos a história que a UNE seguirá não será diferente dos últimos anos do governo do PT, enquanto a Anel seguirá firme ajudando a fortalecer o DCE da UFMA, as mobilizações e as lutas estudantis junto com os companheiros. Esperamos que possam fazer uma grande reflexão e vir conosco construir um futuro do tamanho dos nossos sonhos.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nota da Anel de apoio à Ocupação da Reitoria da UFMA


#NegociaJaNatalino!!!

                                               Por Micael Carvalho

Depois de muitas tentativas de negociação com a administração superior da UFMA o movimento estudantil da UFMA voltou a ser protagonista de um grande e vitorioso movimento. A realização da Assembleia Geral e a própria ocupação da Reitoria já é uma grande vitória para o movimento estudantil da UFMA. Agora é nacionalizar essa grande e importante luta em defesa da Assistência Estudantil de qualidade.

A verdade se contrapõe às mentiras da Reitoria da UFMA. Negocia Natalino!!!
No dia 07 de maio, às 15 horas, aconteceu na área de vivência da UFMA a Assembleia Geral de Estudantes, contando com a participação de cerca de 200 estudantes. Um marco histórico para o Movimento Estudantil da UFMA, que há tempos não via manifestações assim. Existe hoje uma universidade mobilizada e conta como ponto de apoio as entidades estudantis, como o DCE, além das residências estudantis organizadas.
A Assembleia Geral deliberou pela entrega da pauta de reivindicações na reitoria. Por volta das 17 horas, todos os estudantes partiram para o prédio da administração superior da UFMA, mas as portas do gabinete do Reitor se encontravam fechadas e com seguranças armados. Deu-se a continuação da assembleia no hall do prédio, onde se deliberou, por volta das 17:30, pela ocupação da reitoria até que a administração superior da UFMA sente e se disponha a negociar com os estudantes. Até agora o movimento não teve uma resposta sequer da reitoria, a não ser tentar criminalizar o movimento, lançando uma absurda nota no site da universidade. O movimento segue firme em tentar negociar com a reitoria da universidade. 

É hora de construir outro projeto de educação
Na verdade, a ocupação reflete o descaso do governo federal nos últimos 5 anos com a implementação do Reuni nas universidades públicas federais. Um programa que já trazia em sua essência graves problemas, no que concerne a verba, infraestrutura suficiente e condições de permanência dentro das universidades federais. A greve da educação foi reflexo dessa precária condição imposta pelo governo e reafirmada pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Durante 5 anos de implementação desse programa temos uma avaliação que hoje é feita nas ocupações e mobilizações estudantis Brasil a fora: a farsa de um programa do governo do PT que em seus 10 anos de governo (Lula e Dilma) não trouxe avanços para os estudantes e muito menos para os trabalhadores.
Os estudantes da UFMA, através do DCE tem resgatado parte importante da história de luta do movimento estudantil. Os estudantes estavam desacostumados com a luta, ocupações e mobilizações. Estavam acostumados com a apatia e conformismo imperado pela UNE nas últimas gestões do DCE. Nós da Anel temos orgulho de fazer parte de uma gestão com vários companheiros do movimento estudantil local que não pararam na história igual a velha entidade e são parte do resgate da tradição de luta. Hoje a reitoria se espanta com a ocupação e a repercussão que a mesma ganhou em tão pouco tempo e o maciço apoio estudantil que recebeu.
Nós achamos que mais ocupações iguais a essas precisam acontecer nos próximos meses nas universidades públicas brasileiras, pois são demandas estudantis que hoje não estão sendo abarcadas pelos programas federais.
A Anel não só manifesta seu apoio a ocupação da UFMA, como também é parte consciente de uma luta política na reconstrução de um novo movimento estudantil. E queremos dialogar com os companheiros e companheiras da esquerda da UNE que também sejam parte consciente desse processo. Nós achamos que toda unidade precisa se dar cada vez mais com iniciativas na base e que aprofundem o processo de reorganização. Todas as iniciativas da Anel aqui na UFMA e nas demais universidades tem sido no intuito de reforçar a mobilização dos movimentos de casas, dos centros e diretórios acadêmicos. Construir um outro projeto de educação passa diretamente pela mobilização e articulação com o movimento estudantil. Nós já vimos que a falta de verbas foi parte significativa dos problemas causados pelo Reuni e são as mesmas limitações do atual PNE do governo, que não investe 10% do PIB imediatamente. Logo é preciso construir um projeto que reflita a demanda da classe trabalhadora brasileira.

É preciso nacionalizar as lutas e construir um grande Congresso
Para nós uma iniciativa muito importante nas próximas semanas é do dia 17 de maio (17-M).  A reunião com o MEC está no marco e realização de um grande espaço do movimento estudantil nacional reunir com o governo, apontado a perspectiva de garantia de mais investimentos em Assistência Estudantil. Essa precisa ser uma luta nacional e já foi deliberada na Assembleia Geral aqui na reitoria a participação do movimento estudantil da UFMA nessa reunião, bem como uma grande atividade no dia 17 de maio aqui na universidade.
As lutas por mais verbas para Assistência Estudantil, bem como outras importantes lutas não passarão pelo Congresso da União Nacional dos Estudantes. A UNE tem cada vez mais ligações com o governo e o seu Congresso está distante de refletir as lutas que acontecem nas escolas e universidades, como é o caso dessa ocupação. Aqui a UNE não apoiou, pois entraria em conflito com a reitoria da UFMA. Ou seja, é uma luta que está mais uma vez distante da velha.
Essa é uma luta, assim como a luta contra a EBSERH que estará presente no Congresso da Anel. Nossa entidade tem cada vez mais sendo um ponto de apoio para as lutas que se chocam contra os governos, reitorias, diretores e um longo etc. Queremos que o nosso Congresso se transforme numa grande ocupação com muitas faixas, bandeiras, cartazes e intervenções características da juventude brasileira. É esse o congresso que nós queremos construir. Um Congresso do tamanho das lutas e dos sonhos da juventude.

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Nota de apoio à greve dos Professores da Rede Pública Estadual




                    Por Neylson Oliveira
                                                                              

Já está mais do que claro que o governo, não só federal como também estadual e municipal, estão dispostos a atacar todos os direitos da classe trabalhadora. Aqui no Maranhão não é diferente, pois o governo Roseana Sarney trabalha arduamente na elaboração desses ataques.

A mira da vez agora são os professores, que embora seja um dos movimentos que ainda é forte, mas como já sabemos aqui, dependendo da direção sindical eles  estão bem expostos à esses ataques. Com um Estatuto do Educador elaborado pelo SINPROESSEMA que não corresponde aos reais anseios da categoria de professores e outro proposto pelo governo, que é na verdade um Estatuto Contra o Educador, e que se aquele já não contemplava a categoria, este muito menos.

Diante dessa situação a categoria não viu alternativa a não ser entrar em greve, como medida legal a ser tomada para que seus direitos outrora conquistados não fossem entregues totalmente de bandeja com a aprovação de uma destas propostas do estatuto. Foi também a forma de tentar trazer este estatuto para debate com a categoria para enfim elaborar um estatuto que seja para o educador, dando-lhe garantias e não o contrário e retirando os direitos.

A greve chega à sua terceira semana, e a Assembleia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL), entendendo a importância da aliança com os professores em luta, e a exemplo disso podemos relembrar a greve de professores das IFES, onde o apoio dos estudantes e da ANEL foi fundamental para o resultado que tivemos, se coloca mais uma vez pronta a apoiar uma luta que pra nós estudantes livre não é de cada um, mas de todos, todos que desejam uma educação pública, gratuita e de qualidade, onde o professor se sinta valorizado, com condições de trabalho suficientemente boas para bom desenvolvimento. A  ANEL  se solidariza com os professores em greve e coloca  todas as suas atividades como ponto de apoio à luta dos professores. E desde já convidamos a todos os estudantes da escolas estaduais e municipais a participarem do nosso II Congresso Nacional que acontecerá na Cidade de Juiz de Fora - MG, entre os dias 31 de maio e 02 de junho.


Pela Implementação da Lei do Piso Já!
Garantia de todas as progressões aos professores!
Por melhores condições de trabalho e estrutura física digna!

sexta-feira, 3 de maio de 2013

É hora de construir um outro projeto de educação!!

Companheiras e companheiros, este seminário tem o objetivo de promover a discussão política sobre a situação da educação pública no Maranhão e no Brasil, diante dos ataques neoliberais dos governos Dilma, Roseana e Holanda, bem como sobre como os professores vem se organizando para combatê-los. É um momento de formação e de debate sobre a as ferramentas de luta dos trabalhadores, os limites do sindicalismo e, sobretudo, a compreensão da necessidade de superar o capitalismo.
É importante que professores e estudantes saibam a importância de construir no cotidiano um outro projeto de educação. É importante que possamos acrescentar espaços de formação à interevenção do nosso cotidiano.
Desde já, nós da Anel Maranhão ressaltamos a importância de mais um evento que debaterá a temática da educação básica e saudamos a toda a categoria de professores da rede pública estadual em greve.