quarta-feira, 18 de maio de 2011

13 de MAIO: a luta contra o racismo é todo dia!

13 DE MAIO: a luta contra o racismo é todo dia
Por Jodean Santos
Executiva Estadual da ANEL Maranhão

No dia 13 de Maio de 1888, ocorre à assinatura da Lei Aurea, que “diluía” de vez o sistema de escravidão em todo o território brasileiro.
Mas façamos uma reflexão a respeito do assunto que há muito tempo, vem causando polêmica nos seios de toda a sociedade brasileira.
Libertou-se o negro das correntes ferrenhas que feriam por séculos os pés, braços e pescoços dos nossos irmãos que tanto contribuíram para o desenvolvimento desta nação. Libertou-se o negro das senzalas que sufocavam a respiração de liberdade daqueles que contribuíram com o seu suor e seu sangue para este país maravilhoso, mas com suas desigualdades sociais.
O que aconteceu com o povo negro depois que ele fora liberto das senzalas em todo o território brasileiro?
Ora essa pergunta vem se se alastrando até antes da promulgação da Lei Áurea, lei que em seu conteúdo de longe traria a igualdade, a prosperidade e o pagamento devido para as negras e negros de séculos de trabalho forçado. Era esperado o respeito que até hoje a comunidade negra desta nação tanto almeja...
Bem, sabemos perfeitamente o que aconteceu com o povo recém-liberto, primeiramente os donos do poder trataram de fazer logo algo que pudesse limitar a ascensão do negro na sociedade, obstáculos como o racismo que a sociedade brasileira empreendera contra o negro fora cruel desrespeitando todos os seus direitos e querendo impor-lhe somente deveres. Outro aspecto que aqui ressaltamos, foi o limite à propriedade, deixando milhões de negros e negras sem moradia, sem terra para plantar, sendo estes empurrados para os morros nas grandes cidades e para o interior do nosso país próximo as antigas fazendas, onde outrora, foram escravizados.
O negro no mundo é discriminado e aqui no Brasil essa realidade aprofunda-se e é refletida nos índices de desenvolvimento humano que não mudaram. Percebemos isso nas piores taxas de analfabetismo, pobreza, submoradia, oportunidades, subnutrição e ascensão social. Ou seja, tiraram as correntes que cortavam os pés, braços e pescoços dos nossos ancestrais, porém em contra partida colocaram no povo negro as correntes do abandono, esquecimento, preconceito e do racismo para com este povo que tanto contribuiu e contribui para o Brasil crescer.
O negro que saiu das senzalas e navios negreiros hoje é empurrado para as grandes favelas e camburões de polícia. Nosso povo foi roubado da sua mãe África, fica deixado de lado pela sociedade oligárquica do século XX e mesmo diante de vários obstáculos sempre procuramos lutar pelos nossos direitos que sempre foram negados pelos ``donos do poder`` em várias as esferas, que ao se venderem para o sistema capitalista burguês ficaram ainda mais preconceituosos e sedentos pelo poder.
A Assembléia Nacional de Estudantes – Livre (ANEL) vem assim, através desta nota se somar a luta do povo negro contra o racismo que assola diariamente negras e negros do mundo, reforçada pela sociedade capitalista que dificulta a luta desse povo pela conquista da sua liberdade.

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