sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Fortalecer a luta por uma saúde pública, gratuita e de qualidade

     Por Nelson Júnior,
     estudante de Farmácia da UFMA
     e da Executiva Estadual da Anel


   Nesse sábado dia 10/12, a partir das 08h, na Praça do Pescador (Avenida Litorânea) acontecerá mais um ato em Defesa da Saúde Pública no Estado do Maranhão.
   O Primeiro ato mostrou de maneira bem simbólica a situação de descaso dos Governos Municipal e Estadual com a Saúde no nosso estado. Levou centenas de estudantes e profissionais de saúde às ruas do centro de São Luís e teve adesão da população que deu depoimentos emocionantes sobre o que passam a todo instante em filas dos serviços públicos de saúde no estado.
   Nesse final de semana o Movimento Pela Saúde volta às ruas e tem uma nova tarefa: exigir dos culpados a reparação das mortes de milhões de maranhenses. Colocar cruzes e mostrar quais são as causas delas é apenas o começo do desafio de denunciar os escandalosos casos de corrupção do governo Dilma, da família Sarney, João Castelo e demais aliados.
   Hoje segue válido para os países da América Latina, políticas que visam destinar cada vez menos investimentos para saúde e educação. Ou seja, a causa de muitas "cruzes" ou muitos jovens fora das escolas e universidades é pensada e idealizada de maneira sistemática e aplicada por os agentes desses organismos internacionais (Banco Mundial e FMI).
   O problema da fome, da educação, da falta de moradia, da miséria, da saúde e da falta de medicamentos a doenças tropicais já poderiam sido resolvidos. Mas os governos, bancos, planos de saúde e a indústria farmacêutica percebeu que poderia tirar lucro de serviço básicos e garantidos em lei. Manter esses indicadores sociais é muito melhor para a lógica do lucro do que resolver os problemas das pessoas.
   Estudantes da área de saúde, profissionais e a sociedade em geral deve fortalecer uma luta que deve ser expressa em todos os cantos do país, e que precisa crescer!
   Na Europa, os trabalhadores estão indo às ruas para protestar contra os planos de austeridade dos governos que retiram os direitos conquistados com muita luta pelos trabalhadores europeus. Aqui no Brasil nossos direitos essenciais são subtraídos de maneira bem sutil, um exemplo recente foi a aprovação do Projeto de Lei que cria a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares. 
   A criação dessa empresa retira a autonomia dos HU's, desvincula-os das universidades, precariza as condições de trabalho dos mais de 26 mil trabalhadores em todo o país e abre espaço para que a inciativa privada tome pra si de uma vez por todas o espaço público e não deixe que a produção científica e os projetos de extensão para as comunidades que tanto precisam possam avançar.
   O Movimento Pela Saúde do Maranhão pode contar com todo o apoio da Assembléia Nacional de Estudantes - Livre (Anel). Uma entidade livre, democrática, independente e de luta que se fortalece a cada dia e que está lado a lado com os trabalhadores do mundo na construção de outro modelo de sociedade pautando sempre uma saúde que garanta o acesso a todos de maneira integral, universal e gratuita.

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