Por Anel Maranhão
Nesta
última segunda-feira (08/04) logo pela manhã, os estudantes do Colégio Cintra,
localizado no bairro do Anil em São Luís foram às portas da escola para
protestar contra os diversos problemas que vem sendo causado pela atual
direção.
Há
mais ou menos um ano a direção do Colégio Cintra devolveu cerca de 46
professores à Secretaria Estadual de Educação argumentando que existia
excedente de professores na escola e que não havia necessidade de permanecer
com eles. Só que a realidade é outra!
Em
vez de sobrar professores está faltando em várias disciplinas como informam as
lideranças do movimento. Muitos deles não chegaram a estudar Artes (dentre
outras), por exemplo, e podem encontrar sérios problemas na hora de fazer qualquer
prova para ingressar às universidades públicas brasileiras. Mais fatores se
agravam aos problemas vividos pelos estudantes da escola da capital. Não existe
qualquer diálogo da direção da escola com os estudantes, enfrentando muitas das
vezes ameaças e subornos para evitar as mobilizações, como a desta última
segunda-feira. Os estudantes já
recorreram a todos os espaços que poderiam e não conseguiram nenhuma abertura
para denunciar o descaso da direção com o direito os estudos e a ter
professores no colégio.
Hoje
teve uma audiência na Assembleia Legislativa para tratar do caso do diretor do
Cintra e da situação em que se encontra a escola estadual. Mesmo assim, é
preciso continuar com as mobilizações estudantis.
De cada lado está o grêmio estudantil?
No
Brasil a reorganização do movimento estudantil tem provado que é necessário
romper com entidades tradicionais que já não representam a luta dos estudantes,
bem como, com suas direções que cada vez mais se ligam aos diretores, reitores,
governos e um longo etc.
A
direção do Grêmio tem traído e até denunciado os estudantes à frente dessa
luta, como também nem sequer prestam apoio à luta por mais professores na
escola e por educação de qualidade. Não existe um compromisso real com a luta
dos estudantes, pelo contrário, estão do lado da direção da escola e do lado do
Governo Roseana Sarney.
Historicamente
aqui no Maranhão as entidades estudantis como o MEI, CES, UMES, UBES, assim
como a União Nacional dos Estudantes (UNE) tem feito os estudantes refém de seu
atrelamento aos gabinetes dos deputados vendendo nossos direitos como a
meia-passagem (conquista histórica em 1979) e a meia-entrada cultural como bem
querem. Os estudantes hoje já questionam sobre essa validade e o preço da
carteira do MEI/CES empurram a todo custo aos estudantes. O direito está em ser
estudante e não por possuí o cartão estudantil de determinada entidade. É preciso
dar um basta nisso e lutar pelo passe-livre para a juventude e acesso á meia-cultural
sem restrições.
Estudantes secundaristas do CINTRA,
LICEU, CEGEL, COLUN e IFMA é hora de ir ao Congresso Nacional da Anel
A
Anel e o DCE da UFMA estiveram presentes prestando total apoio à luta dos
estudantes do CINTRA, como não se negará a participar de qualquer outra luta
dos estudantes secundaristas. Nesse momento onde surgem as mobilizações as
entidades estudantis devem está a disposição dessas lutas e mobilizações
importantes pela melhoria da educação no Estado do Maranhão.
Com
a Anel e com o DCE da UFMA não será diferente. No último Planejamento do
Diretório Central dos Estudantes da UFMA foi apontando a necessidade da
articulação com os estudantes secundaristas que já protagonizaram lutas
importantes aqui no estado, como a Revolta da Meia Passagem e lutas em apoio à
greve dos professores.
Queremos
além de nos solidarizar com os estudantes do CINTRA que eles deem um passo à
frente na organização estudantil. Queremos que possam seguir suas mobilizações,
questionar o não apoio das entidades estudantis à sua luta, assim como
construir os novos instrumentos que nascem da reorganização estudantil. Um
grande fruto desse processo é a Assembleia Nacional dos Estudantes – Livre (ANEL)
que a cada dia se fortalece em todo o país.
Esse
ano, estaremos realizando nosso II Congresso Nacional entre os dias 30 e 31 de
maio, 01 e 02 de junho e queremos levar uma grande delegação do Maranhão para
Juiz de Fora – MG. Nesta quinta-feira já marcamos uma roda de apresentação do
Congresso, assim como conversar um pouco mais sobre a situação do movimento
estudantil secundarista aqui no estado. Queremos seguir mobilizando a luta dos
estudantes do CINTRA e dos demais estudantes de todo o Maranhão, pois “é com
muita luta que devemos construir um futuro do tamanho dos nossos sonhos”.
Para
mais formações do II Congresso Nacional da Anel Clik Aqui
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