Por Micael Carvalho
Executiva Estadual da Anel Maranhão
Na última quinta-feira, dia 29 de
agosto, a Anel Maranhão participou na Assembleia Legislativa do Estado do
Maranhão (ALEMA), de uma audiência pública para debater o Estatuto da
Juventude. Estiveram presentes na mesa
representantes da Executiva Estadual da ANEL-MA e da UNE.
A Assembleia Nacional de Estudantes -
Livre esteve mais uma vez presente nesses espaços para denunciar os ataques que
o estatuto faz à juventude, em especial ao que se refere o direito a cultura. O
Estatuto representa um retrocesso aos direitos da juventude, não só pela
restrição da meia-entrada, mais porque em seu texto não contém nenhum avanço e
nenhuma demanda concreta das necessidades da juventude brasileira. Pelo contrário,
só reafirma as medidas governamentais aplicadas nos últimos anos que privatizam
e precarizam os serviços públicos como saúde, educação, cultura, mobilidade
urbana, dentre outras reivindicações que foram levantadas durante as jornadas
de junho pela juventude que não está contemplada no estatuto, como por exemplo,
o passe livre.
A UNE defendeu abertamente todo o
estatuto e afirmou que ele representa um avanço significativo para a juventude
brasileira. Sobre o ataque a meia-entrada teve a coragem de dizer que “a
juventude pode baixar um filme pela internet, ou comprar um DVD e assistir em
casa”. Dizem ainda que a restrição da meia-entrada à 40% não é restrição, e sim
ampliação do acesso à cultura, pois segundo a UNE, hoje 33% dos que frequentam os
cinemas, teatros, estádios, etc, são jovens, portanto seria uma ampliação de
7%. Além de termos que ouvir essa declaração absurda, o passe livre foi ignorado
pela entidade, dizendo que mobilidade urbana não é passe livre, e que o
estatuto da juventude não contempla as demandas das jornadas de junho porque
foi sancionado em agosto, posteriormente as manifestações no Brasil.
Ressaltamos que as bandeiras
levantadas nas jornadas de junho, não nasceram em junho. A luta pelo passe
livre é histórica, as bandeiras de defesa da saúde, transporte e educação já
estavam presentes há anos nas mobilizações dos movimentos sociais. A vitoriosa
greve do ano de 2012 das IFES (Instituições Federais de Ensino superior) nos
mostrou claramente essas reivindicações.
A ANEL está com um manifesto da
juventude brasileira contra a restrição da meia entrada, que já está assinada
por 29 entidades. E convidamos você a propor à sua entidade estudantil que
assine o manifesto de apoio à luta contra a restrição da meia-entrada.
Exigimos a Dilma que revogue a restrição! Cultura não é Mercadoria!
Nenhum comentário:
Postar um comentário