quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Anel Maranhão participa de audiência sobre o Estatuto da Juventude e denuncia ataque à Juventude.



Por Micael Carvalho
Executiva Estadual da Anel Maranhão

Na última quinta-feira, dia 29 de agosto, a Anel Maranhão participou na Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão (ALEMA), de uma audiência pública para debater o Estatuto da Juventude.  Estiveram presentes na mesa representantes da Executiva Estadual da ANEL-MA e da UNE.
A Assembleia Nacional de Estudantes - Livre esteve mais uma vez presente nesses espaços para denunciar os ataques que o estatuto faz à juventude, em especial ao que se refere o direito a cultura. O Estatuto representa um retrocesso aos direitos da juventude, não só pela restrição da meia-entrada, mais porque em seu texto não contém nenhum avanço e nenhuma demanda concreta das necessidades da juventude brasileira. Pelo contrário, só reafirma as medidas governamentais aplicadas nos últimos anos que privatizam e precarizam os serviços públicos como saúde, educação, cultura, mobilidade urbana, dentre outras reivindicações que foram levantadas durante as jornadas de junho pela juventude que não está contemplada no estatuto, como por exemplo, o passe livre.
A UNE defendeu abertamente todo o estatuto e afirmou que ele representa um avanço significativo para a juventude brasileira. Sobre o ataque a meia-entrada teve a coragem de dizer que “a juventude pode baixar um filme pela internet, ou comprar um DVD e assistir em casa”. Dizem ainda que a restrição da meia-entrada à 40% não é restrição, e sim ampliação do acesso à cultura, pois segundo a UNE, hoje 33% dos que frequentam os cinemas, teatros, estádios, etc, são jovens, portanto seria uma ampliação de 7%. Além de termos que ouvir essa declaração absurda, o passe livre foi ignorado pela entidade, dizendo que mobilidade urbana não é passe livre, e que o estatuto da juventude não contempla as demandas das jornadas de junho porque foi sancionado em agosto, posteriormente as manifestações no Brasil.
Ressaltamos que as bandeiras levantadas nas jornadas de junho, não nasceram em junho. A luta pelo passe livre é histórica, as bandeiras de defesa da saúde, transporte e educação já estavam presentes há anos nas mobilizações dos movimentos sociais. A vitoriosa greve do ano de 2012 das IFES (Instituições Federais de Ensino superior) nos mostrou claramente essas reivindicações.
A ANEL está com um manifesto da juventude brasileira contra a restrição da meia entrada, que já está assinada por 29 entidades. E convidamos você a propor à sua entidade estudantil que assine o manifesto de apoio à luta contra a restrição da meia-entrada.

Exigimos a Dilma que revogue a restrição! Cultura não é Mercadoria!


Nenhum comentário:

Postar um comentário