Combater a opressão é sempre um tema muito importante para
nós Estudantes Livres, é uma luta cotidiana, um compromisso que assumimos e
cumprimos bravamente.
Durante a ocupação na câmara de vereadores de São Luis não
pudemos deixar passar e marcamos presença no debate sobre opressões, pois,
entendemos o quanto é importante combater desde piadas e brincadeirinhas machistas,
racistas e homofóbicas, por saber de suas graves consequências. O debate aconteceu como programação das
atividades da ocupação, na tarde do dia 27 de julho
Entendemos que o machismo deve ser combatido por homens e mulheres.
Neylson, estudante de filosofia da UFMA e da ANEL, disse durante o debate:“Combater
as opressões não é um debate secundário como foi colocado aqui, é necessário
combater diariamente, até para que isso reflita nas nossas pautas de
reivindicações aqui. Não podemos por exemplo, esperar que tenhamos passe livre,
tarifa-zero e ficar tranquilo, se minha companheira pode entrar em um ônibus e
sofrer opressão devido ao machismo. Não podemos ter mobilidade urbana ficar
tranquilos, se um homossexual é agredido diariamente. Não podemos ter ganhos na
pauta de educação, se negros continuarão sendo oprimidos pelo racismo, nos
livros didáticos e por homofobia, na própria estrutura da escola. Não é só
sobre cor da pele, sobre orientação sexual, sobre sexo, é por direitos, que
devem ser respeitados.”
Diariamente temos casos de violências contra mulheres,
negros e homossexuais. Por isso é importante tomar o debate para si, entender
como a opressão se desenvolve dentro da sociedade e principalmente tomar a
consciência de que lutar contra isso é fundamental para quem sonha com um novo
projeto de sociedade, onde tenhamos nossos direitos garantidos. Direito de amar
quem quiser, de usar uma roupa sem se preocupar se vai ser hostilizada por
alguém. Isso é fundamental!
Não é um debate apenas sobre sexo, sobre orientação sexual
ou sobre a cor da pele, vai muito mais além!
Nós da ANEL
entendemos que esse debate é muito mais profundo e se enraíza nas sustentações
do sistema capitalista, servindo de base para que a dominação e exploração da
classe trabalhadora aconteça. Por isso é necessário que nós tomemos frente
nesta luta e entendamos que a luta das mulheres, dos negros e LGBTs é de tod@s.
A Luta Não Pode Parar
O governo do PT trouxe uma esperança de termos um governo
com políticas voltadas para @s negr@s, para as mulheres e para os LGBTs, no
entanto, foi justamente nesse governo que não se viram políticas serem
implementadas, do contrário, apesar de, por exemplo, a vitória parcial com a
aprovação da lei de cotas sociais que não era o que esperávamos, mas significa
um
avanço e mostra que o caminho é a luta! A lei que torna obrigatório o ensino da
história do povo africano, mas que, no entanto, não dá ferramentas para que @s
professores se especializem, temos a PLC 122 que criminaliza a homofobia que
até hoje não foi aprovada, o kit Brasil Sem Homofobia foi vetado pela
presidente, as mulheres não contam com creches para que possam estudar ou
trabalhar, a legalização do aborto e a capacidade de decidir sobre seu corpo
não foi aprovada. Dentre muitos ataques a essa classe oprimida, podemos citar
ainda o estatuto do nascituro, na verdade, bolsa estupro, a permanência de um
machista, racista e homofóbico na Comissão de Direitos Humanos e Minorias,
Marco Feliciano que esses governos de Lula e Dilma representam.
No Maranhão, também temos uma mulher no governo, mas que
está bem claro que não governa para as mulheres, muito menos para negr@s e
LGBTs. Pelo contrário, o governo de Roseana Sarney, representa a permanência de
uma oligarquia que há quase cinquenta anos explora e oprime o povo maranhense.
Um dos estados mais pobres, com maior índice de analfabetismo, onde o extermínio da juventude negra cresce
diariamente nas periferias da cidade, maior índice de conflitos de terra e que
deixa milhares de famílias indígenas e quilombolas serem desapropriadas. Está
muito claro que a oligarquia Sarney só serve aos interesses do grande capital.
Por isso nós da ANEL entendemos que é muito importante que
negros, mulheres, LGBTs, juventude e classe operária estejam unidas no combate
à opressão e exploração, pois a luta não pode parar e o combate é diário, em
todos os espaços.
“A nossa luta é todo dia
Contra o racismo, o machismo e a homofobia!!!!"
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