quinta-feira, 9 de maio de 2013

Nota da Anel de apoio à Ocupação da Reitoria da UFMA


#NegociaJaNatalino!!!

                                               Por Micael Carvalho

Depois de muitas tentativas de negociação com a administração superior da UFMA o movimento estudantil da UFMA voltou a ser protagonista de um grande e vitorioso movimento. A realização da Assembleia Geral e a própria ocupação da Reitoria já é uma grande vitória para o movimento estudantil da UFMA. Agora é nacionalizar essa grande e importante luta em defesa da Assistência Estudantil de qualidade.

A verdade se contrapõe às mentiras da Reitoria da UFMA. Negocia Natalino!!!
No dia 07 de maio, às 15 horas, aconteceu na área de vivência da UFMA a Assembleia Geral de Estudantes, contando com a participação de cerca de 200 estudantes. Um marco histórico para o Movimento Estudantil da UFMA, que há tempos não via manifestações assim. Existe hoje uma universidade mobilizada e conta como ponto de apoio as entidades estudantis, como o DCE, além das residências estudantis organizadas.
A Assembleia Geral deliberou pela entrega da pauta de reivindicações na reitoria. Por volta das 17 horas, todos os estudantes partiram para o prédio da administração superior da UFMA, mas as portas do gabinete do Reitor se encontravam fechadas e com seguranças armados. Deu-se a continuação da assembleia no hall do prédio, onde se deliberou, por volta das 17:30, pela ocupação da reitoria até que a administração superior da UFMA sente e se disponha a negociar com os estudantes. Até agora o movimento não teve uma resposta sequer da reitoria, a não ser tentar criminalizar o movimento, lançando uma absurda nota no site da universidade. O movimento segue firme em tentar negociar com a reitoria da universidade. 

É hora de construir outro projeto de educação
Na verdade, a ocupação reflete o descaso do governo federal nos últimos 5 anos com a implementação do Reuni nas universidades públicas federais. Um programa que já trazia em sua essência graves problemas, no que concerne a verba, infraestrutura suficiente e condições de permanência dentro das universidades federais. A greve da educação foi reflexo dessa precária condição imposta pelo governo e reafirmada pela União Nacional dos Estudantes (UNE). Durante 5 anos de implementação desse programa temos uma avaliação que hoje é feita nas ocupações e mobilizações estudantis Brasil a fora: a farsa de um programa do governo do PT que em seus 10 anos de governo (Lula e Dilma) não trouxe avanços para os estudantes e muito menos para os trabalhadores.
Os estudantes da UFMA, através do DCE tem resgatado parte importante da história de luta do movimento estudantil. Os estudantes estavam desacostumados com a luta, ocupações e mobilizações. Estavam acostumados com a apatia e conformismo imperado pela UNE nas últimas gestões do DCE. Nós da Anel temos orgulho de fazer parte de uma gestão com vários companheiros do movimento estudantil local que não pararam na história igual a velha entidade e são parte do resgate da tradição de luta. Hoje a reitoria se espanta com a ocupação e a repercussão que a mesma ganhou em tão pouco tempo e o maciço apoio estudantil que recebeu.
Nós achamos que mais ocupações iguais a essas precisam acontecer nos próximos meses nas universidades públicas brasileiras, pois são demandas estudantis que hoje não estão sendo abarcadas pelos programas federais.
A Anel não só manifesta seu apoio a ocupação da UFMA, como também é parte consciente de uma luta política na reconstrução de um novo movimento estudantil. E queremos dialogar com os companheiros e companheiras da esquerda da UNE que também sejam parte consciente desse processo. Nós achamos que toda unidade precisa se dar cada vez mais com iniciativas na base e que aprofundem o processo de reorganização. Todas as iniciativas da Anel aqui na UFMA e nas demais universidades tem sido no intuito de reforçar a mobilização dos movimentos de casas, dos centros e diretórios acadêmicos. Construir um outro projeto de educação passa diretamente pela mobilização e articulação com o movimento estudantil. Nós já vimos que a falta de verbas foi parte significativa dos problemas causados pelo Reuni e são as mesmas limitações do atual PNE do governo, que não investe 10% do PIB imediatamente. Logo é preciso construir um projeto que reflita a demanda da classe trabalhadora brasileira.

É preciso nacionalizar as lutas e construir um grande Congresso
Para nós uma iniciativa muito importante nas próximas semanas é do dia 17 de maio (17-M).  A reunião com o MEC está no marco e realização de um grande espaço do movimento estudantil nacional reunir com o governo, apontado a perspectiva de garantia de mais investimentos em Assistência Estudantil. Essa precisa ser uma luta nacional e já foi deliberada na Assembleia Geral aqui na reitoria a participação do movimento estudantil da UFMA nessa reunião, bem como uma grande atividade no dia 17 de maio aqui na universidade.
As lutas por mais verbas para Assistência Estudantil, bem como outras importantes lutas não passarão pelo Congresso da União Nacional dos Estudantes. A UNE tem cada vez mais ligações com o governo e o seu Congresso está distante de refletir as lutas que acontecem nas escolas e universidades, como é o caso dessa ocupação. Aqui a UNE não apoiou, pois entraria em conflito com a reitoria da UFMA. Ou seja, é uma luta que está mais uma vez distante da velha.
Essa é uma luta, assim como a luta contra a EBSERH que estará presente no Congresso da Anel. Nossa entidade tem cada vez mais sendo um ponto de apoio para as lutas que se chocam contra os governos, reitorias, diretores e um longo etc. Queremos que o nosso Congresso se transforme numa grande ocupação com muitas faixas, bandeiras, cartazes e intervenções características da juventude brasileira. É esse o congresso que nós queremos construir. Um Congresso do tamanho das lutas e dos sonhos da juventude.

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