Por Inaiara Brito e Neylson Oliveira, da Executiva Estadual da ANEL - MA
As duas últimas semanas em São Luís foram impulsionadas com o início da
greve de diversas categorias da classe trabalhadora: bombeiros, policiais
militares e os trabalhadores do transporte rodoviário, que reduziram o horário
de circulação dos ônibus da capital, tirando-os de circulação entre 16:00 e
18:00 hs. A meia noite desta quarta – feira, dia 02 de março foi deliberada a
greve dos Garis que , assim como as demais categorias, reivindicam melhorias no trabalho.
No estado do Maranhão as condições dos trabalhadores é sem dúvida a mais
precarizada possível, e não há nenhuma perspectiva do governo do estado em
favorecer e possibilitar melhores condições de vida aos trabalhadores e
trabalhadoras do estado. São mais de meio século de exploração por meio da oligarquia de Sarney e toda sua corja. Verdadeiros parasitas do povo maranhense, sugando e se apropriando de tudo aquilo que é produzido no estado e em troca oferecem péssimos serviços de
saúde, de transporte, em educação, repressão e criminalização nas periferias
das cidades, contribuindo com o extermínio da juventude negra maranhense.
O prefeito Edvaldo Holanda Júnior (PTC), desde o início da campanha veio
com um discurso de um novo jeito de fazer política, porém que assumiu a prefeitura apenas deu continuidade àquelas politicas implantadas pelo prefeito
anterior do PSDB e pelo PCdoB, confirmando a ideia de que esse novo jeito era na
verdade, mais do mesmo, principalmente quando ele destina milhões para as
empresas de transporte da capital.
Nenhuma dessas politicas implementadas pela prefeitura melhorou a vida dos
ludovicenses. E a população ainda amarga os desmandos e a
não prioridade nos serviços básicos, e a coleta de lixo, continua a serviço de
uma empresa privada.
Esse desrespeito com os trabalhadores de todas as categorias é consequência do avanço da terceirização do serviço público. Durante os três últimos governos (tanto os governos federais, estaduais e municipais), a terceirização aumentou consideravelmente e atrelada a ela, uma gama de fatores que prejudicam única e exclusivamente aos trabalhadores. A terceirização dos transportes, da saúde, da educação são exemplos disso. No que diz respeito aos garis, considerando os fatores expostos acima, como jornada de trabalho extensa, salário que não chega ao piso mínimo, condições de trabalho inviáveis, é notório o quanto esta categoria é além de invisibilizada, precarizada.
Esse desrespeito com os trabalhadores de todas as categorias é consequência do avanço da terceirização do serviço público. Durante os três últimos governos (tanto os governos federais, estaduais e municipais), a terceirização aumentou consideravelmente e atrelada a ela, uma gama de fatores que prejudicam única e exclusivamente aos trabalhadores. A terceirização dos transportes, da saúde, da educação são exemplos disso. No que diz respeito aos garis, considerando os fatores expostos acima, como jornada de trabalho extensa, salário que não chega ao piso mínimo, condições de trabalho inviáveis, é notório o quanto esta categoria é além de invisibilizada, precarizada.
Garis em Greve!
Os garis de São Luís têm como pauta de reivindicação o reajuste salarial com o aumento de 23%, que passariam de R$ 719,98 para R$ 885,57 e do tíquete-alimentação de R$ 290 para R$ 450. Os serviços de limpeza pública são terceirizados pela empresa São Luís Ambiental, que apresentou como contraproposta o reajuste de apenas 4% para o salário e R$ 310 para o tíquete.
A jornada de trabalho dos Garis tem uma carga horária de 12 horas. O que
levou o presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Asseio e
Conservação do Estado do Maranhão (SEEACMA) - Honésio Máximo da Silva, a se pronunciar sobre isso:
[...]consideramos
como exploração, trabalho escravo. E chamamos a direção da empresa e do
prefeito de São Luís para fazer parte dessa negociação da categoria que é
justa. Não podemos admitir essa situação. Os profissionais que atuam nesse
cenário merecem mais respeito e melhores condições para a qualidade de vida no
trabalho. A gente pede que a sociedade entenda esse momento e possa ser
solidária aos trabalhadores da limpeza pública. O nosso movimento é justo e por
tempo indeterminado.
Os garis do Rio de Janeiro cruzaram os braços durante o carnaval
para chamar a atenção da prefeitura na luta por seus direitos. Ninguém poderia
imaginar até então que um episódio como este poderia acontecer, isso em pleno
carnaval! Os garis não só pararam suas atividades como conseguiram arrancar uma
vitória a contragosto da prefeitura do Rio. Este é um exemplo de que quando a
classe trabalhadora se junta e se organiza, seus opressores e exploradores
tremem, pois nada pode se comparar ao poder e determinação daqueles que
constroem e estruturam a sociedade através do seu trabalho.
Além disso os Garis no Rio mostraram o caminho e serviram de exemplo para
sua categoria por todo o país, os incentivando a se organizarem e ir à luta, e esse exemplo foi seguido pelos
garis de Recife e agora por São Luís. Agora é a hora dos Garis varrerem todo o
lixo que o governos, municipal e estadual deixaram/deixam na vida dos
trabalhadores, impondo à eles uma vida de trabalho precária e exploratória.
A luta dos garis de São Luís, também é uma luta de toda a população, pois
conseguindo melhorias para a categoria, os serviços prestados consequentemente
se tornarão mais eficazes. Além disso, acreditamos que para termos uma mudança
efetiva e concreta na sociedade, a juventude precisa se aliar aos trabalhadores
das inúmeras categorias, mostrando sua força. Por isso, a ANEL apoia e se
solidariza com a luta dos(as) garis, mobilizando os estudantes e demais
trabalhadores para somar força nesta luta.
Gari, escuta: sua luta é nossa luta!!!
Gari, escuta: sua luta é nossa luta!!!
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