Por Micael Carvalho, da executiva estadual da ANEL - MA
O dia 22 de maio na capital
maranhense amanheceu diferente. Os rodoviários paralisaram suas atividades por
reivindicações já antigas e que nunca foram atendidas pelas Empresas de
transporte Coletivo.
Nas reivindicações da categoria estão: aumento
salarial de 16%, e mais o ticket de alimentação no valor de R$ 500,00. Até que
os donos das empresas de transporte não atendam essas reivindicações, os
rodoviários prometem permanecer na greve por tempo indeterminado. Mesmo com a
determinação da justiça (que tem lado, e não é o da classe trabalhadora) de
circulação de um percentual mínimo de 70% das frotas, com multa prevista de R$
4.000 por hora de descumprimento.
O pedido foi por parte do
Sindicato das Empresas de Transporte (SET), na tentativa de desmobilizar a categoria
e impedir que os trabalhadores reivindiquem o mínimo necessário para um
trabalho digno. Porém essa determinação judicial não os intimidou. Desde cedo,
os trabalhadores das empresas de transporte coletivo pararam quase que 100% da
frota, parando os ônibus e concentrando-se nas garagens.
Devemos nesse momento em que, de
norte a sul do país, os trabalhadores das diversas categorias estão se
levantando com greves, mobilizações, fechamento de avenidas... apoiar
incondicionalmente todas essas lutas, porque fazem parte de um avanço na consciência
da classe trabalhadora sobre sua força, e poder para transformar a realidade. A
copa se aproxima, e com ela também vemos as mobilizações no Brasil tomarem uma
grande dimensão. Tudo indica que um novo junho virá, mas agora diferente de
2013, com os trabalhadores e a juventude organizada nas ruas colocando as
contradições da copa e a luta pela garantia dos direitos conquistados através
das lutas.
A ANEL se solidariza mais uma vez
com a categoria que tem feito ultimamente inúmeras mobilizações. Sabemos o
quanto o transporte público é precarizado em todo o país, cabendo a
solidariedade e apoio à greve importante para a luta por um transporte público
de qualidade.
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