quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Professores ocupam a prefeitura de São Luís

Por Ana Raíssa e Micael Carvalho,
da executiva estadual da ANEL

Nesta quarta-feira, por volta das 17:00, os professores da rede municipal de ensino de São Luís, que estão em greve desde maio, ocuparam a sede da prefeitura, recurso utilizado após diversas negativas de Edivaldo Holanda Jr (e a SEMED) às reivindicações  de melhorias nas condições de trabalho dos docentes, reajuste salarial, reformas nas escolas e outras . Os docentes garantem que só desocupam o prédio da prefeitura quando o prefeito se dispor à negociação.



Após a Plenária Geral ocorrida hoje à tarde, os professores decidiram tomar uma ação mais radicalizada no sentido de pressionar a prefeitura, visto que esta além de não atender as pautas dos professores, ainda criminaliza o movimento de resistência por meio de notas e propagandas falaciosas que objetivam enfraquecer a greve e colocar o movimento  grevista contra alunos, pais e sociedade civil, também assedia as/os professores pressionando-as/os para voltarem para sala de aula nas mesmas condições precárias. Além disso, houve a tentativa de se rebaixar a exigência de 20% de ajuste salarial, com o indicativo de 3% apenas. Lembrando que Holandinha é o prefeito que recebe o maior salários entre os prefeitos do Brasil e lamentavelmente sujeita os professores à essa difícil situação.

É importante lembrar que a educação pública municipal em São Luís está pedindo socorro. Além da não valorização dos professores e demais profissionais (muitos inclusive são terceirizados), encontramos escolas cada vez mais precarizadas e sem a mínima estrutura para um bom funcionamento. Ou seja, as escolas e anexos não estão condizentes com as propagandas feitas pela prefeitura.


Observa-se a total intransigência da administração municipal de São Luís, que não da a devida importância que a luta dos professores merece. Categoria que representa a educação básica e que apesar dos ataques, tem se fortalecido numa importante greve, com atividades de mobilização, assembleias, reuniões e desta forma tem conquistado apoio popular.
Professores e apoiadores permanecem nas dependências da prefeitura e mantém vigília também do lado de fora


Até o momento, a prefeitura ainda não se pronunciou no sentido de dar respostas ao grupo que neste momento ocupa a prefeitura. Porém, guardas municipais também se fazem presentes no prédio, no sentido de reprimir o movimento.

Desta forma, viemos prestar total solidariedade aos professores da educação básica e convidar todas/os os/as estudantes, trabalhadores, movimentos sociais e outros a fortalecer esta importante luta, que tem se caracterizado pela resistência e força da categoria. Todas/os à prefeitura! Vamos fortalecer o acampamento!




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