Por Ana Raíssa e Micael Carvalho,
da executiva estadual da ANEL
Nesta quarta-feira, por volta das
17:00, os professores da rede municipal de ensino de São Luís, que estão em
greve desde maio, ocuparam a sede da prefeitura, recurso utilizado após diversas
negativas de Edivaldo Holanda Jr (e a SEMED) às reivindicações de melhorias nas condições de trabalho dos
docentes, reajuste salarial, reformas nas escolas e outras . Os docentes
garantem que só desocupam o prédio da prefeitura quando o prefeito se dispor à
negociação.
Após a Plenária Geral ocorrida hoje à tarde,
os professores decidiram tomar uma ação mais radicalizada no sentido de
pressionar a prefeitura, visto que esta além de não atender as pautas dos
professores, ainda criminaliza o movimento de resistência por meio de notas e
propagandas falaciosas que objetivam enfraquecer a greve e colocar o
movimento grevista contra alunos, pais e
sociedade civil, também assedia as/os professores pressionando-as/os para voltarem para sala de aula nas mesmas condições precárias. Além disso, houve a tentativa de se rebaixar a exigência de
20% de ajuste salarial, com o indicativo de 3% apenas. Lembrando que Holandinha é o prefeito que recebe o maior salários entre os prefeitos do Brasil e lamentavelmente sujeita os professores à essa difícil situação.
É importante lembrar que a educação
pública municipal em São Luís está pedindo socorro. Além da não valorização dos
professores e demais profissionais (muitos inclusive são terceirizados),
encontramos escolas cada vez mais precarizadas e sem a mínima estrutura para um
bom funcionamento. Ou seja, as escolas e anexos não estão condizentes com as
propagandas feitas pela prefeitura.
Observa-se a total intransigência da
administração municipal de São Luís, que não da a devida importância que a luta
dos professores merece. Categoria que representa a educação básica e que apesar
dos ataques, tem se fortalecido numa importante greve, com atividades de
mobilização, assembleias, reuniões e desta forma tem conquistado apoio popular.
Professores e apoiadores permanecem nas dependências da prefeitura e mantém vigília também do lado de fora
Até o momento, a prefeitura ainda não
se pronunciou no sentido de dar respostas ao grupo que neste momento ocupa a
prefeitura. Porém, guardas municipais também se fazem presentes no prédio, no
sentido de reprimir o movimento.
Desta forma, viemos prestar total
solidariedade aos professores da educação básica e convidar todas/os os/as estudantes,
trabalhadores, movimentos sociais e outros a fortalecer esta importante luta,
que tem se caracterizado pela resistência e força da categoria. Todas/os à
prefeitura! Vamos fortalecer o acampamento!
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