domingo, 6 de maio de 2012

Acorda, Paulo Freire!


As obras do Centro Pedagógico Paulo freire tiveram inicio em 2009, com a previsão de entrega para o final de 2010 e um orçamento de R$ 14.537.780,86. Em nota da divulgada no site da UFMA no dia 23/06, as 16h38, o prédio tem a seguinte descrição: “O prédio será formado por um conjunto de quatro pavimentos sobrepostos, com áreas livres internas: serão 60 salas de aula distribuídas em três pavimentos, com capacidade para 65 alunos em cada sala, sendo que em cada andar duas unidades serão unificadas para servir de mini-auditório, todas com pontos de internet e data show; áreas de vivência; auditório com capacidade para 500 pessoas; e toda a estrutura de apoio; haverá, ainda, salas para diretório acadêmico, xérox, livraria, agência bancária, sala de orientação e tutoria pedagógica, em todos os pavimentos, e espaços para o gerenciamento e administração do prédio: secretaria, arquivos e almoxarifado.”

Quase três anos depois, a maioria dessas coisas sequer saiu do papel. E pra piorar tudo, vários cursos da UFMA, de uma maneira nada democrática, foram obrigados a se distribuírem na metade do prédio que está “concluída” (leiam-se salas de aula e banheiros). Assim, desde 2011, diversos períodos, dos mais variados cursos, disputam, nos três turnos, uma sala para simplesmente assistir aula, sem qualquer estrutura de departamentos, coordenações, xerox’s, lanchonetes, diretórios acadêmicos, etc. Ou seja, um prédio que tem servido apenas como depósito de pessoas.

Como se não fosse suficiente a humilhante situação a que estudantes e professores têm sido submetidos por freqüentarem um prédio insalubre e que nem de longe responde as necessidades acadêmicas, tendo em vista que fica distante de toda estruturas dos cursos que para ali foram realocados, o prédio ainda não tem qualquer acessibilidade! Isso porque a rampa que daria acesso ao prédio fica do lado que ainda não foi concluído e os três andares liberados (sabe-se lá por quem) para uso, não podem ser freqüentados por cadeirantes ou deficientes físicos, sem que esses tenham que ser carregados ou qualquer coisa assim.

Diante desta conjuntura, o Diretório Central de Estudantes que deveria organizar as lutas estudantis na defesa de seus direitos e interesses se calou! Não houve uma só manifestação, mesmo que através de uma nota de repúdio contra a arbitrária realocação de diversos cursos da universidade para um prédio que sequer foi concluído e que não responde as necessidades dos estudantes! Apenas a resistência dos cursos do prédio de Ciências Sociais em ir para o prédio suscitou debates e críticas ao novo prédio e a política de expansão sem qualidade que o reitor Natalino Salgado tem coordenado na UFMA.

Há mais de um ano os estudantes, sozinhos, têm que se virar para chegar até o Paulo Freire entre uma aula e outra, ou quando o professor pede uma xerox, ou precisam lanchar durantes os intervalos; do mesmo modo quando têm problemas com professores faltosos ou disciplinas não ofertadas, numa peregrinação até suas respectivas coordenações e departamentos; além do mais a falta de comunicação com restante do curso têm impedido a realização de grupos de estudos e debates com os demais estudantes de um mesmo curso, pois está “cada um para o lado”.

Chegou a hora de encararmos seriamente esta situação e organizarmos os estudantes para exigir a conclusão imediata do Centro Pedagógico Paulo Freire! A realocação responsável e democrática dos cursos que ali terão suas aulas ministradas com toda sua estrutura: departamento, coordenação, diretório acadêmico, xerox, lanchonete, estacionamento, etc. E para isso precisamos de um DCE independente da reitoria e das políticas educacionais do governo! Um DCE autônomo que organize as lutas estudantis a partir de suas demanda mais imediatas, sem estar atrelado aos interesses do reitor, departamento ou coordenação, mas tendo em vista, principalmente, as necessidades estudantis! Um DCE que não abaixe a cabeça para os mandos e desmandos da administração superior e que não fuja à luta por uma UFMA diferente! Venha construir esse novo DCE, participe do ciclo de debates de construção de uma chapa de oposição a atual gestão do DCE, traga suas propostas e vamos construir coletivamente uma alternativa a todos os problemas da Universidade!

Movimento Os Lírios não nascem da lei – Direito UFMA

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