Por Micael Carvalho - Executiva Estadual da ANEL - MA
Nesta terça-feira, dia 26 de
novembro, moradores das casas de estudante da UFMA iniciaram um processo de ocupação da atual Pró-Reitoria
de Assistência Estudantil.
Em protesto
contra as manobras e desmandos praticados por parte da administração superior
da Universidade Federal do Maranhão, o estudante do Curso de Ciências Sociais
se dispôs a se acorrentar no portão principal do local e fazer greve de fome
até que os representantes das casas de estudante sejam recebidos pela reitoria
numa reunião a fim de reaver o investimento que antes foi destinado pelo
governo federal via ementa parlamentar para a construção da casa dentro do
Campus do bacanga.
A casa de estudante é uma
história longa na UFMA. Desde 2005 as obras foram iniciadas, sendo que na
ocupação de 2007, estava na pauta de reivindicações a construção e entrega da
Casa dentro do Campus da UFMA. Não sendo diferente também na última ocupação de
reitoria no mês de maio de 2013.
Depois de intensas mobilizações para a entrega
imediata da casa de estudante, a
Universidade manobra a finalidade da construção da obra, transformando-a em
Pró-Reitoria de Assistência Estudantil, que foi anunciada no site oficial da
UFMA na última segunda-feira (dia 25/11). Segundo a nota, a Pró-Reitoria foi
criada para atender as necessidades estudantis dos alunos como: atendimento
psicológico, gestão de programas, divisão de ações afirmativas, gestão de
projetos, dentre outras atividades.
Sabemos bem a realidade que
passa @s estudantes das Universidades Públicas no Brasil. As políticas de
Assistência Estudantil não atendem a demanda necessária para o inchaço das universidades,
fruto da política irresponsável do Governo Federal quando criou o REUNI e as Reitorias
aprovaram goela a baixo nas respectivas
universidades. A criação de uma pró-reitoria não significa nada, se as ações
mínimas para garantir a permanência d@ alun@ durante seus estudos não forem
garantidas de fato.
A atual administração
superior da UFMA já é marcada como uma gestão autoritária e intransigente. As
falsas informações alardeadas por essa administração demonstram o quanto que
ela se preocupa com os dados, números e estatísticas, esquecendo-se da
qualidade da graduação. Por diversas vezes já anunciou a ampliação do
Restaurante Universitário, mas até hoje as filas continuam aumentando.
Fazemos um chamado a todos
@s estudantes para se incorporar nas lutas em defesa da assistência estudantil
de verdade, com qualidade. Queremos casa de estudante em todos os campi das
Universidades.
Lutamos por melhorias nessa
política tão importante para a formação acadêmico-profissional. Durante a greve
nacional da educação em 2012, fomos às ruas junto com estudantes de outras
universidades do Brasil reivindicar mais investimentos na área e aumento no
valor das bolsas, pois entendemos que a defesa de uma educação pública,
gratuita e de qualidade perpassa a efetivação de políticas que garantam a
permanência d@ estudante na vida acadêmica. Queremos mais investimentos na
educação, exigimos 10% do PIB para a Educação pública JÁ e que o investimento
no PNAES seja de 2 bilhões, com reajustes das bolsas para um salário mínimo e
sem contrapartida!
“Eu
quero uma Casa no Campus, JÁ!”
“Assistência Estudantil de Verdade não é Caridade!”
“Assistência Estudantil de Verdade não é Caridade!”
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